Ler O Marido Malvado – Capítulo 42 Online
Era tão constrangedor. As estranhas sensações faziam sua vagina se contrair involuntariamente, apertando o dedo do homem.
‘É apenas um dedo.’
Eram longos, mas não particularmente grossos. Comparados a um pênis, não era nada.
Ela nunca tinha realmente visto o pênis de Cesare. Mas, julgando pelas interações anteriores e pela situação atual, imaginava que ele devia ser ao menos tão grosso quanto quatro dedos juntos. E, considerando que era cilíndrico em vez de achatado, o volume seria ainda mais significativo…
Eileen interrompeu seus pensamentos. Sentiu que havia imaginado o membro dele com detalhes vívidos demais, apesar de nunca ter visto. Mas, assim que afastou esses pensamentos, uma percepção ainda mais intensa voltou a inundar seu corpo.
Com o dedo parado, a sensação tornou-se ainda mais estranha. A coceira interna se intensificou, uma ânsia por um alívio mais satisfatório. Foi então que um choque leve percorreu seu interior, uma faísca que se acendeu quando o dedo roçou o clitóris sensível.
— Aaah!
Outro dedo juntou-se à exploração, em uma carícia suave que lhe provocou um arrepio delicioso pela espinha. O homem desenhou círculos em torno do clitóris, arrancando um gemido de seus lábios, incitando-o a continuar. A pressão aumentou, um ritmo firme se formando contra o cerne de seu prazer.
Por dentro, seu toque era como um incêndio incontrolável. Cada movimento desencadeava ondas de arrepios, seu corpo arqueava instintivamente, o quadril movia num pedido silencioso por mais.
O calor subiu às suas bochechas, uma cor ruborizada florescendo sob o olhar oculto do homem. Felizmente, as sombras escondiam os sinais evidentes de sua rendição, permitindo que ela se entregasse ao prazer embriagante que ele provocava.
— Ah… han… ahhh…
Os protestos anteriores haviam se dissolvido em uma sinfonia de gemidos, sua boca entreaberta em um suspiro que beirava um lamento delicioso. O prazer, uma onda avassaladora de sensações, ameaçava afogá-la em sua intensidade.
Quando enfim começava a se acostumar à doce agonia, uma mudança em seu interior a surpreendeu. Seu corpo, pego desprevenido, contraiu instintivamente, uma reação que arrancou um estalinho audível do beijo que ele depositou em sua vagina.
— Relaxa. Você vai cortar meu dedo.
Sem querer machucá-lo, ela tentou relaxar, mas, de algum modo, a vagina apenas se contraiu ainda mais, quase o sugando mais fundo.
— N-Não consigo… Ahh, quero relaxar, mas…
— Está doendo?
— Não… só parece muito estranho.
Um gemido abafado escapou de seus lábios, carregado de um leve traço de vulnerabilidade. Ele riu baixinho, um som rouco que percorreu sua espinha em arrepios.
Então, uma carícia delicada voltou a percorrer seu clitóris, uma recompensa deliciosa por se entregar ao prazer.
A resposta foi imediata. O calor floresceu em seu interior, uma umidade quente aderindo aos dedos dele. Um gemido gutural ecoou do homem, refletindo o desejo crescente dela.
Com habilidade prática, seu dedo iniciou uma dança rítmica, uma exploração lenta que fazia seus músculos tremerem e percorria suas coxas em espasmos. O homem a provocava sem piedade, um vai e vem delicioso que acendia um fogo dentro dela.
Seu ponto mais sensível, exposto e ardentemente consciente pressionou-se contra a pressão insistente dele, um alvo perfeito para as carícias provocantes do homem. O toque, implacável e habilidoso, arrancava uma série de sons incoerentes de sua garganta.
— Ah… hum… aah…
O ritmo suave se manteve, mas sua própria constância tornou-se uma tortura deliciosa.
A excitação que havia se acumulado durante todo o dia atingia seu ponto de ebulição, ameaçando transbordar. Um calor familiar floresceu em seu íntimo, uma sensação que reconhecia daquela noite, mas agora com uma intensidade que a deixava sem fôlego.
