Ler Eu nunca quis ter um filho dele. – Capítulo 09 Online
Sim, talvez houvesse outra oportunidade então. Se casar com o homem que ela desprezava, e agora ter que esperar por este dia… Que situação.
‘Será que vão pular a cerimônia do casamento, já que tivemos nossa primeira noite?’
Ela estreitou os olhos. Após pensar por alguns minutos, balançou a cabeça.
Externamente, ele precisava demonstrar sua aliança com Adrian. Mesmo que isso significasse seguir adiante com o casamento. Isso tranquilizaria as facções opostas, garantindo que sua segurança estivesse assegurada, impedindo que agissem de forma precipitada.
A posição que ele conquistou através da rebelião era instável, e Adrian provavelmente desejava eliminar ameaças potenciais, especialmente com o cargo de rainha em aberto. Nobres ambiciosas pelo trono não faltariam, até mesmo entre as que haviam se posicionado contra Adrian.
— Sua mente é surpreendentemente afiada, — ela murmurou, fechando os olhos. Sua cabeça latejava quando pensava demais.
— Duquesa, vou entrar agora.
Duquesa? Emilia soltou uma risada seca. Permaneceu deitada, sem abrir os olhos.
— Duquesa, hoje a noite haverá um jantar planejado com o duque, mas entendo que a senhora não está se sentindo bem. Trarei a comida para o quarto.
— …
— Se a senhora ouviu isso, prepararei tudo de acordo.
A criada, como se sequer esperasse uma resposta de Emília, inclinou a cabeça e já ia saindo do quarto.
— Seu nome.
Emília se sentou e virou as costas para a criada, falando em um tom exigente.
— Apesar de falar tão bem e resolver tudo com eficiência, parece que seus ouvidos são seletivos.
A criada teimosa, depois de permanecer firme por um tempo, finalmente se virou para Emília. Baixou a cabeça e disse seu nome.
— … Meu nome é Milena.
O rosto da criada parecia estranhamente familiar para Emilia.
Onde ela a tinha visto antes?
Emilia rapidamente vasculhou sua memória, mas nada lhe veio à mente. Por fim, fez um gesto para Milena sair, indicando que ela podia ir.
— Muito bem, vou me retirar, —disse Milena, com uma despedida curta, fechando a porta atrás de si. Emilia franziu a testa.
— Por que ela parece tão familiar?
Não conseguia se livrar da sensação de já ter visto Milena em algum lugar antes, mas nenhuma lembrança específica surgia.
No fim, Emilia teve que admitir que talvez estivesse sendo sensível demais e se confundido. Afinal, as pessoas no castelo haviam mudado com seu novo senhor, e não havia razão para reconhecer todos.
— Essa é a refeição?
Milena, que carregava uma bandeja com uma refeição simples para Emilia, assustou-se com a voz que veio de trás. Baixou a cabeça.
— Sim, é.
— Que curioso. A refeição de hoje estava marcada para ser compartilhada. Ela pediu para comer separadamente?
Diante da pergunta de Mikhail, Milena explicou: — Pareceu que ela não queria comer com mais ninguém.
Ele olhou para os pratos na bandeja e então pegou uma faca. Ao passar a ponta do dedo pela lâmina, o sangue começou a escorrer.
— Meu senhor! Você está bem?
Milena ficou chocada, de olhos arregalados. Ele não estava em seu juízo perfeito. Pouquíssimas pessoas pensariam em cortar a própria mão com uma faca.
Haveria alguém, incluindo a mulher no quarto e o homem à sua frente, que estivesse em sã consciência?
Ainda não conseguia apagar a expressão perplexa enquanto olhava para Mikhail. Ele, que ignorava a presença de Milena, continuava com o rosto inexpressivo enquanto passava levemente o polegar e o indicador pela lâmina.
— Leve a faca, deixe a comida e vá.
— … Como?
— Eu disse que cuidaria do assunto a partir daqui, então pode ir. É tão difícil entender?
— Não, de forma alguma.
Milena baixou rapidamente a cabeça e bateu na porta.
A porta se abriu, e Milena empurrou a bandeja para dentro antes de entrar. Mikhail esticou as longas pernas e caminhou lentamente para dentro do quarto.
Esperando ver o rosto de Emília distorcido de raiva.
— Bom, vou me retirar agora.
Milena deixou o quarto e Mikhail fechou a porta. Ele encarou os olhos verdes de Emília, que ainda estavam firmes e brilhantes enquanto ela permanecia sentada na cama.
Ele não se importava com a carne ainda não cortada ou com a comida não preparada.
Se, por acaso, ela decidisse comer e pedisse que ele rasgasse a carne com as mãos, ele obedeceria.
Não queria ser incomodado caso ela tentasse algo estúpido com a faca e ameaçasse tirar a própria vida, então não teve escolha.
Mikhail se aproximou da cadeira, sentou-se e falou:
— Pensei que você faria um escândalo assim que acordasse. É bom que esteja quieta. Talvez seu pescoço esteja doendo; isso é algo positivo.
— …
Os olhos de Emília se estreitaram ainda mais. Ela apertou os lábios diante de seu tom provocador.
— Por que você está aqui? Nosso assunto não estava encerrado?
Mikhail se levantou e ficou diante dela. Estendeu a mão, deslizando-a por trás de sua cabeça, e apertou.
— Essa é a história de você ter meu filho?
Ugh.
Ela mordeu o lábio de dor.
— Me Solta.
Ela o encarou com um olhar cheio de raiva. A mão dele parecia prestes a puxar seu cabelo, mas ele se inclinou mais e sussurrou em seu ouvido.
Continua…
Tradução Elisa Erzet
Ler Eu nunca quis ter um filho dele. Yaoi Mangá Online
Sinopse:
Mikhail von Heinrich – Um homem que veio de um país estrangeiro e liderou uma rebelião. Tudo sobre ele é envolto em mistério. Mikhail, age cruelmente para infligir a mesma dor a filha do inimigo que matou seus pais, mas o sentimento que surgiu como ódio começa a vacilar.
Emilia von Loren – Forçada a se tornar a esposa de um traidor. Emília jura vingança contra aquele que destruiu tudo que tinha. Ela anseia pelo dia em que enfiará uma espada em seu peito. No entanto, a medida que descobre a verdade, seu ódio começa a se transformar em culpa.
Quando ler: Quando você quiser ver um romance de aversão intensa.
Citação: — Se eu puder viver mais um dia com toda essa raiva e ódio.
🌸🌸🌸
Ela queria morrer.
Mas Emília foi forçada a se casar com um traidor.
Quando pensou que estava no auge do desespero, o rei emitiu uma ordem ultrajante para que ela tivesse um filho do homem.
O ódio floresceu sem fim.
— Então, tenha um filho, Emília von Heinrich.
— Qual é exatamente o nosso relacionamento?
— Eu planto minha semente e você gera meu filho. Nós usamos mutualmente como um meio por necessidade.
Sua definição era simples.
Mas à medida que o ódio ardente desaparecia lentamente a cada noite passada com ele, com o passar do tempo ela o conhecia melhor, seus sentimentos se tornavam menos claros.
Por fim, quando a verdade veio à tona, ela foi embora carregando o filho dele.
Não conseguia mais odiar ou ficar ressentida com ele.
O homem outrora arrogante, após sua partida, gritou de desespero e arrependimento.
Pois Mikhail também já não conseguia mais odiar ou desprezá-la.