Ler Eu nunca quis ter um filho dele. – Capítulo 17 Online

Modo Claro

Apesar das pernas bambas, conseguiu se manter firme. Ela voltou ao seu quarto vestindo um roupão, e tudo estava limpo como se nada desagradável tivesse acontecido.  

Emília caminhou até a janela e tentou abri-la, mas não se moveu. Franziu a testa.

— Eles planejam me manter presa aqui?

Estariam com medo de que ela se atirasse para a morte? Ela tinha sido imprudente, mas após experimentar humilhação e vergonha, não queria morrer injustamente.

Pense, Emília. Pense numa forma de escapar daqui.

Não havia outro jeito a não ser ter um filho?

Ela viu o olhar de Mikhail quando chamou Adrian. Ele não o via como seu senhor.

O homem liderou a rebelião com mais paixão que ninguém, mas não havia lealdade naquele olhar dirigido a Adrian. Devia haver outro motivo para ele aceitá-la como esposa, seguindo as ordens de Adrian.

— Preciso encontrar meu pai. Deve ter algo que eu não sei.

‘Mas como?’

Confinada na mansão do Duque, não seria fácil encontrar seu pai, preso na masmorra real.  

Emilia suspirou e sentou no sofá, encostando a cabeça.

‘Qual é mesmo a relação entre Adrian e o Duque?’

  

Parecia que ele não agia por ordens divinas. A palavra do rei era absoluta, mesmo assim, ele tentava enganar o rei não cumprindo sua promessa.

Ela levantou as pálpebras pesadas, mas não encontrou respostas.

— De acordo com o que a senhora disse, parece que a promessa foi cumprida.

Lady Luther assentiu e fez um gesto para sair, mas ainda estava inquieta.

— Mãe, não pressione demais. Ele está apenas preso a uma relação contratual, não tem como ser arriscado.  

— Bem, você tem razão. É por isso que não posso descuidar. Sua posição continua instável. O Duque Loren não mudou de ideia.

— Ele precisa mudar seu apoio primeiro para que os outros sigam.

— Exato. Por isso temos que mantê-lo por perto.

Os olhos da senhora Luther brilharam. Ela se lembrou de como conquistou esse poder e não tinha intenção de abdicar da posição arduamente conquistada.

— O duque Heinrich está do nosso lado agora, mas não sabemos como agirá quando alcançar seu objetivo. Você confia nele, Adrian?

— Não tenho certeza. Parece uma pessoa honrada, não acho que nos trairia.

Ele parecia cansado de pensar. Deitou-se na cama depois de tomar um gole de vinho.  

— Mãe, talvez você devesse ir agora. Preciso descansar.

— Adrian, digo isso por precaução. Tenha cuidado, especialmente agora. Não crie problemas desnecessários.

— Sei. E tenho certeza que os nobres que não me reconhecem falam mal pelas minhas costas. Você sabe disso melhor que eu, mãe.

— … Não deixe isso subir à cabeça.

— Sim, sei o que desejam. Mas, Mãe, na sua opinião, o que você acha de Emília von Loren?

— Adrian, você se enganou. Não é Emília von Loren, é Emília von Heinrich. Ela é a esposa do Duque Heinrich.

A expressão de Lady Luther ficou severa, e Adrian sorriu, fechando os olhos.  

— Você parece intrigado por aquela mulher de cabelo ruivo.  Adrian!

— Não se preocupe. Detesto a ideia de ter uma amante tanto quanto você. Sabe disso melhor que ninguém.

(Elisa: Ala, falou o comedor de casadas )

— Acho que fui sensível demais. Descanse agora.

A senhora Luther conteve a voz e saiu do quarto. Adrian abriu finalmente os olhos e sentou-se.  

— Emília, Emília… Sério? Não devia ter deixado um imbecil ficar com ela.

Ele tomou outro gole de vinho, que hoje estava estranhamente doce. Um servo, que veio ao seu chamado, aguardou sua ordem.  

