Ler Uma noite só para dois. – Capítulo 31 Online

“Isso é um sonho.”

Ele sussurrou para si mesmo.  No entanto, era muito realista para ser um sonho. O pênis que perfurou seu buraco não pode ser considerado parte de um sonho. Até mesmo o toque que pressionava contra sua nuca e o movimento da cintura que empurrava em sua direção. Sua grande mão não tinha misericórdia. O imobilizando, o segurando no chão e o apunhalando com pressa por seu próprio desejo.

“Está sentindo isso, meu amor?”

Sentia aquele movimento brusco. Os suspiros contra sua orelha e essas mãos procurando desesperadamente as dele. Um pênis duro e comprimido esfregava o ponto mais sensível e lhe dizia “aguente um pouco”, e então o homem começou a rir. Sua mão desceu por seu pescoço, abdômen, e abriu seus quadris. Dava pra ver claramente que o buraco vermelho estava mordendo seu pênis muito grande. Parecia muito atrevido. O sêmen branco e o gel pegajoso se misturaram, e o pênis ereto vermelho escuro ficou turvo. O homem moveu a cintura  conforme seu pênis era esmagado, a parede interna foi estimulada de novo e de novo. Quando o pênis finalmente conseguiu chegar ao lugar desejado, Naito lutou para segurar o lençol. Naito então segurou o lençol com força e começou a gritar. Mas foi a grande mão de seu pai que segurou afetuosamente a mão de Naito, destacando suas veias.

“Na verdade, você também gostou”.

“Não, isso não”.

Ele balançou a cabeça dizendo que nunca se sentiu bem, que nunca gostou, mas o homem o ignorou e, segurando o pênis de Naito e disse gentilmente:

“Não minta. Quando você pensa no papai, fica duro desse jeito”.

Naito arregalou os olhos. De repente, sua postura mudou e foi abraçado por seu pai. Ele estava sentado sob o pai com o pênis ainda preso dentro dele. O homem parecia ser capaz de ver o quão frágil estava e tocou a bochecha de Naito como se ele fosse um pequeno animal. A mão de seu pai sempre era muito amável. Houve um tempo em que, o filho que havia sido maltratado cruelmente, sentia muita raiva, mas agora seu coração conflituoso está abalado pelos gestos carinhosos do pai.

Definitivamente não era uma sensação boa. Não era aquele tipo de sentimento sincero chamado amor, mas um sentimento intenso semelhante ao ódio. Era um vício terrível.

Seu pai enxugou as lágrimas que escorrem dos olhos de Naito.

“Já é hora de admitir.”

“Eu….”

Quando Naito começou a se sentir confuso a ponto de até tentar se afastar, papai puxou seu pulso até que seu pênis o atingiu de baixo para cima. Ele gemeu e agarrou o ombro do homem para confessar com os olhos. A mão que segurava o ombro deslizou para cima e desceu por suas costas.

“Você pensará no seu pai o tempo todo”.

“Oh meuu-…!”

Naito acordou gritando fortemente por causa da voz vívida que tinha escutado em seus ouvidos. Ele abriu os olhos, olhou para todos os lados com uma expressão apavorada, mas tudo o que pôde ver foi um motel em um estado terrível com as paredes surradas. Havia apenas uma parede e algumas pinturas, então, depois de verificar o espaço várias vezes, percebeu que seu pai realmente não estava lá, então ele se aninhou debaixo das cobertas.

Naito, que fechou os olhos com o rosto pálido, foi descendo sua mão. O sonho tinha sido muito real e talvez por isso seu pênis esteja ereto. Ele o agarrou com as mãos trêmulas e, como antes, se masturbava se acariciando de cima para baixo várias vezes, até começar a pensar que faltava algo importante.

Estava tentando ignorar os pensamentos que  nem sequer sabia que poderia chegar a ter e agora, estava se concentrando em um pênis que não deveria ter despertado em primeiro lugar. Mas isso ainda não era o suficiente. Ele rolou com os pés para fora da cama com uma sensação angustiante. Queria desesperadamente que alguém o tomasse. Enquanto o pensamento passava instintivamente, o corpo de Naito endureceu.

Naito levou a mão trêmula até um buraco que não usava há algum tempo. Quando ele colocou apenas um dedo, não houve reação. Colocou dois ficou um pouco tenso e satisfeito. Lembrando de como seu pai cutucou seu interior, moveu os dedos rapidamente e de repente, Naito estava se movendo de trás para frente como se quisesse se fundir com o colchão. Tinha descoberto que era apaixonado por dor e, tentando fazê-lo sentir pelo menos um pouco de queimação por dentro, estalou e esticou os dedos até que o som úmido da mucosa interna atingiu o cobertor e ricocheteou nas paredes. Naito franziu a testa e seus olhos estavam vermelhos. Ele fechou as pálpebras com força e continuou a brincar com seu buraco. A excitação que começou a crescer lentamente explodiu e percorreu seu corpo como eletricidade.

— Ah!

