Ler Beija-me mentiroso – Capítulo 31 Online
— Quatro meses se passaram. Este é o seu primeiro diagnóstico hospitalar?
Olhando para o rosto inexpressivo do médico, inadvertidamente engoli em seco.
—… Não, peguei de um outro hospital e queria saber se era um diagnóstico errado…
— Você esta grávido. — O médico ainda olha para o monitor de maneira meramente profissional.
Está falando sobre os resultados do teste e a condição atual, mas não consigo ouvir direito. Só ouço enquanto estou em branco, as últimas palavras do médico chamam minha atenção.
— Mesmo que seja sua primeira gravidez, você está muito mal. Está tomando algum medicamento?
É difícil responder imediatamente. Respondo com uma respiração profunda no meio.
— O inibidor… Eu consumo um pouco mais do que o normal.
— Oh não. — O médico logo franze a testa.
Depois de fazer perguntas detalhadas sobre quanto tempo e quanto era a quantia, ele coça a bochecha com a ponta de uma caneta.
— Pare de tomar todos os medicamentos. Nesse ritmo, a vida da criança corre perigo. Por que você precisa tomar inibidores quando está grávido? Você não tem um parceiro?
Existem muitos Ômega que têm filhos sozinhos, sem cônjuge estabelecido. Dou uma olhada e sinto vertigens de tontura.
— Eu não disse a ele ainda.
— Então vá falar com ele imediatamente. Você vai se sentir muito mais relaxado se registrar a marca. Se ele não puder, vou prescrever outro inibidor temporariamente. Isso é temporário, então você não pode tomá-lo continuamente. E não tome nada além da dose prescrita… — Acrescenta, dizendo isso e aquilo. — Existem outros inconvenientes?
Penso por um momento e então abro minha boca.
— É difícil dormir. Talvez seja por isso que me sinto pior…
— Normalmente acontece mais coisas se for sua primeira gravidez. Vou prescrever um comprimido para dormir.
Pergunto a ele com cautela, observando-o fazer a receita.
— Não sou do tipo ao qual os remédios façam muito efeito, então… Você tem algum remédio mais forte?
O médico solta um “uhm” e coça o queixo.
— Porque você está grávido, é difícil usar o medicamento sem cuidado… Só tome quando você tiver insônia muito forte. E basicamente o álcool não é permitido, melhor dizendo, é absolutamente proíbido, principalmente quando está tomando esse medicamento. Se misturar com o álcool, pessoas comuns só acordam em três dias. Estudos mostram isso. Não há outros efeitos colaterais graves. É basicamente ruim para a criança, então se você não vai fazer uma cirurgia, nunca tome junto com álcool , de acordo?
— Sim. — Aceno como se estivesse prometendo.
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Passo na farmácia, pego meu remédio e volto para a rua. Há um parque bastante famoso na área onde estão localizados os hospitais. De repente, quero comer pudim, então paro em uma loja próxima. Quando percebo, já tirei todos os pudins da geladeira. Vai derreter. Estou preocupado, mas não posso desistir de nenhum deles. Por fim, compro tudo e saio da loja. O balconista olha para o meu rosto de forma estranha, mas o ignoro.
Sentado em um banco vazio, pego um, abro o pacote e cuidadosamente viro a esquina com uma colher. O pudim frio e macio esmaga minha boca. Comendo devagarinho um pedaço de cada vez, penso nisso sem entender. A doçura que se espalha em minha boca lembra o doce sabor de sangue que provei quando fiz a marca. A emoção daquela época renasce e me dá arrepios.
Eu como um e pego outro. Normalmente não gosto muito de doces, mas atualmente tenho comido muito. Agora que penso nisso, quando termino minhas refeições, procuro doces para a sobremesa. Não só isso, mas é muito estranho que eu esteja sentado em um banco comendo pudim… É por causa da criança? Inadvertidamente olho para minha barriga. Ainda é pouco realista, mas é claro que existe um bebê aí. Não posso negar mais.
“— Se você não pretende dar à luz, terá que decidir rapidamente. Não faço abortos, então encontre outro hospital que possa fazer isso e marque uma consulta.”
Lembrando do aviso do médico, como meu pudim.
‘Tuk’, um pedaço de pudim caiu na minha perna, mas eu deixei assim.
Não me movo, embora saiba que a protuberância macia está molhando minha perna. Entro em razão porque de repente alguém fala comigo.
— Ei, você está bem? Está tudo bem?
Estou surpreso com a voz repentina do homem.
Piscando com os olhos, ele abre a boca com um breve suspiro.
— Oh, você não desmaiou. Isso é um alívio. Você não está se sentindo bem? Devo ligar para o 192?
— Oh não… Eu estou bem. — Enquanto ele fala, balanço minha cabeça. É familiar, mas onde o vi? Sorria como se tivesse a mesma ideia.
— Já nos conhecemos em algum lugar?
— Bem… — Ele murmura atordoado e tardiamente encontro fones de ouvido enrolados em suas orelhas.
Fico surpreso e cuspo sem perceber.