Eileen ofegou, uma respiração profunda que pouco conseguia conter a maré crescente de prazer. Sons, uma mistura de suspiros e gemidos incoerentes, escapavam de seus lábios.
— Cesare… — sussurrou, a voz carregada de emoção —, isso… é diferente.
A frustração, mesclada a uma necessidade desesperada, tingia sua voz enquanto ela repetia:
— É estranho. Muito estranho.
Cesare, percebendo sua luta, murmurou, a voz baixa e urgente:
— Parece que você está prestes a gozar…
Perdida no turbilhão de sensações, Eileen só pôde oferecer uma confirmação ofegante, agarrando-se ao toque dele, enquanto seu corpo oscilava à beira do limite.
— Sim, — sussurrou, mais um sentimento do que uma palavra.
Os movimentos lentos e deliberados aumentavam com uma intensidade. Eileen agarrou o tecido do sofá, os nós dos dedos brancos, os olhos fechados em uma tentativa desesperada de conter o inevitável. Um formigamento explodiu dentro dela, uma tensão crescente prestes a detonar.
— Aaaahh…!
Um suspiro escapou de seus lábios, um som primitivo que deu lugar a um gemido prolongado enquanto seu corpo se arqueava em êxtase. O prazer, uma onda poderosa, a atingia repetidamente, deixando-a sem fôlego e tremendo. Mesmo enquanto se entregava ao clímax, o toque de Cesare permanecia, uma carícia habilidosa que prolongava a agonia deliciosa.
Finalmente, a onda recuou, deixando-a fraca e ofegante. Um tremor percorreu seu corpo, e um calor úmido se espalhou pelo lugar onde os dedos dele haviam dançado.
— Chega. — sussurrou, a voz rouca de uma mistura de prazer e dor. — Por favor, pare.
O toque de Cesare recuou, deixando um calor persistente em seu rastro. Eileen desabou, completamente exausta. Arrepios ainda percorriam sua pele, uma reação tardia à tempestade que acabara de passar.
Ele puxou-a para perto, seus braços um refúgio acolhedor. Aninhada em seu abraço, uma sensação de intimidade segura a envolveu por completo.
Enquanto se acomodavam no sofá, o espaço apertado parecia aconchegante. Eileen se inclinou instintivamente contra ele, em busca de seu calor. Mas uma súbita mudança de sensação sob ela a fez estremecer. Ela recuou ligeiramente, uma sombra de confusão cruzando seu rosto.
— …
O calor de sua ereção pressionava-se contra ela de forma inconfundível, uma pergunta silenciosa nos limites apertados do sofá. Seus olhos, dilatados e brilhantes, refletiam o tesão bruto que fervia dentro do homem.
Ainda assim, Cesare permaneceu imóvel, seu abraço um âncora reconfortante após a tempestade. Uma dúvida surgiu na mente de Eileen: ‘Por que ele está hesitando em se satisfazer? Uma centelha de confiança recém-descoberta acendeu dentro dela.
Respirando fundo, ela falou suavemente:
— Há algo mais que você gostaria? A oferta era tímida, tingida de uma ponta de insegurança: — Posso não ser experiente, mas estou disposta a aprender.
Na verdade, ela não tinha confiança. Duvidava que ele se satisfizesse com seu toque inexperiente. Ainda assim, queria fazer algo. Queria ver Cesare sentir prazer.
A mão de Cesare buscou a dela, o toque do homem era surpreendentemente hesitante.
— Você pisa em um caminho perigoso, Eileen. — murmurou, a voz rouca.
Ele segurou seu pulso por um instante, como se lutasse contra uma força invisível, e então a soltou com cuidado.
A lembrança de suas liberdades anteriores, o toque provocante, a exploração intensa contrastava com sua súbita contenção.
— Ainda não podemos chegar lá. — disse ele, desviando o olhar.
A confusão de Eileen se aprofundou. Ele já havia ultrapassado limites antes, entregando-se livremente à intimidade. Agora, com um mero toque de sua mão, parecia ansioso para se afastar.
