Ler Lamba-me se puder – Capítulo 113 Online
Diante da situação repentina, Koy ficou momentaneamente surpreso, mas logo o carro parou em um semáforo. Só então Koy entendeu, ‘ah’, e se sentiu aliviado. ‘Deve ser porque ele está dirigindo.’ A pressão na mão de Ashley logo diminuiu, e ele respondeu com calma:
— Mais ou menos.
— Entendi. Deve ter sido bom rever todo mundo depois de tanto tempo.
Ashley ficou em silêncio por um tempo. Vendo-o olhar alternadamente para os dois lados da rua, Koy pensou que ele estava apenas prestando atenção no semáforo. Ashley, que intencionalmente olhava para a estrada vazia, olhou para frente novamente e falou:
— Meu pai descobriu que eu me manifestei e me chamou para fazer alguns exames. Eu também precisava disso. Já que estava lá… visitei algumas universidades e voltei.
— Universidades?
De repente, a mente de Koy, que até então estava atordoada, despertou. Foi como se um sonho agradável tivesse sido interrompido, e ele tivesse sido arrastado de volta à realidade. Lembrou-se de algo que havia esquecido completamente:
— Você disse que iria para uma universidade na Costa Leste…
Koy murmurou baixo, como se estivesse falando consigo mesmo. ‘Então ele realmente vai embora…’ Pensar assim fez o tempo que restava parecer absurdamente curto. Koy ficou um instante perdido em seus pensamentos, até que Ashley perguntou:
— Koy, e aquele vestibular que você ia refazer? Como ficou?
— Hã? Ah…
Koy recobrou os sentidos e começou a gaguejar. Ashley, vendo sua hesitação, sorriu casualmente e disse:
— Tudo bem, você pode refazer depois. Ainda há tempo. Você se inscreveu, não foi? Se não, vamos juntos. Eu te levo para fazer a prova e, depois, podemos ter um encontro. Que tal?
— Ah… sim.
Koy hesitou um pouco, depois começou a falar baixinho:
— Na verdade… eu fui bem. Então, acho que não preciso refazer a prova.
— Sério? Qual foi a sua nota?
Ele baixou a cabeça, envergonhado, e respondeu quase num sussurro:
—…igual à sua.
— O quê?
Ashley perguntou novamente. Koy reuniu coragem, ignorando a vergonha, e sussurrou baixinho:
— A nota… foi igual à sua.
— …Ah.
Finalmente, Ashley sorriu radiante. Soltou a mão de Koy e, em vez disso, o envolveu pelo ombro, puxando-o para mais perto.
— Muito bem, Koy! Você se saiu muito bem! Eu sabia, afinal você é meu namorado!
O som contagiante de sua risada fez o coração de Koy se iluminar também. Ouvir aquela risada inconfundível finalmente fez com que parecesse real — ele realmente havia voltado.
Puxando Ashley pelo pescoço, Koy, tomando coragem, o beijou. Mesmo que fosse apenas um beijinho rápido, com um ‘smack’, mas isso foi o suficiente. Ashley, então, sorriu, segurou a nuca dele e beijou seus lábios novamente.
Koy, sem perceber, engoliu em seco e fechou os olhos. O coração batia descompassado, as pontas dos dedos formigavam de intensidade. O calor da respiração e a língua grossa que entrou em sua boca dominaram completamente sua mente.
Ashley…
Ele queria dizer o nome dele, mas a língua de Ashley imediatamente pressionou a sua, impedindo qualquer som. Tremendo, Koy apenas segurou firme o pescoço dele. A língua de Koy, envolvida pela de Ashley, foi puxada novamente para dentro da boca dele. Ambos mergulharam totalmente no beijo, consumidos pelo calor e pela proximidade, incapazes de pensar em mais nada.
— …Haa.
Quando os lábios se separaram, Koy soltou involuntariamente o ar contido. Ashley também respirava pesadamente. Por alguns instantes, apenas se encararam, ofegantes, até que Ashley lançou um sorriso meio amargo.
— Seria melhor se não estivéssemos dentro do carro.
— Uhum.
Koy acenou com a cabeça e olhou para ele.
— …Senti sua falta, Ashley.
Dizendo isso com sinceridade, Ashley a olhou por um instante antes de finalmente responder.
— …Eu também.
Sua voz baixa sussurrou:
— Eu também senti.
Após falar, inclinou novamente a cabeça. Antes que os lábios se tocassem de novo, Koy fechou os olhos. O toque suave e o calor mais uma vez lembraram-no de que isso era real. De repente, ele sentiu vontade de chorar.
— O que foi, Koy?
Ashley perguntou, afastando os lábios ao perceber o suspiro entrecortado dele. Koy forçou um sorriso e respondeu:
— Esse… é o nosso primeiro beijo desde que nos reencontramos.
Ashley ficou em silêncio por um instante, o rosto parecia surpreso, quase atônito. Koy reforçou:
— O primeiro desde que você voltou.