— Você disse que era um guarda-costas… Josh, você é Josh?
— Oh! — Também se lembrou de mim.
Seu rosto fresco, que tinha visto na noite escura, brilha à luz do sol.
— É bom ver você de novo, Yeonwoo. Você se sentiu bem depois?
Estendo minha mão e ele me dá a sua. Josh naturalmente se senta ao meu lado e fala.
— O que você está fazendo aqui? Não é hora de trabalho?
— Eu tive que ir ao hospital hoje… O que você está fazendo aqui?
— Ah, eu tenho trabalho a fazer em um hospital próximo.
Quando eu ia perguntar onde, a voz do menino me interrompe de repente.
— Papai papai.
— Oh.
O menino cambaleia e reclama com Josh como se estivesse entediado. O homem logo volta sua atenção para o menino e sorri suavemente. A criança se parece com ele, mas é diferente. É óbvio, mas acho que ele provavelmente se parece com o outro pai… Onde o tenho visto? Inclino minha cabeça de repente.
O rosto do menino, que vejo pela primeira vez, parece estranhamente familiar. Enquanto ainda fico olhando, Josh habilmente levanta o menino, coloca os pés em uma das mãos e encolhe os ombros no ar. O menino parece assustado, mas com a emoção, seus olhos se iluminam e o equilíbrio fica difícil. Mas não dura muito.
— Uh huh.
— Ah-ah-ha-ha. — O homem agarra-o, assim que o menino cambaleia.
Enquanto observo a figura pacífica do menino explodir em gargalhadas e o sorriso do homem, minha mente se torna incrivelmente complexa. Sem perceber, acaricio minha barriga, Josh se vira para mim.
— Este é Pete, meu tesouro. Vamos, Pete. Diga oi.
— Woo, woo… — O menino olha para mim, chupando o dedo. O cumprimento com um sorriso.
— Olá Pete? Eu sou Yeonwoo.
O menino ainda olha para mim e de repente sorri e enterra o rosto no ombro de Josh.
— Esse menino é tímido. — Josh ri alto.
Sorrio sem jeito.
O garoto nos braços de Josh olha para mim. Quando nossos olhos se encontram, o menino ri novamente e esconde o rosto. Nesse momento, seu rosto se torna familiar para mim.
— Ah! — Josh me olha maravilhado enquanto exclama inconscientemente.
Sua reação em um piscar de olhos é muito natural. As palavras que ouvi sobre o homem em minha cabeça passaram rapidamente.
— Oh, eu… Talvez você tenha uma irmã mais nova…? Chamada Emma.
Esse comentário muda repentinamente o rosto que sorria até agora.
O rosto do homem que me observa está terrivelmente frio.
— Quem é você?
Engulo em seco, é uma pergunta natural. Não posso acreditar que esse cara é Ômega. Só então entendo o motivo de sua bela aparência.
Este homem também consome inibidores? Porque não consigo sentir nenhum cheiro vindo dele.
Meu olhar se volta para o garoto que ele está segurando. É um Ômega, que deu à luz um filho sozinho. Apenas abro minha boca, suportando a sensação de lágrimas.
— Bem, eu trabalho para a mesma empresa que Emma… — Continuo engolindo as palavras. — Emma disse que você também teve um bebê…
O homem franziu a testa.
— Você também…?
Mordo meu lábio e confesso.
— Acho que eu deveria tê-lo também. — Ele se surpreende com a confissão que faço com a respiração bloqueada e permanece em silêncio por um momento.
O homem olha para o relógio em seu pulso sua boca se abre, abaixando a cabeça e mordendo o lábio.
— Poderei te dedicar meia hora mais ou mais. — Disse rapidamente. — Farei isso enquanto você quiser que eu te ouça, se não se importar.
Claro que está tudo bem. Sinto que meu coração vai explodir se eu não contar a ninguém sobre isso.
— Escutei da Emma e perguntei se poderia conhecê-lo. Não tenho ninguém com quem conversar. Mas não sabia que você era irmão de Emma…
Acontece que eles são parecidos. Claro, o lado de Emma é muito mais suave, assim que não pensei muito sobre isso.
— Oh. — e Josh parecia se lembrar de algo.
— Então é por isso que ela me mandou uma mensagem perguntando quando eu iria descansar. Não sabia o que estava acontecendo… De qualquer forma, o resultado é o mesmo. — Josh abraça Pete confortavelmente e se endireita. — Vamos conversar, então por que você quer me conhecer?
Consigo tirar as palavras dos meus lábios trêmulos. Apenas me ouve em silêncio enquanto falo…
— … Então, você está voltando de um exame médico? — Josh pergunta, que havia escutado mais ou menos e acenou com a cabeça.
Josh disse que estava voltando de um pediatra próximo devido à vacinação de seu filho.
Apenas confessei que dormi com meu chefe e engravidei.
— Você não vai contar a ele? Ou o Alfa não quer um filho. Seu parceiro deve ser Alfa, certo?
Em um ponto realista, levei um momento para responder.
