Ler O Marido Malvado – Capítulo 63 Online
Eileen ansiava por essas palavras, e a presença delas só a deixou ainda mais certa de que estava sonhando. No sonho, estendeu a mão para Cesare.
Ele a abraçou de bom grado, e com um anseio profundo e sincero, Eileen perguntou:
— Poderei ver você novamente amanhã?
Era uma pergunta que ela jamais faria a Cesare na realidade, algo que não ousava pronunciar, mas, no sonho, ela disse suavemente.
— Eu também quero te ver amanhã…
Uma grande mão afagou com ternura a cabeça e as bochechas de Eileen. Ela pressionou o rosto contra aquela mão, saboreando a sensação reconfortante. A resposta dele, contudo, parecia um tanto desconectada do anseio intenso dela.
— Farei tudo o que você quiser. — Sua voz, doce e carinhosa, contrastava com o cheiro de sangue que permanecia ao seu redor. — Qualquer coisa.
Com sua promessa sussurrada, Eileen foi suavemente conduzida a um sono profundo e sem sonhos.
Eileen acordou de repente. Embora sua memória estivesse nebulosa, sentiu que havia experimentado algo profundamente agradável. Ao despertar, uma pontada de arrependimento a invadiu, como se tivesse perdido algo precioso.
Ainda estava escuro por trás de suas pálpebras fechadas. Enquanto tentava voltar a dormir, um som incomum começou a invadir seus sentidos. Um ruído úmido, viscoso, acompanhado por um gemido de desconforto.
Ao se tornar consciente da sensação estranha, percebeu uma presença alheia abaixo. Algo longo e rígido estava sondando lentamente seu interior. A mistura estranha de prazer e dor a deixou com a cabeça girando. Um pensamento desorientado passou por sua mente.
‘Pensando bem, dormi sem calcinha.’
Sem a proteção da roupa íntima, sua pele sensível estava mais vulnerável a estímulos. A leve ardência que sentia quando o tecido tocava sua área inchada a levou a dormir sem ela na noite passada.
Como se estivesse punindo-a por não usar nem mesmo a calcinha, algo firme esfregava suavemente seu interior. Reflexivamente, Eileen contraiu os músculos daquela região. Suas membranas mucosas já úmidas apertaram o invasor com toda sua força.
No entanto, a suave intrusão não causava dano algum. O invasor seguiu adiante, sem impedimentos, acariciando lentamente seu interior. A sensação meticulosa de explorar suas paredes internas fez Eileen estremecer, e ela abriu bem os olhos.
— Ugh…
Um gemido escapou de seus lábios. Em pânico, Eileen apressou-se em se apoiar e olhou para baixo, apenas para se deparar com uma visão inacreditável. Sua respiração falhou enquanto gritava o nome dele em um berro desesperado.
— C-Cesare!
Entre suas pernas amplamente abertas estava Cesare. Ele aplicava uma pomada com o indicador e o dedo médio em sua vagina.
Olhando para seus olhos carmesim e depois para sua vulva, ela a viu coberta com uma pomada grossa, branco-leitosa. A visão da substância pegajosa espalhada sobre sua pele avermelhada e sensível evocou pensamentos estranhos.
O rosto de Eileen ficou vermelho vivo num instante. Enquanto ela estava sem saber o que fazer, Cesare continuou a mover as mãos com compostura. Ele estreitou ligeiramente os olhos e a interrogou com um olhar penetrante.
— Parece que você cresceu e se tornou uma mentirosa.
Seus dedos, cobertos de pomada, penetraram profundamente nela.
— Você disse que estava bem, mas está completamente inchada.
— Ugh!
A intrusão profunda fez seus pelos finos se eriçarem. Seu corpo liberou involuntariamente um jato de fluido. Apesar de ter sido intimamente ocupada em sua noite de núpcias, ainda escorria de umidade, como se não estivesse satisfeita. Sua reação embaraçosa deixou seu rosto ainda mais ruborizado. Eileen se desculpou apressadamente com Cesare.
— Desculpe, e-eu estava tão envergonhada e constrangida.
Ainda assim, ela não havia feito nada a respeito. Depois de tomar o remédio que trouxera do laboratório e se deitar cedo, sentiu-se muito melhor ao acordar.
No entanto, o inchaço permanecia inalterado, sugerindo a Cesare que ela poderia ter negligenciado a lesão. Notando a expressão arrependida de Eileen, Cesare falou em um tom baixo e severo.
— Não esconda sua dor. Entendeu?
— Sim…
O rosto de Eileen assumiu uma expressão triste. Embora tivesse se sentido aliviada por passar por aquilo sem aplicar a pomada, Cesare nunca teve a intenção de ignorar o problema desde o início.
Ao notar que estava sem a calcinha, ele abriu as pernas da adormecida Eileen e finalmente a examinou. Assim que confirmou que estava inchada, deve ter aplicado a pomada que havia preparado com antecedência.
Cesare explorou cuidadosamente as paredes internas, verificando se havia áreas específicas onde Eileen sentia dor. Seus dedos, movendo-se lentamente e palpando, fizeram seu corpo estremecer involuntariamente.
Na verdade, o prazer superava a dor. Havia passado pouco tempo desde que Cesare a tinha atormentado completamente, e sua pele, ainda marcada pela primeira noite, respondia com sensibilidade aguçada ao seu toque.
O homem era atencioso e cuidadoso em seu tratamento, mas parecia relutante em enfrentar a experiência sozinho. Eileen tentava continuamente reprimir o prazer que ascendia. Ela desviou apressadamente o olhar para outro lugar e apertou o travesseiro com força, seus nós dos dedos ficando brancos.
