Ler Beija-me mentiroso – Capítulo 30 Online

Modo Claro

 

Esse cara está louco por causa dos feromônios?

É a primeira coisa que penso. Não consigo encontrar nenhum traço de piada no rosto de Keith e ele apenas consegue me encarar, mas ainda não consigo acreditar.

Ou é claro, com certeza estou sonhando.

Sim, deve ser isso, estou sonhando.  Talvez já tenha enlouquecido e estou ouvindo coisas. Pode ser um efeito colateral do uso excessivo de inibidores.

Belisco minha coxa. Oh, isso dói! Seguro um grito de dor. Keith está esperando minha resposta, parece que foi absolutamente sincero. “Quando você gritar ‘Sim’, certamente um palhaço vai sair por trás e gritar ‘Oh, surpresa’.” Olho instintivamente para trás para ver se não está por perto. Não há ninguém!

Volto ao local e Keith pergunta:

— Há algo errado?

No momento em que meus olhos encontram os dele, percebo que isso é realidade, está realmente acontecendo.

— Por que você está me pedindo em casamento de repente? Não faz sentido.

A curiosidade me invade. Que porra está pensando esse homem?

Keith franze o cenho e irritado abre a boca.

— Estou dizendo que vou criar seu filho, não entendeu?

O som de seus dedos batendo na mesa se intensifica e olho para baixo para ver seus dedos deslumbrantes e volto meu olhar para seu rosto.

— Por que você se casaria comigo e criaria meu filho? — Acrescento depois de engolir em seco. — E quanto ao Ômega que te marcou?

Keith responde sem hesitação.

— Vou apenas encontrá-lo e matá-lo.

— …

Logo me lembro dos incontáveis ​​artigos sobre Ômegas que deixaram uma marca em seu Alfa e foram mortos.

— Então. — Pergunto movendo meus lábios secos. — Por que você quer se casar comigo enquanto está fazendo isso?

Keith estreita os olhos. Tenho certas expectativas em sua resposta.

— Ninguém é tão bom em sexo quanto você.

Não posso dizer nada.

É essa a razão?

Estou pasmo. Me pergunto se eu deveria estar animado e agradecer a um homem que está jogando tão promiscuamente comigo.

Keith bate os dedos na mesa novamente.

— Pense bem, nós nos encaixamos bem. Você tem admitir.

Nem estou mais com raiva. Tudo que preciso fazer é exalar brevemente.

— O casamento é sobre respeito e cuidado mútuo, não só o sexo é importante.

Keith ri.

— Eu também pensava o mesmo…

— …

— … Até eu dormir com você.

Fico em silêncio e abro a boca novamente. Uma voz trêmula flui em meus ouvidos.

— Quer casar comigo para fazer sexo?… Por acaso o que isso tem a ver com casamento? Você só precisa comprar um corpo.

Keith ri brevemente.

— Isso também não é ruim. Quanto você quer?

Novamente, não há nenhuma pergunta em sua resposta.

— Ah. —  Suspiro alto.

Meus olhos esquentam de indignação. É nisso que ele está pensando, apenas dormir comigo.

— Você realmente é um filho da puta. — Digo a ele enquanto ranjo os dentes.

Mas a reação de retorno é simplesmente indiferente.

— Já ouvi o suficiente sobre isso. Qual é a resposta? Sim, não? O que você decide?

Minhas palavras parecem tão insignificantes para ele e ele as ignora. Até franze a testa como se estivesse entediado.

Como esse homem pode me machucar assim, infinitamente?

Me sinto magoado, embora achasse que não tinha mais sentimentos por Keith, já não havia mais desejo por ele. Keith está me atropelando, não só meu meu coração. Quero estrangulá-lo imediatamente. Só quero gritar, mas tudo que faço é cerrar o punho levemente no colo.

—…Vou pensar. — Digo isso dificilmente.

Keith não gostou da minha resposta, mas não me apressou.  Charles chega em um bom momento enquanto a conversa é interrompida. Talvez ele estivesse esperando lá fora. Ouço um pequeno tilintar de pratos, enquanto deixo a comida na nossa frente, a sala de jantar está silenciosa. Charles se afasta depois de fazer seu trabalho.

Keith pega o garfo e abre a boca depois de cortar habilmente o abalone guarnecido de algas com uma faca.

— Então, quem é o pai da criança? Você entrou em contato com ele?

— Não. — Respondo. — Não sabe.

— Bem, não se preocupe em dizer a ele.