— Você não tem ideia. Continuo pensando que é um diagnóstico errado…
— Você nem pensa em contar a ele? — Josh pergunta brincando.
Quase ri nervosamente. Olhando para Pete cochilando nos braços de Josh, abro minha boca com dificuldade.
— Deveria ter um filho?
— Bem, essa tem que ser uma escolha de Yeonwoo. — A resposta óbvia volta.
Pergunto a Josh, incapaz de tirar meus olhos dele.
— … Você não estava com medo? Ouvi dizer que teve um bebê por conta própria. — Josh olha para Pete.
A criança já está dormindo profundamente. No entanto, Josh bloqueia as orelhas de Pete com suas mãos grandes e diz.
— Quando descobri, era tarde demais para a cirurgia. Não tive escolha a não ser dar à luz. — Olha para o menino com um sorriso amargo. — Mas depois que ele nasceu, eu não pude deixar de amá-lo. O que haveria acontecido se houvesse feito uma cirurgia? É terrível imaginar.
Não posso dizer nada. Não percebi eu que tinha um filho no ventre e não percebi que tenho que decidir se vou dar à luz ou não.
— É melhor você tomar a decisão rapidamente. Porque o tempo passa e se torna irrevogável. — Josh aponta friamente. Apenas digo sim com dificuldade. Josh me olha assim e abre a boca.
— Tenho certeza de que o médico lidou com muitos Ômega e os ajudou de muitas maneiras a se sentirem “aliviados” em dar à luz ou não.
[N / T: Josh usa a palavra “aliviado” para se referir ao aborto].
Ele parece estar escondendo suas palavras de propósito. Sem falar no Pete, temo que a criança em meu ventre possa me ouvi e se machucar. Nem tenho certeza de sua existência ainda. Estou sem palavras porque minha cabeça está confusa, então Josh faz uma pausa e pergunta.
—… Você trabalha para a mesma empresa que Emma, certo? Posso te perguntar uma coisa?
Aceno apressadamente com as palavras de Josh.
— Sim, qualquer coisa. A menos que seja um acordo secreto…
— Quantos homens há no escritório?
— O que? — Meus olhos se arregalam com a pergunta repentina.
Josh pergunta sério novamente.
— Bem, ela disse que trabalha no escritório de secretaria. Quantos funcionários há? Quantos homens há?
Não sei por que me perguntou isso, mas respondo honestamente.
— O único homem que trabalha no departamento de secretariado sou eu, o líder da equipe. O resto são todas mulheres. Incluindo Emma, são três delas.
— … O que?
Josh distorce seu rosto e cospe palavras duras. Estou surpreso e pisco.
Porque está fazendo isso? O que aconteceu?
Espero que ele diga o seguinte, mas Josh não abre a boca. Olha para o meu rosto por um longo tempo com o rosto ainda franzido.
— … Ah. Emma, Emma.
— … O que?
Quando o vejo balançar a cabeça chamando pelo nome da irmã, não resisto à minha curiosidade.
— O que está acontecendo? Por que… Algo ruim aconteceu com Emma? — Quero ajudar em tudo que eu puder.
Queria ajudar da maneira que eu pudesse. Enquanto dá um passo entusiasmado para frente, Josh olha para mim e pergunta de repente.
— O que você acha de Emma?
Respondo honestamente, sem hesitação, à pergunta abrupta.
— Ela é uma amiga querida. Sempre sou grato a ela.
— Ahhhh… — Josh joga a cabeça para trás com um suspiro invulgarmente longo.
Estava envergonhado vendo o céu distante com um olhar vazio no rosto. Josh, que fica em silêncio por um momento, pega seu celular. Abre sua boca me perguntando.
— Número.
— O que?
Quando questionado sem entender as palavras repentinas, Josh, ao contrário de antes, parece chateado.
— Me dê seu número, vou mostrar-lhe o hospital que fui. Apenas me dê seu número e eu te direi. Você fará uma cirurgia de médio prazo, mas não deixe ser tarde demais.
— Oh… Tudo bem. Vou averiguar…
Estou relutante por algum motivo e tento recusar, então ele me olha com a testa franzida. Sob pressão tácita, sou forçado a ligar para o seu número. Josh guarda o número e me envia uma mensagem. Depois de ouvir uma recepção monótona, Josh diz.
— Salve meu número e entre em contato comigo se tiver alguma dúvida. Manterei o dia de hoje em segredo, então não se preocupe.
—… Obrigado.
Ele me olha mais uma vez com uma expressão complexa e olha para o relógio em seu pulso.
— Eu tenho que voltar logo. Você ficará bem? — Josh logo olha em volta e pergunta.
Rejeito cortesmente.
— Sim, obrigado, mas está tudo bem.
Josh me olha de novo com uma expressão estranha. Parecia querer dizer algo, mas finalmente deu de ombros e ergueu o corpo.
— Foi um prazer conhecê-lo. Cuide-se e vá para casa logo. — O homem, se despede, levanta-se levemente enquanto segura Pete em um braço e se levanta.
