Ler Eu nunca quis ter um filho dele. – Capítulo 11 Online
Enquanto seguia para encontrar Lady Luther, Mikhail não conseguia parar de pensar que precisava se mudar para a propriedade ducal quanto antes. Não havia mais motivo para continuar ali. O castelo logo encontraria estabilidade, e ele precisava deixar aquele lugar para ser verdadeiramente livre.
Parado diante da entrada da sala de recepção, Mikhail assentiu para o porteiro. Quando a porta se abriu, ele não hesitou e entrou.
— Está tão ocupado que só aparece agora, mesmo tendo sido chamado há algum tempo?
— Mãe, não fique irritada. Parece que o presente que ofereci agradou ao Duque.
— Ele não poderia ter se encantado só porque dormiu com ela uma vez. Será que sentiu culpa por deflorar uma donzela?
Lady Luther perguntou com ceticismo. Como esperado, ela não confiava em ninguém, mesmo após verificar o sangue na cama. Era exatamente o que ele havia previsto.
Embora ele estivesse bem na frente deles, os dois não lhe deram atenção e continuaram conversando. Mikhail pigarreou e disse:
— Lady Luther, esse presente foi dado a mim por Sua Majestade, o Rei. Eu apenas o aceitei. Além disso, é mais fácil mantê-la sob vigilância se estiver por perto.
Apesar da explicação, o olhar afiado de Lady Luther não vacilou.
Mikhail estalou a língua mentalmente. Gostaria simplesmente virar as costas e sair, considerando os pensamentos absurdos que pareciam ter. Mesmo com ele ali, eles mal lhe davam atenção.
Lady Luther continuou, perdendo aparentemente o interesse, enquanto se abanava e baixava os olhos.
— Você disse que não a deixaria sozinha. Por que continua mantendo a garota viva, se ela pode encontrar uma espada e ameaçar o rei?
Frida von Luther, mãe de Adrian, nem mesmo havia recebido reconhecimento adequado por seu título até que Adrian se tornou rei. Ela o conquistou apenas devido à posição do filho, o que lhe deu algum escape de seu status ambíguo.
— Lady Luther, se matarmos essa mulher agora, o castelo se encherá de sangue novamente. Estou do lado de Sua Majestade, o Rei.
— Isso pode ser verdade. Mas ainda assim, não consigo confiar no Duque. Por mais que eu pense nisso, não entendo por que se aliou a nós.
— Mãe, o Duque Heinrich desprezava a monarquia original. Ele se uniu a nós como aliado.
— Assim como Sua Majestade disse. Quando a situação se resolver, pretendo retornar ao meu lugar.
Mikhail confirmou as palavras de Adrian. No entanto, Lady Luther, que ouvira em silêncio, estreitou os olhos.
— Isso pode ser difícil. Acredito que o Duque quer a manter por perto para se sentir em paz. Se algum dia mudar de ideia e se apaixonar pela garota, isso pode ser um problema.
— Já disse que não ficarei no castelo por mais tempo.
Lady Luther franziu a testa diante da resposta firme de Mikhail. Não desviou o olhar, apenas pressionou a testa com os dedos.
— Muito bem. Você não ficará no castelo, como diz. Mas…
Ela fez uma pausa, levantou o queixo com determinação.
— Precisa mesmo dividir a cama com ela três vezes por semana? Não… se não consegue se controlar, isso pode virar um problema, então… uma vez por semana deve bastar.
Ah, entendo.
Aquela velha raposa desconfiada.
Mikhail mal conseguiu conter o desconforto que borbulhava dentro dele.
— Por que de repente pediram para eu me arrumar assim?
— Só sei que temos algum lugar para ir. Como uma humilde serva como eu poderia entender o que a alta nobreza deseja?
Emilia reprimiu uma risada amarga ao se olhar no espelho. Estava esplêndida, como uma nobre perfeita. Sua família e aqueles que compartilhavam sua causa ainda poderiam estar vivos na prisão.
Sua boca ficou seca.
Ela observou seus cabelos vermelhos como fogo, depois desviou o olhar.
— Você está linda.
— Por que toda essa arrumação elaborada? Que tipo de drama estão planejando?
— Madame, tente ver o lado bom. Afinal, continua viva.
A serva Leri soltou as palavras sem hesitar. Provavelmente sabia que Emília não poderia machucá-la.
Emília não reagiu. Leri não estava totalmente errada, mas não importava se ela morresse. Acordava todas as manhãs com uma sensação de humilhação e culpa.
Essa garota não entenderia esse sentimento.
— Os outros também não morreram.
Haviam poupado suas vidas. Estavam apenas presos, não mortos.
— … É mesmo? Eu realmente não sabia.
As sobrancelhas de Emília se contraíram com a resposta morna de Leri. Imediatamente, ela agarrou o braço da serva.
— É realmente tudo o que você sabe?
— N-não! Só pensei que, com tantas mortes, seria difícil para as facções rivais pouparem alguém, só isso!
— É só isso mesmo?
Leri assentiu rapidamente. Lágrimas surgiram em seus olhos castanhos, talvez pelo rumo inesperado da conversa.
Continua…
Tradução Elisa Erzet
Ler Eu nunca quis ter um filho dele. Yaoi Mangá Online
Sinopse:
Mikhail von Heinrich – Um homem que veio de um país estrangeiro e liderou uma rebelião. Tudo sobre ele é envolto em mistério. Mikhail, age cruelmente para infligir a mesma dor a filha do inimigo que matou seus pais, mas o sentimento que surgiu como ódio começa a vacilar.
Emilia von Loren – Forçada a se tornar a esposa de um traidor. Emília jura vingança contra aquele que destruiu tudo que tinha. Ela anseia pelo dia em que enfiará uma espada em seu peito. No entanto, a medida que descobre a verdade, seu ódio começa a se transformar em culpa.
Quando ler: Quando você quiser ver um romance de aversão intensa.
Citação: — Se eu puder viver mais um dia com toda essa raiva e ódio.
🌸🌸🌸
Ela queria morrer.
Mas Emília foi forçada a se casar com um traidor.
Quando pensou que estava no auge do desespero, o rei emitiu uma ordem ultrajante para que ela tivesse um filho do homem.
O ódio floresceu sem fim.
— Então, tenha um filho, Emília von Heinrich.
— Qual é exatamente o nosso relacionamento?
— Eu planto minha semente e você gera meu filho. Nós usamos mutualmente como um meio por necessidade.
Sua definição era simples.
Mas à medida que o ódio ardente desaparecia lentamente a cada noite passada com ele, com o passar do tempo ela o conhecia melhor, seus sentimentos se tornavam menos claros.
Por fim, quando a verdade veio à tona, ela foi embora carregando o filho dele.
Não conseguia mais odiar ou ficar ressentida com ele.
O homem outrora arrogante, após sua partida, gritou de desespero e arrependimento.
Pois Mikhail também já não conseguia mais odiar ou desprezá-la.