— …Entendi.
Ashley falou após uma pausa.
— Você está certo.
Seus lábios se encontraram novamente. Koy fechou os olhos, feliz, e abriu a boca. Cada vez que suas línguas se tocavam suavemente, um suspiro de alívio escapava naturalmente.
Era real.
O coração, acelerado, batia com força no peito. Ashley havia realmente voltado.
Quando eles finalmente pararam o beijo, o semáforo já havia mudado várias vezes. Vendo o carro atrás deles mudar de pista e acelerar, Ashley não conseguiu segurar uma gargalhada.
Finalmente colocando o carro em movimento, Ashley manteve a mesma postura de antes: uma mão segurando a de Koy. Seus dedos entrelaçados apertavam com firmeza, e Koy retribuía com a mesma força. O clima entre eles era infinitamente diferente do passado. Koy abriu a boca com naturalidade, como antigamente.
— Para qual escola você vai? A mesma que seu pai?
Ao lembrar-se das palavras que Ashley havia dito no passado, Koy perguntou, e ele apenas assentiu brevemente.
— Provavelmente.
A universidade que Ashley mencionou era exatamente a que Koy havia previsto.
— Como você disse que queria ser advogado, imaginei que seria lá.
Ashley franziu a testa, pensou um pouco e perguntou, intrigado:
— …Eu disse isso?
— Disse, na primeira vez que nos encontramos para fazer aquele trabalho.
Koy se sentiu orgulhoso e estufou o peito ao falar:
— Você pode não lembrar, mas eu lembro de tudo.
Os olhos de Ashley se abriram, surpresos, e Koy manteve a cabeça erguida, cheio de confiança. Vendo isso, Ashley perguntou, desconfiado:
— Você não era mesmo meu stalker?
— Não, não era!
Se não estivesse dirigindo, Koy teria dado um tapa leve no braço ou em algum outro lugar para mostrar a irritação, mas não podia. Em vez disso, ele apenas fez biquinho com o rosto vermelho.
— É só que minha memória é boa.
— Sei, sei.
Ashley riu alto mais uma vez. Sentindo que estava sendo provocado, Koy ficou envergonhado e bufou. Ashley levantou a mão que estava segurando, beijou seu dorso com um estalinho e perguntou:
— E você? Para onde quer ir?
Diante da pergunta prática que veio direto ao ponto, Koy não respondeu imediatamente e baixou a cabeça.
— Eu só…
Ele levou um tempinho, procurando as palavras certas, e respondeu com um tom descontraído:
— Ainda não sei.
— É?
Enquanto ele se preocupava discretamente, Ashley deixou passar sem dar importância.
— Faz bem em pensar com cuidado,
Koy suspirou aliviado, e Ashley continuou:
— É legal que você esteja refletindo para fazer o que quer, Koy.
— Ah… sim.
Koy respondeu meio sem jeito, constrangido. ‘Sinto muito, Ash, a razão não é tão nobre assim.’ ‘É que eu estaria disposto a ir para qualquer lugar, com lágrimas de gratidão, contanto que me ofereçam uma bolsa de estudos.’
Obviamente, ele não podia dizer isso em voz alta.
Sem que percebessem, o carro já havia parado na rua de sempre, onde Ashley sempre deixava Koy.
— Obrigado por me trazer, Ashley.
Koy desceu do carro e ficou parado na calçada, esperando que Ashley tirasse a bicicleta do porta-malas, antes de finalmente abrir a boca.
— Seria bom se eu pudesse te levar até em casa, mas…
Ashley deu um sorriso torto e deixou a frase no ar. Ele, naturalmente, achava que se separariam ali, como sempre fizeram até agora. Mas Koy decidiu que hoje teria coragem de dar mais um passo à frente.
— Ah… não, …tá… —
A voz saiu falhada, possivelmente de nervosismo, e Koy tossiu de leve para se recompor. Respirando fundo, finalmente olhou para Ashley e falou:
— Tá tudo bem. Pode me levar.
Os olhos de Ashley, que até então estavam calmos, se arregalaram gradualmente ao ouvir aquelas palavras. Vendo a reação dele, Koy ficou constrangido e apressadamente acrescentou:
— Mas não fique desapontado quando vir. Seja o que você imaginar, será pior.
— Ok.
Ashley concordou prontamente. Será mesmo? Koy pensou desconfiado, mas Ashley pegou a bicicleta, colocando-a em um ombro, e estendeu a outra mão para Koy. Alternando o olhar entre o rosto e a mão dele, sorriu e a segurou firmemente.
‘Está tudo bem.’
Enquanto caminhavam juntos, Koy pensou consigo mesmo:
‘Vai ficar tudo bem. Nós vamos ficar bem.’
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Continua….
Tradução: Ana Luiza
Revisão: Thaís
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Em breve será disponibilizado uma sinopse!
Nome alternativo: Kiss Me If You Can