Olho sem expressão para as costas de Josh que saiu deixando um breve adeus, e volto a olhar para o celular novamente. Meu rosto é refletido na tela preta. De alguma forma, pareço cansado. Pisco e tento recuperar a consciência.
De repente, o celular toca. Verifico o número e é Keith. Após um momento de hesitação, desliga e o celular começa a tocar novamente. Suspiro e aperto o botão de chamada.
—… Sim.
Assim que respondo com uma voz cansada, Keith diz:
[Onde você está? Ouvi dizer que a consulta já acabou.]
Estou atordoado.
— Você já contactou o hospital?
Keith não responde à minha pergunta, deixa um pequeno espaço e pergunta novamente.
[Onde você está?]
Respondo sem energia.
— Em um banco de parque, perto do hospital.
[Estou indo.]
A linha é cortada imediatamente. Olho para o celular cuja tela havia escurecido.
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Keith chegou um pouco mais de 30 minutos depois.
Os guarda-costas familiares foram vistos primeiro, então tive o palpite de que ele apareceria em breve. Como esperado, as expectativas estavam corretas.
— O que você está fazendo aqui? — Keith pergunta facilmente, sentando-se onde Josh havia se sentado antes.
Respondo com indiferença.
— Eu só estava pensando.
— O que?
— Só isso e aquilo.
É verdade, é uma resposta honesta. Quando a conversa é interrompida, Keith fica em silêncio por um momento.
— O que é isso? — Pergunta novamente, apontando para a sacola ao lado dele. Respondo novamente.
— Pudim.
— Pudim?
Como está intrigado, silenciosamente seguro a sacola e o entrego, Keith olha dentro e fica surpreso.
— Tudo isto era pudim?
— Sim.
Aceno suavemente. Existem muitos recipientes vazios na sacola. Keith percebe e não consegue acreditar que comi tantos pudins sozinho. Digo fingindo não saber.
— A quantidade era pouca.
Keith me olha intrigado por um momento e tenta mudar de assunto.
— O que o médico disse?
— Você não o perguntou? — Quando perguntei sarcasticamente, ele franze a testa.
— Tudo o que perguntei foi se o seu tratamento acabou, isso foi tudo. Não perguntei nada mais, porque é a sua vida privada. E se ele for um bom médico, não vai falar com outras pessoas sobre o prontuário do paciente só porque alguém o perguntou.
Claro, isso é verdade, mas se esse homem fosse forçado a usar seu dinheiro, ninguém poderia resistir por muito tempo. Felizmente, ele parece não ter perguntado ao médico sobre o tratamento. Claro que essa é a personalidade de Keith. Ele não é do tipo que se intromete nos assuntos dos outros e prefere perguntar diretamente à pessoa.
— Ele não me disse muito. Apenas fez alguns testes simples… — Paro de falar. Quão longe devo ir? Enquanto estou angustiado, Keith espera. Pouco tempo depois, termino minhas palavras com indiferença. — Não havia nada de especial.
— …
Ele apenas olha para mim sem dizer nada e muda de assunto.
— Você ainda não comeu, certo? Este é o seu almoço? — Logo balança a cabeça com a testa franzida.
— Claro que não. — Respondo, e de repente sinto fome.
Bem a tempo, Keith se levanta e pergunta.
— Vamos almoçar. Quer comer alguma coisa em específico?
Uma coisa passa pela cabeça.
— Carls Jr.
— O que? — Keith hesita. Mas falo sério.
— Eu quero adicionar picles e cebolas ao hambúrguer teriyaki, batatas fritas e um smoothie de morango.
— …
— Não posso?
Keith me olha sem dizer nada.
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Há cada vez menos pessoas no parque logo após a hora do almoço. Quando abro o pacote de hambúrguer que o guarda-costas me comprou, penso que é um alívio. No banco, Keith e eu sentamos um ao lado do outro com um hambúrguer na mão. Não muito longe, Whittaker e outros guarda-costas também tomam seu lugar para almoçar com hambúrgueres nas mãos. O grupo se separa e alguns comem primeiro, enquanto outros ficam de guarda. Não precisa se preocupar com a segurança, de repente penso nisso, e logo me lembro daquele incidente, quando Keith foi atacado. Os Alfas dominantes estão sempre expostos ao perigo. Sinto-me mal depois de lembrar. O cheiro do hambúrguer fresco enche minha boca, mas não posso comer porque meu coração está pesado.
— O quê? O que aconteceu? — Keith pergunta.
Respondo com cautela.
— Não, pensei que deveria ter ido para casa… O Sr. Pittman não quer ser exposto a este espaço aberto. Poderia haver paparazzi, poderia haver ataques…
De repente, Keith levanta a mão enquanto brinca com o hambúrguer meio desembrulhado. E diz inesperadamente.
— Não se preocupe, eu também gosto do parque. — Acrescenta Keith, indiferente como sempre. — Já é hora de tomar sol.
— No Parque? — Acabo rindo inconscientemente e ele sorri também.
— Vamos a Miami?