Eu não ia fazer isso de qualquer maneira. Como será criar seu próprio filho, pensando que é filho de outra pessoa? Esse homem me daria tudo, nunca faltaria nada material. Mas não haverá amor em lugar nenhum.

De repente, sinto pena da existência em meu estômago. Também não recebo bem esta criança. Em vez disso, espero que não exista tal coisa. Penso em me livrar dele.  Seria muito doloroso se essa criança soubesse de tudo isso. Minha determinação é subitamente abalada. Um momento de simpatia, porém me sinto culpado.

Keith, que não diz nada, de repente faz uma pergunta sem sentido, enquanto procura por um abalone.

— Que tipo de pessoa é ele? O pai da criança.

—…Porque pergunta isso? — Keith responde casualmente.

— Apenas curioso.

Viro minha cabeça apressadamente e digo.

— Ele é muito doce e gentil. E bom de cama.

Por um momento, Keith parece hesitar.

Você percebeu?

Estou ansioso enquanto espero suas respostas, depois de colocar o abalone na boca ele diz de forma insignificante.

— Sério?

Pensei que isso era tudo, mas Keith pergunta novamente.

— Em que ele trabalha?

Olho diretamente para ele.

— Por que eu deveria dizer isso e aquilo sobre ele? Não sabia que você estava tão interessado na vida privada de outras pessoas.

Depois de me fazer perguntas difíceis como: “Há quanto tempo você o conhece?” E assim por diante, cortei os abalones e os coloquei na boca.

Depois disso, Keith não disse uma única palavra assim como eu.  Ficamos em silêncio por um longo tempo, apenas se ouve o barulho dos pratos ecoando na sala de jantar.

Keith fala novamente quando termina sua refeição.

— Espero que você não se encontre mais com esse homem.

—… O que?

Ele limpa a boca com um guardanapo e diz casualmente.

— Se você não consertar as coisas com esse homem com antecedência, você terá problemas mais tarde.

Dou um suspiro curto e surpreso, digo.

— Eu não te disse “sim” ainda. Disse que pensaria sobre isso.

Keith me olha.

— Yeon-woo. — Por um momento, hesito. Permanece imóvel enquanto me olha com uma expressão que não é familiar para mim. Prendo minha respiração e o observo. — Conserta isso.

— …

— Se você não fizer isso, eu vou.

—… Como? — Pergunto tolamente.  Keith ri brevemente.

— Bem, se você está curioso, me coloque à prova.

Me pergunto como poderá encontrar alguém que nem existe e o que iria fazer com ele? Não machucaria pessoas inocentes, não é?

Charles traz sobremesa, mas Keith só toma um gole de sua taça de vinho. Meu copo contém apenas suco de fruta. Olho para a deliciosa sobremesa de calda com fatias de laranja na minha frente. Coloco uma fatia na boca, mas não consigo sentir o gosto. Limpo bruscamente a boca e me levanto da cadeira.

Keith diz atrás de mim enquanto saio da sala de jantar.

— Resolva tudo nesse mês.

Hesito em me virar para olhar para ele, mas não o faço. Quando entro no meu quarto, deito-me na cama e solto um suspiro. Minha cabeça está muito confusa, por que não recusei imediatamente?

Ainda há medo em mim. Eu poderei fazer isso? Respiro fundo várias vezes enquanto fecho meus olhos. Jogar tudo fora é surpreendentemente simples, desde que esteja preparado para ir até o afundo, mas eu já caí no fundo… O que devo ter medo então? Sem perceber, acaricio minha barriga com as duas mãos. Fico assim por muito tempo… Olhando para o teto.

Ao amanhecer, as náuseas repentinas me desperta. Um tremor invade meu corpo quando tento sair da cama para correr para o banheiro.

— Bhur! Bhur! Bhur!

Vomito várias vezes fazendo um barulho alto. Empurro tudo que comi e sento no chão por um tempo, tentando regular minha respiração. O remédio prescrito pelo médico não funcionou muito bem para mim. É para ser assim? Penso enquanto inclino minha cabeça. Todas as gravidezes são tão dolorosas? Minha condição vai piorar? Sinto que vou morrer se tiver esse bebê, não acho que vou durar quase dez meses. Quanto nos resta? Calculo aproximadamente quantos meses tenho, deve ser cerca de quatro meses. Não é exato, mas provavelmente é por volta desses meses.

