Ler O Marido Malvado – Capítulo 48 Online

Modo Claro

Inicialmente recebida com ceticismo, a repetida circulação da mesma história acabou por influenciar a opinião pública. Naturalmente, a curiosidade voltou-se para a questão de por que o Grão-Duque havia escolhido Eileen Elrod como sua noiva.

Já possuindo poder, riqueza e prestígio formidáveis, a decisão intrigava a muitos. Em vez de se aliar a uma noiva de uma família nobre poderosa para consolidar ainda mais sua influência, ele aparentemente escolhera uma mulher de uma família que poderia facilmente controlar e manipular conforme seus desejos.

A especulação correu solta, com muitos supondo que, embora Eileen Elrod não possuísse uma beleza marcante, ela deveria ter uma natureza excepcionalmente bondosa e obediente. Sussurros sugeriam que o homem, moldado por uma vida no campo de batalha, buscava refúgio em uma mulher que pudesse lhe proporcionar conforto e tranquilidade.

Os rumores, já incontroláveis, chegaram ao auge quando a senhorita Ornella, filha do Duque Farbellini, compartilhou suas impressões. Em um encontro de damas e nobres, Ornella relatou sua conversa com Eileen no Palácio Imperial, transmitindo suas preocupações com visível inquietação.

“Parece que sua família enfrenta dificuldades financeiras. Ela chegou a me perguntar se poderia trabalhar como minha criada, e precisei dissuadi-la com delicadeza, lembrando-a de sua posição como futura integrante da família real. Foi doloroso não poder ajudá-la…”

Segundo Ornella, o Grão-Duque parecia bastante indiferente em relação à senhorita Elrod.

Ao descobrirem que o motivo daquele matrimônio enigmático não era sequer amor, as pessoas ficaram, ao mesmo tempo, chocadas e ainda mais curiosas. Ornella observou as mulheres, que especulavam fervorosamente sobre várias razões, e então acrescentou outra possibilidade.

“Talvez seja por compaixão ou lealdade. Ouvi dizer que ela é filha da sua falecida babá.”

A nova informação sobre o tema mais quente do Império espalhou-se rapidamente entre as nobres e jovens damas, que ansiosamente a disseminaram por seus círculos sociais. Quando o dia do casamento chegou, a reputação de Eileen Elrod havia caído ao seu ponto mais baixo. Rumores cruéis a cercavam, e muitos criticavam abertamente a escolha do Grão-Duque.

Consequentemente, os convidados do Grão-Duque aguardavam a aparição de Eileen Elrod com uma expectativa intensificada, considerando-a a verdadeira estrela do evento.

Ornella, por sua vez, estava deslumbrante, semelhante a um lírio, imagem que combinava perfeitamente com o jardim repleto da mesma flor. Alguns convidados chegaram a cochichar que a noiva poderia sentir-se ofuscada.

Quando Cesare entrou em cena com seu uniforme militar impecável, alguns suspiraram em desapontamento, lamentando que um homem tão capaz tivesse feito, em sua opinião, uma escolha tão insensata.

Mas, quando Eileen Elrod surgiu, os convidados ficaram momentaneamente sem palavras. Diante deles estava uma mulher de uma beleza e graça tão deslumbrantes que ela parecia ter saído de um conto de fadas, complementando perfeitamente o cenário adornado por lírios.

Seu vestido, adornado com rendas intrincadas e cristais reluzentes, cintilava a cada passo. Seus cabelos loiros, meio presos, caíam graciosamente a cada passo que dava. O rosto, coberto por um véu delicado, irradiava fragilidade e inocência, como uma fada das flores.

Quando o véu foi levantado, revelando a radiante face de Eileen Elrod em sua totalidade, os convidados prenderam a respiração. Sua característica mais fascinante, conferindo-lhe um ar etéreo, eram seus olhos. Salpicada de fragmentos dourados, suas órbitas verdes cintilavam com um caleidoscópio atingido pela luz.

Os presentes, já encantados por sua beleza, ficaram ainda mais hipnotizados pelo beijo apaixonado trocado entre o Grão-Duque e sua noiva. Quando se deram conta, a cerimônia já havia chegado ao fim.

Na recepção, cada convidado recebeu um buquê de lírios e flores frescas. Foi nesse momento que a percepção se consolidou em todos:

O casamento do Grão-Duque e da Grã-Duquesa Erzet seria lembrado para sempre na história do Império Traon.

Para a fotografia oficial, precisavam permanecer imóveis por alguns segundos. Embora fosse uma melhoria em relação aos tempos antigos, ainda parecia incômodo. Para Eileen, fotografada pela primeira vez, a ansiedade era quase insuportável. Imaginava inúmeros cenários em que um espirro ou um pequeno erro poderia resultar em uma foto constrangedora publicada no jornal.

Quando chegou o momento da foto real, ela ficou em pé, como orientado pelo fotógrafo, mantendo um sorriso gentil nos lábios sem se mover um milímetro. Ela conseguiu suportar o processo sem incidentes. No entanto, assim que a foto foi tirada, novas preocupações começaram a atormentá-la.

‘Todo o Império verá uma foto horrível da Grã-Duquesa.’

Com todos aguardando ansiosamente a foto do casamento do Grão-Duque e da Grã-Duquesa Erzet, a expectativa era palpável. Assim que a foto fosse capturada, os jornais disputariam para publicá-la, lançando a nação em frenesi.