Aí está a praia particular de Keith. Claro, sei que Keith costuma passar as férias lá às vezes. Nunca estive lá antes. Não tenho conhecimento de que tenha levado alguém lá. Se eu for, serei a primeira pessoa a quem leva, pelo menos eu acho. Em silêncio levo o shake aos meus lábios e chupo. Uma bebida doce, mas fria, desliza em minha boca. Depois de umedecer minha garganta seca, mordo o hambúrguer.
— Uhm. — Uma exclamação saí sem perceber.
Keith sorri para mim.
— Delicioso?
— Sim.
Aceno francamente, dando uma mordida novamente. Keith vira a cabeça e começa a comer seu hambúrguer. “Mmm,” vê-lo acenar brevemente com a cabeça me deixa um pouco à vontade.
— … Uh?
De repente, sinto uma sensação estranha na barriga. Paro de mastigar e olho para a minha barriga. Não há como ele estar se movendo ou que possa se mover agora. Mas certamente parecia estranho. Lentamente, começo a mastigar o hambúrguer novamente. Não consigo mais sentir a sensação, mas a emoção permanece.
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Depois de terminar a refeição, Keith inesperadamente me leva a uma rua repleta de lojas sofisticadas. É uma rua onde venho muitas vezes comprar presentes para as parceiras sexuais de Keith, então estou um pouco familiarizada com elas, mas não sabia que esse homem me traria aqui.
— Vou comprar tudo o que meu filho necessita. — Keith diz casualmente, puxando minha mão. Isso me surpreende mais uma vez.
— Você não sabe se é uma menina ou um menino. — Respondo sem hesitar.
— Eu posso comprar para menino e menina.
— Eu poderia escolher aquele homem, não você. — Ao meu aviso, ele para pela primeira vez. Sem me olhar, fala após ficar em silêncio por alguns segundos.
— Pegue.
— O que acontece se ele não quiser? É possível que ele deseja compra-lo sozinho.
— Então jogue fora, droga! — Finalmente cospe uma maldição.
Também estou atordoado e endureço de espanto. Keith exala, suavizando seu discurso.
— Eu vou lidar com isso mais tarde, agora entre. — Keith é teimoso. Não tenho escolha a não ser ir até a loja com ele.
— Bem-vindo, Sr. Pittman. Fui contatado e informado de sua visita. — O gerente vem e nos cumprimenta pessoalmente. Ao mesmo tempo, o obturador cai com um som mecânico atrás de mim. De repente, me sinto preso sem ter para onde correr.
[N/T: Na fotografia, o obturador é o dispositivo que controla o tempo durante o qual a luz atinge o dispositivo fotossensível]
— Você não tem que fazer isso. — Sussurro baixinho.
Keith olha para mim e diz casualmente.
— Estou fazendo isso porque eu quero.
Talvez ele já sabe? Fico nervoso e o olho. Keith franze a testa, como se tivesse me descoberto.
— Não se preocupe, não vou mandar uma fatura para você, nem para aquele homem.
Ele ainda não sabe.
Estou aliviado. Mas ainda não entendo, por que ele está fazendo isso?
— Se você acha que vou dormir com você…
— Yeonwoo. — Keith me interrompe. Esfrega a testa com cansaço quando hesita. — Não quero nada de você. Apenas me deixe fazer o que quero. Isso é tudo que você tem que fazer, tudo bem…?
Keith me olha porque não estou dizendo nada. A pressão silenciosa me força a responder sim.
— Sente-se aqui, por favor. Quer um pouco de chá? Ou café? — Primeiro Keith, senta no sofá, olha para mim. Hesitante, sento-me ao lado dele. Quando vejo Keith pedindo café, fico perdido em meus pensamentos por um momento.
— Há algo que você queira comer? — Keith pergunta. Quando ele vira os olhos para mim, acrescenta como uma piada: — Pudim?
Não posso responder. Apenas pisco e Keith ri. Como se tivesse olhado o meu coração, conversa com o gerente.
— Dê a Yeon-woo um pudim com milkshake de morango. — Sorriu e acenou com a cabeça.
—Tudo bem. Quer um cigarro? Ou charuto?
— Não, está tudo bem. — Diz Keith após um breve momento. — Espero que não cheire a nicotina… Porque não gosto disso.
— Tudo bem, terei cuidado.
Keith recua vagarosamente depois que o gerente desaparece. Olho para baixo e ele está batendo lentamente em sua coxa com os dedos. Percebo seus pensamentos e abro minha boca.
— Se você quer fumar, não precisa…
— Eu parei. Não me lembre. — Keith cospe com força.
Silenciosamente, fecho minha boca. Pelo menos está claro que ele tem paciência. É estranho que Keith faça isso pelos outros e até por mim.
“Você quer fazer sexo comigo tanto assim?” Como esse homem reagiria; Se dissesse que vou me casar, mas não vou fazer sexo? Ainda não posso nem beijá-lo. Mesmo assim, Keith ainda segue sendo amigável comigo. É tão gentil que tenho medo de cair em uma ilusão novamente. Não tenho ideia do que esse homem quer de mim. Mas tenho certeza do que quero. Mantenho minhas mãos firmemente sobre meus joelhos. Nunca vou esquecer o que esse homem fez comigo. No momento que esquecer, voltarei a ser o mesmo.