Preciso ver um médico e saber mais sobre meu estado, mas Keith não deve me descobrir. Devo encontrar um hospital onde ele não possa filtrar meus registros médicos. Ainda não parece real, não acredito que terei um filho. Coloco minha mão trêmula na minha barriga. Não sinto nada.

Tenho que ir para o hospital… Lembro-me de mim novamente enquanto me perco em um mar de pensamentos. Fecho os olhos e espero a tontura diminuir quando ouço vagamente o som do alarme do celular.

Preciso me preparar para ir trabalhar.

_______

Assim que Emma vê meu rosto, fica pálida e pergunta.

— Yeonwoo, você está bem?

Posso ver o motivo da sua pergunta sem pergunta-la. A última vez que olhei no espelho, meu rosto parecia tão pálido que parecia um fantasma em uma festa de Holloween.

Tento sorrir e dizer.

— Claro, está tudo bem, não precisa se preocupar… Eu só tenho anemia.

— Você tem uma pele ruim. Você já foi ao hospital?

Rachel pergunta com óbvia preocupação, mas finjo que estou bem.

— Eu irei quando tiver um dia de folga. Tenho que fazer uma reserva, então… Obrigado pela sua preocupação. Vamos começar a trabalhar agora? — Acrescento com um leve sorriso.

Todos vão para seus lugares e sentam-se sem dizer uma palavra mais. Vou para minha mesa e imprimo os documentos verificados anteriormente e anexei à programação de hoje.

______

— … Este é um gráfico de análise de lucro e público para o filme lançado no mês passado. Aqui estão os países e regiões aonde vamos distribuí-lo. Ainda não foi aprovado, portanto, revise-o e me informe … Isso é um trecho de itens desta festa de lançamento…

Keith não disse uma palavra durante o relatório. Basta tocar na mesa com os dedos. O som me incomoda, mas finjo não notar. Deve ser porque ele parou de fumar.

— Por que você tem que vir trabalhar?

—…? Porque é o meu trabalho.

— Eu disse que você não precisava. — Keith range os dentes. Ele parece zangado por eu não obedecê-lo.

Respondo de maneira profissional.

— Obrigado pela sua consideração, mas se alguém da equipa continuar ausente, os restantes terão dificuldades. Por isso, é melhor pedir demissão do que fazer isso.

— Então peça demissão.

Fiz uma pausa quando estava prestes a falar sobre eu ir embora, como se fosse a hora certa, e é claro que havia preparado algumas dessas palavras para Keith entender.

— Sinto muito. — Diz Keith. — Você também não está se sentindo bem. Disse que mal dormiu desde o amanhecer. Não deveria ir para o hospital em vez de trabalhar?

— … Como você sabe que eu não conseguia dormir? — Pergunto desconfiado.

Keith responde sem demora.

— Charles me contou.

Logo me lembro. Quando consegui sair do banheiro, Charles tinha acabado de ligar para o quarto.

— Vou cuidar disso de qualquer maneira. Se você não tiver mais instruções, eu vou…

Eu me viro e saio do escritório. Inclino-me na mesa depois de fechar a porta atrás de mim e sentar no meu lugar, solto um suspiro. Estou tonto. Percebo que é realmente doloroso para eu continuar me sentindo assim. Keith está certo. Tenho que ir ao hospital primeiro. Mal posso esperar por mais tempo, se ao menos pudesse resolver essa porra de tontura.

— Ah…

Com suspiros profundos, cubro meus olhos com as mãos e me curvo. Mesmo no escuro, minha cabeça está girando. Não seria tão doloroso se não estivesse grávido. Levo minha mão suavemente para minha barriga e acaricio lentamente, mas não há nenhuma sensação. Ah. Paro minha mão e pressiono suavemente. Se essa criança desaparecer… Estou surpreso e recuperei o bom senso. Quando inconscientemente olho para cima, engolindo minha respiração, vejo Keith encostando-se à porta, me observando.

— Saia do trabalho. — Diz baixinho quando seus olhos encontram os meus. — É um incômodo que você fique aqui nesse estado. Deixe de vim.

— Posso trabalhar…

— Por favor, me ouça! — Keith grita e consigo olhá-lo com espanto. Ele balança o cabelo nervosamente e diz em uma voz abafada. — Eu não posso trabalhar se você estiver nessa condição.

— … Sinto muito.

Peço desculpas. Em todo caso, é minha culpa que essa condição faça com que os outros se preocupem comigo. Se eu quiser trabalhar, não devo fazer as pessoas ao meu redor se sentirem desconfortáveis. Reprovo a mim mesmo.

