Ler Eu nunca quis ter um filho dele. – Capítulo 13 Online

Modo Claro

Ela já havia previsto uma situação como esta.

Quando Emília entrou no salão de festas com Mikhail, não pôde deixar de sentir os olhares intimidantes das pessoas fixos nela. Eles a examinavam abertamente da cabeça aos pés e começaram a rir.

— Que vergonha. Se eu fosse ela, teria morrido de humilhação.

— Ela abandonou sua família e o lorde a quem servia para se tornar a esposa do duque. É uma história e tanto, não é?  

— Minha nossa, ouvi dizer que foi a família que descartou a senhorita Emília para sobreviver, não o contrário. Mas no fim, tanto faz qual versão é verdadeira.

A honra da família havia despencado. Vozes de escárnio ecoavam sem fim em seus ouvidos.  

— Mesmo assim, que raio caiu sobre o Duque Heinrich?

— Ele não teve escolha a não ser aceitar. É um cavalheiro, afinal. Será que ele gostaria de dividir a cama com alguém cujas crenças não se alinham? Seria terrível.  

Cavalheiro?

Emília não pôde evitar um riso de escárnio ao ouvir as mulheres o intitularem assim. Um verdadeiro cavalheiro não se aproveitaria de uma dama como um animal. No mínimo, ele deveria ter preservado a honra da mulher.  

Havia até pessoas naquela recepção que apoiaram o Rei Conrad no passado. No entanto, agora pareciam firmemente ao lado de Adrian e não proferiram uma única palavra de crítica entre si.

Palavras depreciativas continuavam a circular, desde críticas aos seus cabelos que lembravam sangue escorrendo até insultos que a despedaçaram por completo. Naquele salão, Emília se sentia como o único alvo.

— Lá estão eles. Entre, Duque Heinrich e Sra. Heinrich.  

O rosto de Adrian se iluminou com um sorriso ao olhar para os dois do alto do estrado, como se estivesse esperando por aquele momento.

Involuntariamente, Emília recordou a memória daquele dia. O olhar implacável e predatório que a espreitava de fora das cortinas.

Seu estômago revirou, e sentiu náuseas.

Os lábios de Adrian se curvaram ainda mais enquanto ele se inclinava levemente para frente, saboreando sua aparência.  

— Quando os dois entraram, todos os olhares naturalmente se voltaram para vocês. Naquele tempo, eu não percebi, mas agora, é realmente…

O olhar de Adrian desceu até o busto dela. Seu vestido, que deixava à mostra a clavícula, era adornado com um colar de esmeralda verde, e seus olhos ficaram fixos ali, enquanto as palavras se perdiam.

Ao mesmo tempo, o rosto de Emília ardia de humilhação. Era, sem dúvida, uma tentativa de humilhá-la publicamente diante de todos.  

Mesmo que soubessem que ela se tornara a esposa do Duque Heinrich, ninguém saberia os detalhes do processo, pelo menos não agora.  

Ela mordeu os lábios com força, com medo de que pudesse xingar Adrian ali mesmo se não o fizesse. Na verdade, ela queria soltar todas as palavras que engoliu por tanto tempo, mas seus lábios permaneceram firmemente cerrados. Talvez porque ela tivesse aprendido que suas ações poderiam levar à morte de outra pessoa.  

Mesmo que ele não fosse um rei são, não deixaria que seus súditos espalhassem rumores apenas para humilhá-la.

‘Bem, assim espero.’

A menos que ele fosse completamente insano.  

Ela se agarrava a um fio minúsculo de esperança. Mas, ao encontrar os olhos cor de ametista dele, percebeu.

  — Eu deveria ter imaginado que isso aconteceria. Me arrependi quando só a vi atrás da cortina, mas agora, devidamente vestida, você parece uma rosa desabrochando no jardim.  

O rei atual era, sem dúvida, lunático.

Os olhos dos presentes no evento se moviam freneticamente. Tentando entender o significado das palavras do rei, observavam a situação, cada um alimentando sua própria conjectura.

— Meu Deus! Sua Majestade a convidou para o seu quarto? Certamente devo ter ouvido errado.

— Quem poderia imaginar que a esposa do Duque Heinrich se tornaria uma cortesã?

Uma cortesã. O que a diferenciava de uma cortesã? Talvez a posição fosse muito melhor que a dela.

As vozes das mulheres sussurrando preenchiam o salão.

Adrian havia deixado o quarto antes que os dois pudessem compartilhar a cama. No entanto, suas palavras foram suficientes para alimentar mal-entendidos entre a nobreza.  

Mas, acima de tudo, isso nem sequer havia acontecido. Adrian saíra do quarto com um suspiro de arrependimento, mas não testemunhou o ato.

‘Esse homem é uma besta. Sequer é digno de ser rei.’

Emília o amaldiçoava em silêncio. Não importava quantos insultos lançasse, seriam insignificantes comparados ao rei atual.

— Então, o que exatamente Sua Majestade quis dizer? Ele falou como se tivesse visto ela nua…

Agora que a orquestra parara de tocar, o salão fervilhava com nobres fofocando sobre a declaração chocante do rei.  

Adrian ignorou os nobres, batendo levemente os dedos no braço do trono, como se murmurasse para si.  

O punho cerrado de Emília tremia diante das ações de Adrian, que parecia se deleitar com a situação.  

— As rosas-vermelhas da família Loren ostentam uma pureza de cor que todos elogiavam, não? E vendem por um preço bem alto. Ah, claro, deve ser o preço determinado por aqueles que as roubam em segredo.

Adrian parecia incapaz de calar a boca.

Ele queria deixar Emília com memórias inesquecíveis enquanto ela curvava levemente a cabeça, mas não se ajoelhava.  

Continua…

Tradução Elisa Erzet 

Ler Eu nunca quis ter um filho dele. Yaoi Mangá Online

Sinopse:
 Mikhail von Heinrich – Um homem que veio de um país estrangeiro e liderou uma rebelião. Tudo sobre ele é envolto em mistério. Mikhail, age cruelmente para infligir a mesma dor a filha do inimigo que matou seus pais, mas o sentimento que surgiu como ódio começa a vacilar.
Emilia von Loren – Forçada a se tornar a esposa de um traidor. Emília jura vingança contra aquele que destruiu tudo que tinha. Ela anseia pelo dia em que enfiará uma espada em seu peito. No entanto, a medida que descobre a verdade, seu ódio começa a se transformar em culpa.
Quando ler: Quando você quiser ver um romance de aversão intensa.
Citação: — Se eu puder viver mais um dia com toda essa raiva e ódio.
🌸🌸🌸
 
Ela queria morrer.
Mas Emília foi forçada a se casar com um traidor.
Quando pensou que estava no auge do desespero, o rei emitiu uma ordem ultrajante para que ela tivesse um filho do homem.
O ódio floresceu sem fim.
— Então, tenha um filho, Emília von Heinrich.
— Qual é exatamente o nosso relacionamento?
— Eu planto minha semente e você gera meu filho. Nós usamos mutualmente como um meio por necessidade.
Sua definição era simples.
Mas à medida que o ódio ardente desaparecia lentamente a cada noite passada com ele, com o passar do tempo ela o conhecia melhor, seus sentimentos se tornavam menos claros.
Por fim, quando a verdade veio à tona, ela foi embora carregando o filho dele.
Não conseguia mais odiar ou ficar ressentida com ele.
O homem outrora arrogante, após sua partida, gritou de desespero e arrependimento.
Pois Mikhail também já não conseguia mais odiar ou desprezá-la.

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