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Keith me leva para outra loja depois de comprar todos os tipos de coisas, é como se fosse esvaziar todas as lojas. Lá ele me diz para comprar tudo o que eu quisesse.
— Dizem que a gravidez nos Ômegas não muda muito a forma do seu corpo, mas é melhor você comprar algumas roupas para o caso de acontecer. — Diz Keith com um sorriso. — Se come tanto pudim por impulso, logo notará que está grávido.
Bem quando estou comendo pudim de leite, fico com vergonha e paro.
— É só brincadeira, coma o quanto quiser. — Keith ri e acaricia minha cabeça novamente.
Alguém que não o conhece ficaria confuso, pensaria que este homem está interessado em mim. Então estava errado antes, penso cinicamente. Com certeza, o gerente se reveza olhando para mim e Keith, e rapidamente mostra seu negócio.
— Este é o nosso novo produto, feito com tecido especialmente processado para gestantes. Algumas pessoas têm pele sensível. Na verdade, o algodão orgânico foi utilizado em todos os produtos, com cuidado para não causar alergias…
Enquanto apresentava o produto com fluência, iria dizer que sim. Mas Keith foi mais rápido do que eu.
— Quero todos.
— Obrigado, mas não preciso de muito. Vou provar um e então… — Digo apressadamente, mas Keith apenas me olha.
Afim de me manter calado, não tenho escolha a não ser levar o pudim à boca. Depois disso, a mesma coisa acontece repetidamente. O gerente busca isso e aquilo, e Keith concorda incondicionalmente, sem pensar muito. Tenho medo de pensar se posso carregar todas essas coisas no meu carro.
— Por que você não compra a loja inteira? — Digo ironicamente, exausto e rosnando.
Acho até que ele veio jogar fora o dinheiro com o pretexto da minha gravidez. Bem a tempo, o gerente traz um novo item. Olhando para as gravatas alinhadas na mesa, acrescente uma explicação fluente novamente. Abro a boca antes que Keith diga quero todos novamente.
— Eu posso escolher?
Quando Keith se vira, ele sorri levemente. “Como quiser”, ele levanta levemente a mão, mas seu olhar de satisfação é evidente.
Coloco o resto do pudim na boca e volto meus olhos para ver uma gravata. Existem vários arcos com todos os tipos de designs, do elegante ao decente, mas nada deixa de ser chamativo. Escolher um deles pode ser uma tortura. Se pergunto a Keith, é claro que ele dirá: Compre tudo. E é claro que não quero ir tão longe. Dou uma olhada séria e escolho um deles.
— Você gosta?
Diante da pergunta de Keith, aceno com a cabeça, visto sem dizer nada e coloco a gravata dobrada sobre sua camisa.
— Por favor, use isso. — Digo olhando para Keith. — É seu.
Por um momento, Keith parece surpreso. É surpreendentemente lindo que um homem cansado mostre uma emoção tão pura.
Falo sorrindo sem perceber.
— Eu também deveria comprar algo para você, porque você tem comprado todas essas coisas para mim… Gostou?
Keith pega a gravata sem dizer nada. Acrescento cuidadosamente enquanto meu olhar permanece baixo.
— Se você não gosta…
— Não. — Ele diz, observando os numerosos arcos na mesa. — Eu gosto.
— …
— Bom.
Keith olha a gravata e me olha. Sorria suavemente.
— Estou comprando com o seu dinheiro.
— Eu sei. — E ele olha para trás, para a gravata. — Mas você a escolheu. — Diz Keith, que só viu o que tenho na mão por um tempo sem dizer uma palavra, de repente agarra sua gravata e desamarra. Então ele estende a mão e diz. — Me dê a gravata.
A gravata que escolhi não combina com o terno que ele está vestindo.
Olhando alternadamente para uma gravata azul-escura brilhante e um terno marrom-escuro, digo com cautela.
— Não combina bem com o traje.
— Tudo bem. — Insiste. — Rápido.
Me vejo forçado a colocar a gravata nele. Depois de colocá-la sobre a cabeça de Keith, não digo nada enquanto dou um nó familiar. Posso dizer que seu olhar está fixo no meu rosto, mas finjo que não sei.
— Vá devagar. — Posso sentir Keith rindo. O nó é torcido apressadamente. Não tenho escolha a não ser desamarrar a gravata e começar de novo. Consigo terminar desta vez sem falhar.
Quando tento me afastar depois de consertar o nó, Keith de repente pega minha mão e a beija enquanto me olha hesitante por um momento. Seus lábios macios tocam as costas da minha mão, prendo minha respiração sem perceber. Os lábios suavemente pressionados recuam lentamente e Keith sorri.
— Obrigado.
Estou sem palavras. Não acredito que ele me disse isso. Pela primeira vez, me sinto um pouco culpado por deixar uma marca neste homem.