— Bem, vou trabalhar até a hora do almoço. Vou ter que resolver o que sobrou e passar para Emma…

Felizmente, hoje não há horários. Não há reunião, e Keith só tem um jantar marcado, então só tenho que trabalhar como sempre e, de vez em quando, seguir as instruções de Keith.

Acrescento em voz baixa.

— Obrigado por sua consideração.

— … Então faça o que tem que fazer e vá.

Falou cansado. Achei que ele fosse se virar e entrar no escritório, mas inesperadamente permanece no mesmo lugar…

Penso por um momento e acrescento dúvidas.

— Sim.

Só então Keith acena com a cabeça e se vira. ‘Tak’, ouve-se o som da porta fechando. Depois de olhar para a porta fechada por um tempo, começo a preparar algo para contar a Emma. Tenho que ir ao hospital, penso e abro o site de busca na mesma hora. Um hospital onde meu histórico médico não pode ser filtrado…

— Ah. — Involuntariamente solto um suspiro.

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Quando digo a Emma que devo ir, ela sorri para mim com o rosto iluminado.

— Sim, é melhor ir descansar. Estou muito grato pelo Sr. Pittman ter feito tal oferta. — Continuo um pouco alívio. — Porque o Sr. Pittman é de poucas palavras, então às vezes não fala quando trabalha. Talvez te assuste quando ele ficar bravo, mas se fizer as coisas direito, isso não vai acontecer, e se você cometer um erro… É certo que ficará com raiva, mas… Não muito.

Não é fácil trabalhar com Keith, mas acho que Emma vai se dar bem. Olho em volta depois de informá-la. Já é hora do almoço, Jane e Rachel estão se preparando para sair para comer.

— Bem, Emma. Você tem tempo à noite? Se não se importa, gostaria de comer e conversar com você…

Finjo não notar o olhar persistente de Jane e Rachel em mim. Emma pisca e logo sorri de assentindo.

— Tudo bem, podemos nos encontrar no restaurante que sempre vamos?

— Bem, não. Vamos para minha casa hoje. Não acho que estou em boa forma para ir a algum lugar… Você se importaria?

— Oh meu Deus.

— Uau!

Jane e Rachel exclamaram novamente. Sorrio sem jeito porque estou envergonhado.

Emma olha para elas e logo sorri.

— Ok então, devo ir a sua casa por volta das 7 em ponto?

— Sim, por mim tudo bem.

Assenti. Digo adeus e saio do escritório de secretaria.

A maneira como Rachel e Jane olham para mim da porta é pesada, mas finjo não notar. Quando fecho a porta e dou alguns passos, de repente ouço um grito. Olho para trás com espanto, mas não posso voltar para o escritório da secretaria. Finalmente, inclino minha cabeça e sigo para o elevador.

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Quando saio, o motorista de Keith está esperando por mim. Entro no carro depois de uma breve reverência. É natural que tenha que voltar à mansão para pegar o carro, já que o deixei no dia da festa. No entanto, estou um pouco perplexo em ir para a casa de Keith sem consultar o destino. Acho que o motorista tem certeza de que estou indo para lá.

Foi Keith quem deu essa ordem?

…Não sei.

Estou esgotado por pensar demais e apenas esvaziar minha mente. As ruas do meio-dia estão cheias de sol. Estou atravessando a rua com meus olhos inadvertidamente semifechados.

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Acordo com uma sensação estranha. Quando abro os olhos, aparece um jardim familiar, chegamos à mansão de Keith. Preparo-me para descer depois de um tempo, quando o carro para, alguém abre a porta de fora. Inesperadamente, Charles está parado ali. Agradeço a ele e tento rapidamente ir até onde estacionei meu carro. Charles me chamou imediatamente.

— Onde você está indo, Yeon-woo?

Em algum lugar eu paro e respondo à pergunta urgente.

— Vou pegar meu carro… Eu tenho que ir para casa.

Pela primeira vez, Charles parece envergonhado.

Digo maravilhado.

— Cuidaram de mim durante o fim de semana. Tenho que ir agora.

Então, me despeço ligeiramente e me viro. Meu carro ficou onde o havia estacionado. Olhando por um momento para o Jaguar que Keith havia me dado, logo abro a porta do carro e me sento no banco do motorista. Respiro fundo e levo algum tempo para me certificar de que estou em condições para dirigir. Talvez porque adormeci um pouco, me sinto muito melhor agora. Charles ainda está me olhando, parado ali, enquanto eu saio pela entrada do jardim. Quando olho no espelho retrovisor, ele já desapareceu de muito longe.