No entanto, a sensação estranha em seu interior gradualmente despertou seus sentidos. Não havia como conter o prazer que subia lentamente em sua vagina.
O som de squelch preencheu o quarto silencioso. Eileen torcia a cintura cada vez que seus dedos se moviam dentro dela. Apesar de seus esforços para suportar, não foi bem-sucedida. Ao contrário, desejava que Cesare movesse os dedos um pouco mais forte.
— Aaah, ah…
Antes que percebesse, suas pernas estavam bem abertas. Ela até levantou levemente os quadris para facilitar o movimento dos dedos dele, mas Eileen não percebeu seu próprio estado. Ela apenas respirava pesadamente dominada pelo prazer morno.
Justo quando ela desejava desesperadamente que ele movesse mais vigorosamente, Cesare retirou os dedos.
— Hmm…!
Eileen deixou escapar um gemido frustrado e apertou a vagina. A membrana úmida tentou agarrar os dedos que saíam, porém, foi em vão assim como quando ele entrou.
Com um olhar vazio, fitou Cesare, que limpava as mãos com uma toalha. As camadas de prazer haviam deixado suas paredes internas latejando, e sua vagina vazia se contraía incontrolavelmente.
A voz um tanto severa de Cesare a fez sentir ainda mais desanimada.
— Não, Eileen. Você está machucada.
Sua reação fria provocou uma pontada de tristeza dentro dela. Incapaz de falar e apenas conseguindo gemer, ela notou um leve sorriso se formando no rosto de Cesare enquanto a observava.
— Você está sentindo muita dor?
Normalmente, ela teria insistido que estava bem, mas seu estado atual a deixava incapaz de pensar claramente. Seus lábios se moveram primeiro, traindo seus verdadeiros sentimentos.
— Está doendo…
A memória da primeira noite deles ressurgiu. Ela sabia que se falasse honestamente e fizesse um pedido, ele a atenderia. No entanto, apesar de fitá-lo com os mesmos olhos sinceros de antes, Cesare não a tocou novamente. Ele permanecia visivelmente excitado.
— É um castigo, Eileen.
Em vez de penetrá-la com os dedos ou com seu membro, ele a beijou suavemente e sussurrou.
— O castigo por não dizer honestamente que está sentindo dor.
No final, Eileen passou o dia doloroso com um tesão absurdo do prazer que lhe foi negado.
Senon fitava o céu estrelado com olhos atordoados, sua voz carregada de emoção enquanto gritava:
— Finalmente… acabou…!
Ele fechou os olhos com força por um instante antes de abri-los novamente e virar-se para o lado. Lá, Lotan pegava silenciosamente um cigarro.
Os dois homens tiraram um momento para descansar, compartilhando o cigarro em silêncio. Lotan deu um tapinha no ombro de Senon após exalar a fumaça.
— Você se saiu bem.
— É, eu realmente me saí.
O rosto de Senon irradiava orgulho enquanto soltava um suspiro profundo. A tarefa tinha sido incrivelmente dura e exigente, mas não fora difícil de verdade. Tudo havia sido por Eileen.
Esboçando um sorriso, Senon esfregou o nariz com as costas da mão e murmurou:
— Mas me sinto um pouco estranho.
Lotan arqueou uma de suas sobrancelhas grossas e perguntou simplesmente:
— Por quê?
— Eileen se tornou uma adulta, casada e tudo mais… eu sempre senti que ela seria para sempre uma criança no meu coração.
Senon tinha visto Eileen se transformar de uma garotinha que parecia uma bonequinha até se tornar na mulher que agora era uma Arquiduquesa. Era difícil acreditar que ela havia chegado tão longe. Perdido em nostalgia, Senon recordou da primeira vez em que encontrou Eileen.
A menininha esvoaçava como um pássaro delicado em um campo de lírios antes de, subitamente, saltar para os braços de Cesare. A criança de dez anos, que explodiu em lágrimas, era inegavelmente linda.
Mas, naquela época, Senon nutria uma forte antipatia por Eileen.
Continua…
Tradução: Elisa Erzet
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Cesare Traon Karl Erzet, o Comandante-Chefe Imperial.
Após três anos de serviço na guerra, ele voltou para propor casamento a Eileen.
Eileen lutou para acreditar que a proposta de casamento de Cesare era sincera.
Afinal, desde o momento em que se conheceram, quando ela tinha dez anos, o homem afetuoso sempre a tratou como uma criança.
— Eu não quero me casar com Vossa Alteza.
Por muito tempo, seu amor por ele não foi correspondido.
Ela não queria que o casamento fosse uma transação.
Foi por causa da longa guerra?
O homem, que normalmente era frio e racional, havia mudado.
Suas ações impulsivas, seu desejo desenfreado por ela — tudo isso era muito estranho.
— Isso só deve ser feito com alguém que você ama!
— Você também pode fazer isso com a pessoa com quem planeja se casar.
Eileen ficou intrigada com essa mudança.
E, no entanto, quanto mais próxima ela ficava de Cesare…
Ela descobriu coisas que desafiavam a razão ou a lógica.
Eileen soube das muitas ações malignas de seu marido pouco tempo depois.
— Eu não pude nem ter o seu corpo, Eileen.
Tudo o que ele fez foi por ela.
Ele se tornou o vilão, apenas por sua Eileen.
Nota: Mesma autora de Predatory Marriage
Ps: Cesare é o maridinho dessa tradutora aqui ❤️❤️❤️