Seu pênis soltou muito sêmen, mas, em comparação com quando fazia isso com seu pai, não houve nenhum prazer. Com uma vaga sensação de prazer, Naito olhou desesperadamente para sua mão, e depois de um tempo, decidiu deixar as coisas como estavam e se levantar para lavar as mãos manchadas com um líquido turvo. Quando acendeu a luz do banheiro viu um inseto preto desconhecido rastejando pela parede. Havia muitos desses quando morava nos subúrbios. Naito entrou no banheiro e lavou as mãos, havia esfaqueado seu pai e embora a ferida que havia ocorrido naquele momento tivesse cicatrizado e agora tivesse mudado para uma linha leve, ele ainda se sentia particularmente estranho sobre isso.

Naito, olhando para a ferida, cerrou o punho e foi para a cama. Comparado com o que eu tinha na mansão do pai, este era um colchão duro com um cheiro de mofo. Era melhor do que quando ele morava na favela, mas, quanto a isso, seu corpo que havia sido submetido a conforto não o deixava dormir facilmente. O mestre do conforto era seu pai, mas agora  não o tinha ao seu lado. Tentou esquecê-lo tanto quanto possível, mas, mesmo em seus sonhos, descobriu que o tinha o visto vividamente.

Naito, que desistiu de dormir, vestiu um casaco e saiu do motel. Quando entrou na loja, que funcionava 24 horas, uma funcionária de quem recentemente havia se tornado próximo o comprimentou.

— Bom Dia.

— Sim.

Naito respondeu sem rodeios e foi para a esquina das bebidas. Precisava economizar dinheiro, então comprou quatro latas da cerveja mais barata, as colocou na mesa e ela, enquanto pegava o código de barras, seguiu o olhar que parecia ansioso e se inclinou na direção dele. O homem aparecia lá o tempo todo porque tinha muitos pesadelos. Talvez por causa disso sua pele tenha ficado mais branca e seus membros consideravelmente mais magos. Seus olhos também estavam fundos. Naito parecia estar olhando para alguém distante.

— Você está doente?

Ela perguntou com um tom preocupado. Naito que tardiamente recuperou os sentidos, sorriu sem jeito e entregou uma nota amassada.  Ela colocou o troco na cesta e esperou por uma resposta que nunca veio. Ela falou gentilmente com Naito, que estava saindo correndo.

— Se você está doente, também temos remédios aqui.

— Sim.

Naito, que respondeu secamente, caminhou lentamente em direção ao motel.  O lugar também estava incrivelmente quieto hoje.

Naito, que nunca tinha ido a um motel ou hotel desde que nasceu, se perguntou se isso seria normal. Tinha escolhido este motel porque era o maior e mais limpo lugar nesta pequena cidade, mas estava estranhamente tranquilo o tempo todo, exceto quando chegou. Ninguém ficava ali por mais de uma noite e isso o deixava inquieto. Em dúvida, abordou o dono do motel antes de entrar no quarto. O homem estava assistindo um filme pornô com sua amante, então Naito teve que bater na janela transparente várias vezes. O proprietário abriu a janelinha.

— O que foi? Você quer uma toalha?

— Não. Eu tenho uma pergunta.

— O que?

Naito perguntou enquanto olhava para o corredor que estava borrifado com uma leve cor laranja.

— Sou o único aqui?

Então, em vez do dono, a amante levantou a cabeça e disse:

— Não tem muita gente aqui nesta estação, então está sempre quieto. Alguns dormem o tempo todo, mas por que você pergunta? É porque tem medo de ficar sozinho?

A amante tratou Naito como se  fosse uma criança, então, ofendido, Naito fechou a janela e foi embora.

Assim que Naito entrou no quarto, ele tirou a jaqueta e também a camisa. Abriu a janela pela metade e se sentou na frente dela. Quando bebeu a cerveja seu estômago estava bloqueado, a liberdade que recuperou não era tão excitante ou nova como pensava. Em vez disso, foi bastante assustador.

Pensando nisso várias vezes, ele imaginou que seria mais feliz depois de matar seu pai. Pensou que poderia se livrar de sua obsessão por ele, sair das sombras e viver uma vida feliz com Rayan, mas a realidade era exatamente o oposto. Embora ele tenha escapado, não conseguiu entrar em contato com Rayan, foi por causa da culpa, sentia culpa por vários motivos

Naito agora possui um corpo danificado que só se lembra do seu pai em vez de Rayan, e está acostumado com os prazeres que o pai lhe dava. Ele não tinha mais certeza se amava Rayan tanto quanto costumava a amar.

Quando pensava no rosto de Rayan, seu coração batia forte e ele ficava incrivelmente feliz, mas desde que se afastou de seu pai, só conseguia pensar naquele homem. Dezenas, milhares de vezes por dia. Quando pensou que seu pai estava morto, ele sentiu que seu coração ia parar de bater. Quando pensou que estava vivo, começou a imaginar que voltaria para buscá-lo. Sempre dizia que Naito era originalmente dele, seu pai era uma droga barata. Uma droga barata, mas viciante. As drogas fluem pelas veias tornado o cérebro estúpido, no final  você só consegue pensar na droga é fica completamente dominado.

Mesmo agora, Naito que se enrolou nos lençóis querendo seu pai, fechou os olhos com força.

Ele estava completamente dominado e ainda assim parecia que não queria admitir. Visto que pai e filho estão ligados sexualmente, era algo que nem a sociedade nem sua própria razão podiam tolerar.

Então ele teve que fugir antes que o vício por seu pai se aprofundasse e o corrompesse por completo.

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Continua…