— Descubra a agenda de Emília, não, da senhora Heinrich, para amanhã.

Emilia encarou o pai através das grades. Passou a manhã toda se arrumando e viajou de carruagem com Beine até a prisão.

— Pai…

— Emília, como você… Mais importante, você está bem?

Apesar de estar preso na masmorra real, ele era tratado com dignidade, como se oferecessem privilégios a um nobre. Talvez por isso o homem de meia-idade parecesse tão imponente, mesmo após ter condenado a própria filha.  

— Vou me sair por um momento. Por favor, chame o carcereiro quando terminarem.

— Você, por quê… Não importa. Falaremos disso depois.

Emilia assentiu para Beine.

‘Seria uma ordem direta do Duque? Mas por que aquele homem… ’

Um turbilhão de pensamentos tomou conta dela. Quando foi vendida ao duque, o que seu pai estava pensando? Ele devia ter seus motivos, mas quais?

Enquanto sua mente se perdia em reflexões, o Duque Loren finalmente falou.  

— Emília, não tive outra escolha. Não é melhor ser a esposa legítima do Duque do que amante de Adrian? Claro. Nós esperávamos que você sobrevivesse. 

— Vocês esperavam que eu sobrevivesse? Eu não vivo, tenho apenas suportado tudo a cada dia!

— Emília, se recomponha! Agora não é hora de demonstrar fraqueza. Você não entende o que carrega?

A mãe de Emília, que estava ao lado do pai, segurou sua mão, os olhos se enchendo de lágrimas.

— Como pode dizer isso para mim, pai?

Mas não importava. Ela forçou um sorriso brilhante para tranquilizar a mãe e então olhou novamente para o pai.  

— Minha honra como cavaleiro e dama, foi pisoteado.

Todo seu corpo tremia.

— Você veio aqui para extravasar sua raiva? Eu não sabia que não era capaz de fazer um sacrifício tão pequeno pela justiça. Espere o momento certo, e a oportunidade virá.

Havia raiva nos olhos verdes do duque Loren. Emília forçou sua expressão enquanto o observava.

‘Extravasar minha raiva…’

Como se seus sentimentos não importassem, o pai parecia indiferente sobre ela se tornar esposa de Heinrich. Também perguntou sobre os movimentos de Adrian.  

— Quantos mudaram de ideia? Pai, o senhor não pretende mudar a sua, certo?

— Como posso abandonar a confiança do rei Konrad? Jamais rejeitarei a dinastia Jaliar que tanto me esforcei para construir? Não pode acabar assim!

O Duque Loren lutava para conter a raiva enquanto falava.  

— A família Loren foi arruinada pelas mãos dele. Tudo o que conquistei…! Então, minha filha…

De repente, o duque Loren segurou a mão de Emília e disse:

— A honra da família depende de você. Faça o Duque Heinrich ficar ao seu lado.

— … O que está faltando?

— Estou dizendo que você deve conquistá-lo por qualquer meio necessário.

— Pai!

A mãe de Emília ficou horrorizada com as palavras dele. Emília encarou a mão do pai, que segurava a sua, com olhos tão verdes quanto os dele.  

— Emília, você se esqueceu? Apenas o duque Heinrich pode virar o jogo contra a família real atual.

— Pai, por favor, caia em si. Ele é o líder da facção que apoia o Príncipe Adrian.  

— Sim, e também é alvo da sua sedução. Eu nunca cederei.

— Mesmo que isso custe minha vida, espero que o senhor não mude de ideia.

A expressão do Duque Loren se distorceu levemente com as palavras dela. Emília manteve o rosto inexpressivo e continuou:  

— Naquele dia, vivi uma humilhação e desonra que jamais esquecerei por causa das suas ações precipitadas do senhor pai. O duque ordenou que eu lhe desse um filho.

Emília falou sobre seu sofrimento, segurando as lágrimas. Ao ouvir isso, seu pai ficou extremamente satisfeito.  