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Emma chega cerca de 10 minutos antes do prometido.

— Eu cheguei um pouco adiantada, tudo bem?

— Claro, entre. Não foi difícil vir?

— Esteve tudo bem, obrigada.

— Eu fiz um bife simples, está tudo bem?

— Oh Deus. estou com muita fome.

Depois de confirmar quanto tempo levará para assar, levo-a para a sala. Enquanto esperamos, Emma sorri e agradece. Enquanto espero a carne cozinhar. Estou ficando nervoso por causa da pressão sobre o que tenho a dizer a ela. Quando vejo Emma checando mensagens em seu celular, lembro o que pratiquei.

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— Bem, estava muito delicioso. Obrigada.

Quando vejo seu sorriso satisfatório, sorrio também. Agora que a hora de conversar está próxima, lhe dou uma xícara de chá com sobremesa.

— Oh, obrigada. — Ela sorri, enquanto me ajuda a limpar a mesa vazia. Seu rosto sorridente é muito bonito.

— Fique sentada, vamos comer a sobremesa em breve.

— Sim, estou ansiosa por isso.

Respiro fundo enquanto trituro os grãos. Estou em excelentes condições hoje, não me sinto mal, então fiz uma boa refeição e não cometi erros de fala. Tenho atrasado e adiado conversas difíceis, mas agora é a hora. Emma sorri brilhantemente enquanto retiro uma torta de ovo, brownie de chocolate e café.

— Oh, é a minha padaria favorita.

— Bem, ouço isso com frequência.

— Vou ganhar peso.

Quando a vejo suspirando, mas não consigo desviar o olhar da sobremesa, dou risada, é como se estivesse olhando para o meu irmão.

— Não diga isso porque você é magra o suficiente. Minha irmã sempre se preocupa desse jeito, mas ela parece muito magra para mim. Dietas excessivas não são boas para sua saúde…

— Você tem uma irmã mais nova?

— Sim, dois.

Naturalmente, a conversa se volta para algo sobre família. Depois de refletir um pouco, é dada a oportunidade de apresentar o tópico.

— Bem Emma, ​​você disse antes que tem um irmão Ômega, certo? E ele deu à luz um menino.

— Sim, isso mesmo. Por quê?

O rosto de Emma está confuso e ela tem um sorriso no rosto.

Respondo, tossindo em vão e evitando o seu olhar.

— Bem, eu… Tenho uma pergunta sobre isso, posso me encontrar com ele? Não há Ômegas ao meu redor.

Emma balança a cabeça.

— Posso perguntar a ele, mas… O que há de errado? Oh, sua irmã teve um filho? Quantos anos ela tem?

Engulo em seco. A hora finalmente chegou. Abro minha boca com dificuldade.

— Não, não, é só… Meus dois irmãos são beta. Quem está grávido… Sou eu.

Emma pisca e fica em silêncio por um momento.

—… Oi? — Essa é toda a sua reação. Olhando para Emma, ​​que está sem palavras novamente, me sinto envergonhado.

— Bem, algo assim… Isso foi o que aconteceu. É por isso que não tenho me sentido bem ultimamente… Lamento surpreendê-la de repente, mas não tenho mais ninguém para consultar… Acho que pode ser um diagnóstico errado, mas se realmente for… Eu me lembrei do irmão do teu irmão.

— …

Emma não diz nada. Sua reação aparentemente chocada me deixa sem palavras. De repente, me pergunto se ela acha que a relação entre nós era confusa; talvez para ela tenha sido mais diferente do que eu aparentava, mas talvez ela pensava que eu era apenas um colega de trabalho em quem confia. Acho que deveria ter definido o relacionamento primeiro, mas era tarde demais. Não tenho escolha a não ser esperar que ela esclareça a bagunça.

— Oh então… O que devo dizer?

Emma abre a boca após a surpresa. Ainda parece confusa, mas gradualmente sua pele está voltando. Falo com cuidado.

— Desculpe dizer isso de repente, Emma.

— Bem, fiquei incrivelmente surpresa.

‘Whoo’, Emma suspira. Todos os tipos de emoções estão em seu rosto. Me sinto culpado de novo porque não queria confundi-la assim.

— Eu não sabia que você estava saindo com alguém Yeon-woo. Olha, quero dizer… de quem…

Quando pergunta com cautela, a campainha oportuna toca na porta da frente. Olho para trás casualmente. Emma também parece surpresa.

