Ler Eu nunca quis ter um filho dele. – Capítulo 12 Online
Ela soltou a mão de Leri e se levantou.
— Acho que terminamos os preparativos por agora. Você pode sair.
— Sim, claro. Chamarei o duque Mikhail.
Enquanto Leri e as empregadas praticamente fugiam do quarto, o silêncio tomou conta do ambiente. Sua cabeça latejava. Ela pressionou a testa com a mão, tentando aliviar a dor.
Com a mão apoiada na mesa e a cabeça baixa, enquanto tentava controlar a respiração, uma voz grave alcançou seus ouvidos.
— Se estiver pronta, venha.
— Está me dizendo para segui-lo mesmo sem saber para onde está indo? Além disso, parece que está confortável em me apresentar às pessoas.
Ela levou a cabeça e olhou para ele, vestido com trajes tradicionais. Ao contrário de quando usava seu uniforme formal, Mikhail, agora de fraque, parecia muito mais suave em aparência.
Embora fosse apenas uma fachada.
— Pois bem.
Um sorrisinho misterioso surgiu no canto de sua boca enquanto inclinava a cabeça. Seu humor azedou ao perceber.
‘Ele está… sorrindo?’
Ele não era o tipo de pessoa que sorria sem motivo, pensou.
— Emilia von Loren. Agora devo chamá-la de Emilia von Heinrich, não é? Não tente fazer nenhuma bobagem na minha frente.
— … Não associe seu sobrenome ao meu nome.
Emilia retrucou, o encarando com fúria. Emilia von Heinrich!
Ela não queria carregar o sobrenome do inimigo. Sentia como se tudo o que era seu tivesse desmoronado. Para esconder o tremor, cruzou os braços e cerrou o punho, sentindo um alívio momentâneo.
‘Que azar dos infernos.’
Odiava aqueles olhos vermelhos fixos nela, seu cabelo dourado brilhante e a altura imponente que fazia com que ele sempre a olhasse de cima.
Queria agarrar sua gola imediatamente, mas até o tocar parecia repugnante, então se conteve.
— Eu particularmente também não gosto de trocá-la.
Sua mão se moveu com graça, segurando levemente a dela. A mão que estava agarrada ao seu braço se soltou com muita facilidade. Ele tirou um par de luvas do bolso e, casualmente, vestiu a mão da mulher. As longas luvas iam até seu antebraço.
— Assim deve ser melhor.
No entanto, o fato era que suas mãos ainda estavam em contato. Ela não conseguia evitar achar absurdo seu comportamento, como se até o mínimo toque fosse desagradável. Soltou uma risada amarga.
Aquele homem fez aquilo…
As lembranças daquele momento voltaram à tona. Ela fechou os olhos lentamente e os abriu de novo, tentando apagar o sentimento de culpa.
‘Não vou me deixar envolver.’
Não importava o que ele fizesse ou dissesse, era tudo besteira. Ignorá-lo era o melhor que podia fazer.
A mão de Emilia, de alguma forma, agora repousava sobre o braço dele. Ela entendeu finalmente o que ele pretendia e lançou-lhe um olhar interrogativo.
— … Não me diga que você vai agir como meu acompanhante?
— Como pode ver. Se quiser proteger as pessoas que ama, seria sensato cooperar.
Ele respondeu com naturalidade, como se odiasse aquela tarefa irritante.
Seu tom carregava ameaças veladas em cada palavra. Emília ficou muda.
Cada frase que ele proferia parecia carregada de perigo.
— Antes de irmos ao banquete, deixe-me dizer uma coisa. Devido às suas ações, outra pessoa pagou o preço.
— Que preço? Eu assumo a responsabilidade pelos meus atos!
— Apenas saiba que você só pode falar em responsabilidade quando tem poder para sustentá-la. Sua ‘responsabilidade’ se resume a sacrificar sua própria vida, não é?
Que tipo de responsabilidade era aquela? Ele dispensou suas palavras grandiosas com um brilho nos olhos, como se dissesse para ela abandonar o discurso pretensioso.
— Então, por agora, é melhor ficar quieta e fazer o que eu mandar. Se não tem paciência para isso, deveria ter sucesso em se matar.
Suas palavras perfuraram o coração de Emília como facas.
— … Alguém morreu por minha causa?
— Sua capacidade de compreensão não é tão ruim assim, então se pensasse antes de agir…
O olhar e sua voz viva, carregada de sarcasmo, a empurraram para um abismo.
‘Por isso que a criada hesitou em responder.’
Leri havia reagido de forma ambígua à sua afirmação de que os outros não haviam morrido, como se estivesse escondendo algo.
Emília sentiu a respiração travar. Seu peito queimava, e parecia estar se perdendo em um turbilhão de fúria.
Teve vontade de arrancar sua mão da dele, pegar uma adaga e cortar sua garganta, silenciando-o para sempre.
— Um dia, eu vou te matar, Mikhail von Heinrich.
— Vou esperar ansiosamente por isso.
Ele sorriu suavemente, seu comportamento transbordando arrogância.
Continua…
Tradução Elisa Erzet
Ler Eu nunca quis ter um filho dele. Yaoi Mangá Online
Sinopse:
Mikhail von Heinrich – Um homem que veio de um país estrangeiro e liderou uma rebelião. Tudo sobre ele é envolto em mistério. Mikhail, age cruelmente para infligir a mesma dor a filha do inimigo que matou seus pais, mas o sentimento que surgiu como ódio começa a vacilar.
Emilia von Loren – Forçada a se tornar a esposa de um traidor. Emília jura vingança contra aquele que destruiu tudo que tinha. Ela anseia pelo dia em que enfiará uma espada em seu peito. No entanto, a medida que descobre a verdade, seu ódio começa a se transformar em culpa.
Quando ler: Quando você quiser ver um romance de aversão intensa.
Citação: — Se eu puder viver mais um dia com toda essa raiva e ódio.
🌸🌸🌸
Ela queria morrer.
Mas Emília foi forçada a se casar com um traidor.
Quando pensou que estava no auge do desespero, o rei emitiu uma ordem ultrajante para que ela tivesse um filho do homem.
O ódio floresceu sem fim.
— Então, tenha um filho, Emília von Heinrich.
— Qual é exatamente o nosso relacionamento?
— Eu planto minha semente e você gera meu filho. Nós usamos mutualmente como um meio por necessidade.
Sua definição era simples.
Mas à medida que o ódio ardente desaparecia lentamente a cada noite passada com ele, com o passar do tempo ela o conhecia melhor, seus sentimentos se tornavam menos claros.
Por fim, quando a verdade veio à tona, ela foi embora carregando o filho dele.
Não conseguia mais odiar ou ficar ressentida com ele.
O homem outrora arrogante, após sua partida, gritou de desespero e arrependimento.
Pois Mikhail também já não conseguia mais odiar ou desprezá-la.