Deve ter voltado para mim porque deseja ter relações sexuais. Além disso, está sempre retendo feromônios. Não precisa esperar por mim, porque irei embora logo de qualquer maneira. Você não vai esperar, certo? E se eu disser que não vou mais dormir com você? Então vai me forçar a te abraçar de novo?
Engulo em seco e rapidamente retiro minha mão. Minha boca fica seca, então corro para levar o smoothie aos lábios. Coincidentemente, está vazio. O gerente desaparece imediatamente devido ao som do copo vazio. reaparece com uma nova porção.
— … Obrigado. — Mesmo que eu esteja cheia, seguro um gole completo na minha boca para esconder o desconforto. A bebida que escorre pelo canudinho é fria, mas não acalma meu estômago ardente.
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— …?
A sensação de algo tremendo desperta minha consciência. Percebo vagamente que adormeci. Consigo levantar as pálpebras, mas minha visão não está clara e me viro casualmente. A pessoa que está me segurando sussurra em voz baixa.
— Está tudo bem, descanse um pouco. — Conheço o dono dessa voz.
Estou cansado e fecho os olhos novamente. De repente, sinto um toque quente na minha testa, suspiro suavemente e me inclino. Sinto-me tão confortável depois de um longo tempo que logo adormeço.
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Com a ajuda da luz do luar, a memória finalmente desempenhou um papel adequado. Parece que voltei para a mansão de Keith. Pensando bem, adormeci no carro… Nem pensei em quem me trouxe aqui. Tenho fome. Tropeço para fora da cama. Por um tempo, imaginando comer alguma coisa, nem havia se passado pela cabeça antes que agora quero comer como um louco, como se fosse uma mentira. É para ser assim? Estou curioso, mas decido pesquisar na internet assim que comer alguma coisa.
Abro a porta com cuidado. Claro que não há ninguém no corredor vazio. Ando em silêncio. Na minha cabeça, penso na localização da cozinha. Alguma vez já preparei algo aqui? Estava pensando em pegar os ingredientes e fazer algo sozinho.
— Onde você vai? — A voz repentina me assusta até a morte e olho para trás.
Keith está parado no corredor. Ele estava acordado a esta hora? Ou eu o acordei? Olho para ele envergonhado. Keith está vestindo malhas confortáveis e calças de algodão. De repente, me pergunto quanto tempo se passou.
— Ah… Acabei de acordar pensando que gostaria de comer alguma coisa.
— Volte para o seu quarto. — Keith diz indiferente. — Vou pedir que preparem a comida. Quer comer o quê?
— Está tudo bem, eu mesmo farei isso-…
— Entre. — Keith me interrompe como sempre. Adicionando irritado. — Não me faça dizer isso duas vezes.
Sou forçado a dar a volta. Abrindo a porta, Keith pergunta.
— Quer comer algo em especial?
Penso por um momento e balanço minha cabeça.
— Coma um lanche enquanto espera. — Diz e entra no quarto.
Talvez ele esteja tentando ligar para Charles. Mais do que isso, me pergunto o que ele quis dizer. “Está dizendo que, enquanto eu espero, coma um lanche?” Logo sei o significado. De volta ao quarto, encontro algo que não vi antes. É uma pequena geladeira. Está em uma mesa perto da parede, então não tenho que me curvar. Quando abro a porta da geladeira, ela está cheia de todos os tipos de sobremesas. Entre eles, de longe, o que mais tem é pudim.
Oh, meu Deus! Não consigo falar por um momento, com a porta aberta. Que diabos é tudo isso…? Hesito e pego um pudim, fico novamente surpreso ao ver a data e o nome escritos ali.
Não era um, mas vários tipos de pudim. Os ingredientes principais também são escritos resumidamente. Depois de tirar o que está em minha mão, seguro uma das colheres preparadas ao lado dele. O pudim caseiro é muito mais macio e saboroso do que o que comprei para comer. Logo tento um, hesito e pego outro. Desta vez é pudim de chocolate. A doçura suave que mantém minha boca fechada me deixa feliz, mas por outro lado, faz meu coração pesar.
Tenho certeza de que foi Charles quem os fez, chego a essa conclusão dentro de mim. Keith nunca é o tipo de pessoa que dá tanta consideração e, mesmo assim, ele não pode me dar essa consideração. Tenho certeza de que Charles fez isso sozinho. Não sei por que a geladeira está tão cheia, mas decido que talvez seja apenas uma coincidência.
Quando provo o terceiro pudim na boca, ouço uma batida e, um momento depois, a porta se abre. Quando me levanto, Charles arrasta seu carrinho e coloca os pratos um por um na mesa vazia.
— Desculpe, sei que já tá tarde. — Respondo casualmente, enquanto me desculpo.
— É meu trabalho, você não precisa se preocupar. — E Charles acrescenta, abrindo a tampa. — Se você não tem o suficiente ou precisa de mais, por favor, me ligue. O chef disse que era tarde, então eu fiz pouco…
— Oh sim, isso é o suficiente.