— Espera um minuto.

— … Quem é?

Murmurando para mim mesmo, me levanto da minha cadeira. Emma leva o café à boca, como se estivesse com sede. Mesmo antes de abrir a porta, não tenho ideia de quem é o visitante. Como se fosse difícil esperar um pouco, o impaciente visitante torna a tocar a campainha.

Respondo “Sim” e abro a fechadura da porta.

Um som de chocalho se espalha e a visita, espera… Quando finalmente abro a porta, a primeira coisa que sinto é um leve aroma. E assim que seu rosto aparece, digo seu nome sem perceber.

—… Keith?

Estou surpreso com a visita inesperada. Keith me olha com um rosto estranhamente pálido.

Por que esse homem está aqui?

Inclino minha cabeça casualmente. Keith, que me olha no rosto sem dizer uma palavra, abre a boca.

—… Você está bem?

— Sim? — Estou novamente surpreso com a pergunta repentina.

Ele me observa por um momento, apenas pisca e suspira. Passa os dedos pelos cabelos como se estivesse cansado e abre a boca novamente.

— Por que não atendeu o celular?

— Celular? — Repito suas palavras como uma idiota.

Keith franze a testa como se estivesse irritado com a minha reação.

— Bem, quem… — Emma, ​​que se aproxima da porta da frente se perguntando o que está acontecendo, fica surpresa e solta um grito. Keith estica o pescoço por cima da minha cabeça em silêncio e olha para ela. Emma fala primeiro.

— Por que o Sr. Pittman está aqui?…

De repente, percebe algo. Também noto que Emma encontra a resposta para a pergunta que ela fez pouco antes da campainha tocar. Claro, eu negaria de imediato, no entanto, preciso de habilidades de atuação das quais ninguém duvide. Não posso garantir que posso negar com calma. Felizmente, Emma não diz nada a respeito. Tudo o que fez foi olhar para  Keith e eu, nos revezando. Novamente, um silêncio pesado se instala. Mais uma vez, ela abre a boca primeiro.

— Bem, estou indo embora. Yeonwoo, vamos falar sobre isso novamente na próxima vez. Vou perguntar ao meu irmão.

— Ah, obrigado. Emma. Espero que…

Percebo a presença de Keith enquanto falo. Sou forçado a me afastar e pedir a ele que entre.

— Vejo você em um momento. — Digo isso pelas costas de Keith, mas ele não olha para trás. Fecho a porta e vou para baixo do prédio com Emma. A estrada está cheia de carros familiares. Paro para ver Whitaker parado na rua fumando um cigarro.

—… Onde está o carro?

Emma, ​​diante da minha pergunta, sem dizer nada aponta para o outro lado da rua. Caminhamos em silêncio lado a lado. Foi só quando chegamos à frente do carro que Emma abriu a boca.

— Eu não sabia que você tinha esse tipo de relacionamento com o Sr. Pittman… É do Sr. Pittman, não é?

Sei ao que se refere, embora não o diga claramente. Digo sim e aceno com a cabeça.

— Entendo. — Emma murmurou com um olhar amargo.

Abre a porta do carro e olha para mim antes de entrar no banco do motorista.

— Eu não contarei a ninguém sobre isso até que Yeonwoo diga diretamente.

Sorrio amargamente.

— Eu confio em você Emma.

Emma sorri.

— O que você perguntou antes, vou perguntar ao meu irmão e informá-lo. É difícil dizer agora porque tenho que verificar quando ele tem um dia de folga.

— Sim, obrigado.

— De nada. — Ela diz de maneira entrecortada. — Nós somos amigos.

Com as palavras de Emma,  sorrio alegremente. Quando lhe dou um leve abraço de despedida, ela também me dá um tapa nas costas.

— Bem, vá para casa sã e salva.

— Sim, Yeonwoo.

Ela facilmente se senta no banco do motorista e fecha a porta. A vejo ligar o carro habilmente. Só quando o carro de Emma desaparece de vista é que atravesso a rua e vou para casa. Whittaker, que tardiamente me reconheceu, levanta a mão para me cumprimentar. Conforme subo as escadas, minha mente fica gradualmente pesada.

O que diabos Keith está fazendo aqui? Por que me ligou? Algo aconteceu? Não é normal que venha à minha casa depois do trabalho, mas Whitaker e os outros guarda-costas pareciam muito relaxados.

 

Aconteceu algo da qual não fui informado?