O presidente de La Beretta, especialmente convidado para o casamento, voltou apressadamente ao escritório do jornal imediatamente após o término da cerimônia. Um editorial sobre os eventos do dia, acompanhado da foto do casamento, seria publicado. Todos os outros artigos haviam sido preparados com antecedência, exigindo apenas pequenos ajustes baseados nos detalhes do casamento.

Eileen só podia torcer para que as pessoas não se decepcionassem muito. Talvez até vissem o Grão-Duque como um homem generoso por escolher uma esposa sem se importar com sua aparência.

‘Já está feito. Melhor esquecer.’

Resignada com seu destino, se despediu de Cesare, e caminhou ao aposento reservado.

Enquanto Cesare entretinha os convidados no salão de recepção, Eileen finalmente se livrou do vestido de noiva que usava desde a manhã. Apesar de não apertar o espartilho com força demais em sua cintura esbelta, ainda assim era penoso, e as decorações elaboradas tornava tudo sufocante.

Servas a ajudaram a se despir, massagearam seu corpo cansado e a serviram com lanches leves e refrescos antes de conduzi-la a um banho relaxante.

O ritual de preparação foi longo. Uma atendente discreta, com uma lâmina pequena e afiada manuseada com destreza, garantiu uma suavidade impecável, dando lugar à émera polida, cada unha meticulosamente moldada e lixada até um ponto perfeito e reluzente. Nenhuma carícia errante nesta noite deixaria sua marca no Grão-Duque. Eileen foi cuidada e preparada por um bom tempo, o processo de mimos sendo tão suave que ela até adormeceu no meio. Ela só despertou quando a criada a vestiu gentilmente com uma camisola quase transparente.

‘Vamos realmente fazer isso esta noite?’

Com os lábios trêmulos e secos pela ansiedade, olhou para o tecido que mal a cobria. Bebeu água, apesar da insistência da serva para que não o fizesse.

Enfim, entrou no quarto do Grão-Duque. Não havia pétalas de rosas espalhadas pelo leito como imaginara, mas sim vasos repletos de lírios, gérberas, lisiantos e gipsófilas, as mesmas flores da cerimônia.

Sozinha, se aproximou de um vaso e inalou o perfume das flores. Entre todos, o aroma intenso do lírio se destacava. Para Eileen, lírios eram a flor que representavam Cesare. Contudo, talvez o homem pensasse o contrário…

Eileen, que se perdera no aroma, gentilmente colheu um do vaso. Acariciando a flor fresca em sua mão, ela seguiu em direção à cama. Colocando cuidadosamente entre as pétalas  vermelhas das rosas, ele acrescentou um toque de elegância ao arranjo. Enquanto contemplava onde posicionar o lírio na cama, a porta do quarto subitamente se abriu sem aviso.

Assustada, Eileen instintivamente pressionou o lírio contra o peito, seu coração acelerado. Foi somente após confirmar tardiamente a identidade do intruso que ela percebeu que era Cesare. Seus olhos percorreram seu corpo por um momento antes de falar, um sorriso lânguido brincando em seus lábios.

— É suficiente cobrir apenas os seios?

Um rubor tomou conta de seu rosto, a mão desceu instintivamente para esconder o que o tecido revelava demais. A camisola fina pouco lhe oferecia pudor, deixando exposto o contorno delicado de seus seios.

Cesare, ainda em seu uniforme impecável, riu suavemente. O contraste entre suas vestes era gritante, uma declaração silenciosa de sua intenção. Antes que uma única palavra pudesse ser dita, um dedo enluvado roçou contra sua pele exposta, enviando um arrepio intenso.

Sem cerimônia, Cesare levantou Eileen do chão, a depositou na cama, seus olhares entrelaçados travados em uma dança silenciosa de antecipação.

Continua…

Tradução Elisa Erzet 

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Cesare Traon Karl Erzet, o Comandante-Chefe Imperial.
Após três anos de serviço na guerra, ele voltou para propor casamento a Eileen.
Eileen lutou para acreditar que a proposta de casamento de Cesare era sincera.
Afinal, desde o momento em que se conheceram, quando ela tinha dez anos, o homem afetuoso sempre a tratou como uma criança.
— Eu não quero me casar com Vossa Alteza.
Por muito tempo, seu amor por ele não foi correspondido.
Ela não queria que o casamento fosse uma transação.
Foi por causa da longa guerra?
O homem, que normalmente era frio e racional, havia mudado.
Suas ações impulsivas, seu desejo desenfreado por ela — tudo isso era muito estranho.
— Isso só deve ser feito com alguém que você ama!
— Você também pode fazer isso com a pessoa com quem planeja se casar.
Eileen ficou intrigada com essa mudança.
E, no entanto, quanto mais próxima ela ficava de Cesare…
Ela descobriu coisas que desafiavam a razão ou a lógica.
Eileen soube das muitas ações malignas de seu marido pouco tempo depois.
— Eu não pude nem ter o seu corpo, Eileen.
Tudo o que ele fez foi por ela.
Ele se tornou o vilão, apenas por sua Eileen.
Nota: Mesma autora de Predatory Marriage 
Ps: Cesare é o maridinho dessa tradutora aqui ❤️❤️❤️

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