— Bem, isso é ainda melhor. Já que dormiram juntos, talvez consiga entrar em seu coração também. Faça como o Duque disse: dê a ele um filho. Esse homem não poderá fazer nada contra a mulher que carrega seu sangue. 

— Pai! Como pode dizer essas coisas?

Vendo a mãe, agora sentada e profundamente angustiada, o pai insistiu até o fim.  

— Seduza o Duque Heinrich. Faça o homem ficar ao seu lado, Emília!

— … Vou fingir que não ouvi isso. Talvez eu nunca mais volte aqui.

Com essas palavras, ela deixou para trás a prisão opressora. Encostada na parede, reprimiu as lágrimas. Seu peito parecia apertado, como se faltasse o ar.

“Com seu charme, talvez você consiga seduzi-lo.”

Como seu pai podia dar uma ordem daquela? Um pai podia mesmo mandar a própria filha seduzir alguém?  

Até agora, Emília nunca havia questionado suas ações pelo bem da família. Sempre obedeceu às palavras do pai sem objeções. Mas esse pedido… era impossível de aceitar, por mais que tentasse vê-lo sob uma luz positiva.

Apertou com força a barra do vestido e lutou para conter a emoção que transbordava. Não tinha a menor intenção de obedecer ao desejo do pai.

— Parece que você precisa de ajuda.

Emília levantou a cabeça ao ver a mão estendida. Um calafrio percorreu sua espinha ao ver o rosto sorridente diante dela. Seus olhos violetas se estreitaram maliciosamente enquanto a encarava.  

— … Saudações, Vossa Majestade.

Emília fez uma reverência, afastando levemente as bordas do vestido. Adrian assentiu com uma expressão satisfeita.  

— Poderia me dar um pouco do seu tempo? Ah, só para deixar claro: não estou pedindo, portanto, não precisa recusar.  

Ela foi obrigada a sorrir ao encarar seu sorriso debochado.

— … Entendido.

— E mais uma coisa: quando eu te chamar, não traga seus guardas. Não há lugar mais seguro neste castelo do que ao meu lado.

Emília assentiu para seu guarda-costas, Sr. Beine. Ela não tinha escolha.

Continua…

Tradução: Elisa Erzet 

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Sinopse:
 Mikhail von Heinrich – Um homem que veio de um país estrangeiro e liderou uma rebelião. Tudo sobre ele é envolto em mistério. Mikhail, age cruelmente para infligir a mesma dor a filha do inimigo que matou seus pais, mas o sentimento que surgiu como ódio começa a vacilar.
Emilia von Loren – Forçada a se tornar a esposa de um traidor. Emília jura vingança contra aquele que destruiu tudo que tinha. Ela anseia pelo dia em que enfiará uma espada em seu peito. No entanto, a medida que descobre a verdade, seu ódio começa a se transformar em culpa.
Quando ler: Quando você quiser ver um romance de aversão intensa.
Citação: — Se eu puder viver mais um dia com toda essa raiva e ódio.
🌸🌸🌸
 
Ela queria morrer.
Mas Emília foi forçada a se casar com um traidor.
Quando pensou que estava no auge do desespero, o rei emitiu uma ordem ultrajante para que ela tivesse um filho do homem.
O ódio floresceu sem fim.
— Então, tenha um filho, Emília von Heinrich.
— Qual é exatamente o nosso relacionamento?
— Eu planto minha semente e você gera meu filho. Nós usamos mutualmente como um meio por necessidade.
Sua definição era simples.
Mas à medida que o ódio ardente desaparecia lentamente a cada noite passada com ele, com o passar do tempo ela o conhecia melhor, seus sentimentos se tornavam menos claros.
Por fim, quando a verdade veio à tona, ela foi embora carregando o filho dele.
Não conseguia mais odiar ou ficar ressentida com ele.
O homem outrora arrogante, após sua partida, gritou de desespero e arrependimento.
Pois Mikhail também já não conseguia mais odiar ou desprezá-la.

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