Abro a porta da frente sentindo a complexidade em minha cabeça. Keith está sentado no sofá da sala. Faz um tempo que Emma e eu estávamos sentados ali. Ando em silêncio e limpo as xícaras e sobremesas vazias que estavam sobre a mesa.

—… Posso pegar algo para você beber?

Keith balança a cabeça brevemente quando lhe ofereço o convite. Respiro fundo e fico na frente dele com a mesa no meio.

— O que está acontecendo? Se você está com tanta pressa, algo grande deve ter acontecido…

Keith abre a boca, após uma pausa diz:

— Por que está aqui?

Consigo suportar a pergunta óbvia. Graças a isso, respondo com calma.

— Porque é minha casa. Não é óbvio?

Keith pressiona a mão na coxa e a abre lentamente. Seus dedos fazem um som fraco novamente, batendo em sua coxa.

— Você foi para minha casa.

— Sim, para pegar meu carro.

A velocidade dos dedos aumenta.

— Por que Emma estava aqui?

— Eu a convidei. Tinha algo para lhe perguntar…

De repente, franzo a testa.

Mas por que tenho que falar sobre isso? É minha vida privada.

— Então por que você está aqui? Aconteceu alguma coisa com a empresa?

Pergunto friamente, e posso ver Keith vacilar, conforme o ritmo de seus dedos que muda de Moderato para Allegro* e para repentinamente.

— … O que?

Desta vez, Keith pergunta novamente. Me incomoda que não pareça concentre-se no que eu digo. Escovo meu cabelo e franzo a testa.

— Se você veio até aqui, porque eu não atendi o telefone, deve ter ocorrido um grande problema, certo? Do contrário, não haveria motivo para vim até aqui neste momento.

Espero uma resposta depois de dizer, mas Keith permanece em silêncio. De alguma forma, ele faz uma pausa e abre a boca.

— … O cálculo está errado. — Pisco com o comentário inesperado.

— O quê? Que cálculo?

— O número de telespectadores, a soma está errada há duas semanas.

Por um momento, fico sem palavras.

— E isto é urgente o suficiente para vir até aqui?

Keith está em silêncio novamente. Seus dedos acariciam sua coxa novamente. É Allegro desde o início.

— De todas as formas… — De repente, Keith para os dedos e muda de assunto. — Prepare-se, vamos para minha casa.

— Por quê?

Sua resposta é simples.

— Porque eu quero.

Olho para seu rosto. Abro a boca quando sinto todos os sentimentos negativos surgirem novamente.

— E se eu não quiser?

Keith estreita os olhos. Percebo que dá a resposta que eu esperava. Ao mesmo tempo, Keith se levanta. Dou um passo para trás sem perceber.  Lentamente, ele se aproxima de mim, deixo escapar um pequeno gemido e rapidamente retrocedi. Não há lugar para correr nesta casa estreita. Logo minhas costas tocam a parede e minha retirada é bloqueada. O homem que caminha em minha direção para calmamente.

Não há fragrância de feromônios neste homem que só tem mais alguns passos até chegar a mim; no entanto, sinto um cheiro sufocante. Me sinto como o cachorro de Pavlov. A mera visão desse homem me faz sentir quente e perceber odores. É tão injusto que quase chorei. Então o homem abre a boca.

— Yeonwoo. — O observo com os olhos embaçados. Keith diz baixinho.  — Se prepare.

Levanta sua mão. No momento em que seus dedos tocam minha bochecha, eu gemo. Keith, que me observa enquanto fico rígido e incapaz de me mover, acaricia minha bochecha novamente.

— Vem comigo.

— …

— Yeonwoo. — Chama meu nome novamente.

Este homem me conhece bem. O simples fato de dizer meu nome suavemente já significa que estou fadado a me tornar infinitamente fraco. Fecho meus olhos com um suspiro profundo. Sinto que sei muito bem o que esse homem pensa de mim. Quando abro os olhos novamente, já me decidi.

— Sim.

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No carro, ele e eu não dizemos uma palavra. Inclino minha cabeça contra a janela e apenas olho para a noite que passa sem sentido. Keith bate o dedo contra a coxa dele novamente, muito lentamente esta vez. Em vez de fumar, ele parece ter um novo hábito. Nem mesmo sinto o leve gosto residual do cigarro. Ao me livrar dos feromônios, não consigo mais sentir o cheiro de Keith, exceto o cheiro fresco de sua pele. Me sinto estranho. Ainda há um leve cheiro de feromônios no carro, mas ele desaparece muito lentamente. Como se a memória se apagasse.