Charles pergunta, limpando a lata de pudim vazia sobre mesa.
— Como foi o lanche? Quer mais pudim? Ou tem outra coisa que você quer?
— Oh… Estava tudo ótimo. Obrigado, estava tão delicioso. Tudo. — Aprecio sua bondade.
— Por favor, diga à pessoa que fez isso que eu gostei. A você também Charles, obrigado por sua atenção. — Quando digo obrigado, Charles faz um sinal com uma cara inexpressiva
— Só seguir as instruções. O agradecimento se deve fazer ao Sr. Pittman. — Meu rosto está rígido. Charles continua falando sem compaixão. — É verdade. Ontem, o Sr. Pittman trouxe Yeonwoo, que estava dormindo. Ele também me instruiu a colocar na geladeira.
— …
— Incluindo instruções para fazer muito pudim.
Olho para ele com uma cara relutante e digo: “Ah.”
Charles para no meio do caminho antes de sair e diz:
— Oh, eles disseram que pegaram o DNA.
— DNA?
Quando pergunto sobre a história repentina, sem entender o que significa, Charles fala.
— O DNA do Ômega que deixou uma marca no Sr. Pittman. Eles parecem ter encontrado uma quantidade muito pequena que resultou ser difícil.
Minha cabeça fica vazia. Estou pasmo e o olho. Ele está dizendo algo, mas não há som. Finalmente percebo o que ele está dizendo.
— O que…? Você não disse que não havia vestígios deixados? Você também descartou as roupas dele.
— Sim, joguei tudo fora, mas felizmente, depois de rastrear, encontrei as roupas do Sr. Pittman. Um sem-teto as estava usando.
Charles balança a cabeça uma vez, mostrando compaixão pelo pobre sem-teto.
— Achei que não faria nenhum progresso porque estava poluído e lavado pela chuva, mas foi quase um milagre… Muito DNA foi encontrado, e apenas um deles era do Ômega.
Acidentalmente engulo saliva seca.
— Então… Você o encontrou? Quem é ele?
Antes que Charles possa responder, por um breve momento minha cabeça se volta para o campo de batalha. “Calma, se ele já soubesse, tudo estaria acabado”. Não há como Charles falar tanta naturalidade. Prendo a respiração e Charles fala secamente como sempre.
— Não, ainda não. Infelizmente, não está no banco de dados… Mas eu registrei, então vou encontrá-lo um dia.
É muito cedo para descansar. Consigo falar.
— Mesmo que o encontrem, como saberão que o DNA pertence ao Ômega que deixou a marca?
— Existe uma marca, então será fácil descobrir. Basta trancá-lo por alguns dias, sem tomar a droga, e naturalmente sentirá cheiro do feromônio.
— …
— Se o Sr. Pittman pudesse sentir o cheiro do Ômega, não seria o criminoso? — Abro minha boca com dificuldade.
— … Sim. — Sorrio, tentando de alguma forma dar um ar de indiferença.
— O bom é que encontrei uma pista. — Diz Charles, dando um breve saudação e saindo do quarto.
Quando ele me deixa só, fico ali sentado por um tempo.
Tento ser racional e pensar com frieza. “Está tudo bem, não sabemos quando eles vão nos pegar. Vamos, você tem que deixar esse lugar rapidamente”. No entanto, a razão me diz para fugir agora, mas a emoção é o oposto.
Sem saber, meus olhos se voltam para a geladeira. No começo, eu só estava pensando em fugir. Achei que fugir seria o suficiente. No entanto, as coisas estão saindo do controle.
“Está tudo bem em fugir assim? Ele se importará se eu fugir assim?” Me pergunto. “Isso é o suficiente para me satisfazer?” O ódio dentro de mim continua sussurrando. Ele está apenas procurando por alguém que não sabe quem é. Mordo meu lábio e penso continuamente. Mais cedo ou mais tarde, seu interesse desaparecerá e retornará à sua antiga vida. “Então você vai largar tudo?”
Tudo o que posso fazer é organizar meus pensamentos com calma. O que é diferente de antes? Keith me tratou tão bem antes. Então, eu estava errado e o preço foi alto. É bobagem usar o mesmo truque novamente? Claro que não.
Inadvertidamente olho para as caixas de presente empilhadas ao lado. Esses são os itens que Keith comprou para mim. Nem desamarrei a fita. Ele sempre foi generoso. Sempre costuma apresentar joias caras para a parceira que passa uma noite com ele, mas nunca comprou um produto para si mesmo, pelo que eu sei, isso certamente é incomum. Além disso, não posso acreditar que levou alguém para comprar um presente e disse-lhe para escolher o que quisesse. Não faz sentido propor casamento a alguém com quem você só quer dormir em primeiro lugar. Sim. Respiro fundo.
Se este homem tem sentimentos por mim…
O bife na minha frente está esfriando, mas nem toco nele. Olhando-o sem sentido, penso.
…Vamos colocá-lo à prova.
Continua no Volume 4…
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Em breve será disponibilizado uma sinopse!
Nome alternativo: Kiss Me Liar