Ele só dizia coisas estranhas e ela queria entender o motivo.
— Não quero te assustar.
Cesare soltou uma risada seca, desprovida de humor.
— Eu não gostaria de te amedrontar — disse, suas palavras carregadas de um significado oculto. Parecia uma mensagem codificada, uma promessa sussurrada antes de uma fuga apressada.
— Eileen! — Senon irrompeu pela porta cheio de entusiasmo, apenas para descobrir que ela havia partido há algum tempo. Na sala de recepção, Diego estava recostado, com um charuto na mão e a janela escancarada.
— Hah!
Suspirou Senon, incapaz de esconder a decepção. Depois de cumprir diligentemente suas tarefas na mansão, ele havia corrido ao saber da notícia de que Eileen tinha chegado.
Mas Eileen havia partido com Cesare muito antes da sua chegada. Frustrado por perder a oportunidade de vê-la, ele suspirou profundamente, a frustração evidente enquanto agarrava o próprio cabelo. Resignado à situação, aproximou-se de Diego, que estava sentado no parapeito da janela, rindo.
— Me passa um — pediu Senon.
— Já desistiu de parar de fumar? — provocou Diego.
— Apenas uma pausa temporária — resmungou Senon.
Eileen conhecia Senon como um não fumante. Na tentativa de impressioná-la, ele havia mentido sobre seu hábito.
Desde então, Senon fez inúmeras tentativas de transformar sua mentira em realidade, abandonado o vício. No entanto, o número de pausas temporárias, na prática, só continuava a aumentar.
Pegando o charuto do maço de Diego, Senon arrancou rapidamente o que estava entre os lábios do outro, acendendo-o para si antes de devolvê-lo. Em silêncio, ambos se entregaram ao fumo por um momento, até que Senon quebrou o silêncio.
— Ouvi dizer que ela cortou a franja. Também tirou os óculos.
— Sim, mas Senon — respondeu Diego, a expressão se fechando enquanto tragava mais uma vez antes de soltar a fumaça —. Todos assumimos que a senhorita escondia o rosto por causa do sequestro.
— Sim, era o que pensávamos —
Após o sequestro, aos doze anos, Eileen havia começado a usar óculos e a esconder o rosto com a franja. Presumia-se que fosse uma reação ao trauma. Consequentemente, todos optaram por permanecer em silêncio sobre o assunto, evitando questionar mais a fundo.
— Mas parece que não era o caso — comentou Diego, o olhar ficando mais frio enquanto soltava uma risada sarcástica.
— A falecida senhora Elrod, provou ser ainda mais desequilibrada do que imaginávamos.
Continua…
Tradução: Elisa Erzet
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Cesare Traon Karl Erzet, o Comandante-Chefe Imperial.
Após três anos de serviço na guerra, ele voltou para propor casamento a Eileen.
Eileen lutou para acreditar que a proposta de casamento de Cesare era sincera.
Afinal, desde o momento em que se conheceram, quando ela tinha dez anos, o homem afetuoso sempre a tratou como uma criança.
— Eu não quero me casar com Vossa Alteza.
Por muito tempo, seu amor por ele não foi correspondido.
Ela não queria que o casamento fosse uma transação.
Foi por causa da longa guerra?
O homem, que normalmente era frio e racional, havia mudado.
Suas ações impulsivas, seu desejo desenfreado por ela — tudo isso era muito estranho.
— Isso só deve ser feito com alguém que você ama!
— Você também pode fazer isso com a pessoa com quem planeja se casar.
Eileen ficou intrigada com essa mudança.
E, no entanto, quanto mais próxima ela ficava de Cesare…
Ela descobriu coisas que desafiavam a razão ou a lógica.
Eileen soube das muitas ações malignas de seu marido pouco tempo depois.
— Eu não pude nem ter o seu corpo, Eileen.
Tudo o que ele fez foi por ela.
Ele se tornou o vilão, apenas por sua Eileen.
Nota: Mesma autora de Predatory Marriage
Ps: Cesare é o maridinho dessa tradutora aqui ❤️❤️❤️