— Você já foi ao hospital?

À pergunta de Keith, ainda olho pela janela e respondo.

— Não.

— Vou marcar uma consulta… O homem, você já consertou?

Depois de um momento, pergunta novamente. Dou uma olhada, Keith, como eu, está olhando pela janela.

— Não. — Apenas com a minha resposta, Keith olha para mim. Falo novamente, ainda olhando pela janela, — Ainda estou pensando nisso.

— O que?

— Como devo consertar isso.

Keith não responde por um momento. Posso dizer que está confuso sem olhar para ele. Claro, não estava em seus cálculos que fizesse esses comentários atrevidos, mas isso é apenas o começo.

— Você ainda não encontrou o Ômega que te deixou a marca, não é? Até lá, conversarei se vou consertar ou não.

Keith pergunta como se estivesse atordoado.

— Você está me comparando com aquele filho da puta?

Era natural ficar perplexo. Como alguém se atreve a jogar assim contra este homem? É impossível sem ser tão louco quanto eu. Rio cinicamente.

— Nem me lembro como foi fazer sexo com você, mas há uma razão pela qual eu deveria consertar isso com o homem primeiro?

Estou curioso sobre a expressão de Keith, mas não me preocupo em verificar. Ainda olho pela janela e digo casualmente.

— Você poderia mudar de ideia quando o Ômega que deixou a marca aparecer, então é melhor conversarmos sobre isso. Não podemos nem cheirar um ao outro, não é? Sou um gato no cio, então não sei como vou reagir se eu cheirar outro Alfa, e você cheira seu Ômega…

— Não me importa. — Keith me ataca. Não tenho escolha a não ser olhar para ele.  — Não importa qual seja o cheiro dos feromônios. Seria melhor se eu pudesse sentir seu cheiro, mas me sinto atraído por você mesmo quando você remove o cheiro de qualquer maneira.

Inesperadamente, ele admite isso friamente. Pisco de espanto, porque nunca pensei que ele diria isso com sua própria boca. Mas Keith, em vez disso, inclina um canto da boca como se minha reação fosse engraçada.

— Eu te disse, não é? Eu teria dormido com você mais cedo se você fosse uma mulher. — Keith se aproxima de mim em silêncio. Toca minha bochecha lentamente e murmura para si mesmo. — Se antes eu tivesse admitido que poderia fazer isso mesmo com um homem, não teria perdido tanto tempo.

Houve silêncio. Keith não mente.  Não há como mudar de assunto, porém, o problema é que a sua sinceridade é claramente o seu próprio ponto de vista, que pode ser diferente dos outros.

Como eu estava errado. Sou eu o mentiroso — penso — Vou contar muitas mentiras nesse dia e no futuro para este homem.

Estamos nos olhando, mas o silêncio não pesa. A mão de Keith envolve minha bochecha e seu polegar, acaricia meu lábio inferior vagamente. Separo meus lábios furtivamente, os dedos de Keith entrando na minha boca. Mordo suavemente o polegar com meu dente. Meu olhar continua em Keith. Olhamos um para o outro sem nem piscar. Ele colocou o dedo entre os dentes para não doer e secretamente ergueu minha língua. Os olhos de Keith se estreitam enquanto acaricio suavemente seu dedo com a ponta da minha língua. Keith deixa seus feromônios fluírem. Há um leve cheiro. Ele está animado. Sinto o cheiro descontrolado fluir, e envolvo o dedo com a língua e o chupo com meus lábios, como se estivesse acariciando seu pênis. Keith também percebe. É óbvio que a frente da sua calça tem uma ereção. Keith gira a mão em volta da minha cabeça e a puxa. Sou atraído como ele quer, sem resistir.

— Ah. — Keith suspira profundamente e fecha os olhos. Ele está tentando me beijar. Logo antes de nossos lábios se tocarem, eu sussurro. — Encontre o Ômega primeiro.

Keith abre os olhos. Nossos olhos se encontram imediatamente. Sorrio levemente, olhando diretamente para ele.

— Eu não vou dormir com você até então.

Aos poucos, o carro diminui a velocidade. O poder desaparece da mão de Keith, que me segura.  Recuo um pouco, mesmo assim, meu olhar ainda está fixo em Keith e ele não o evita. O rosto de Keith está febril e ele simplesmente não tem expressão.

Eu realmente gosto desse rosto.

 

Continua>>>>

 

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N/T: Yeonwoo é o próprio empata foda cínico em pessoa

 

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