Ler Deseje-me se puder – Capítulo 198 – Extra 01 Online

Modo Claro

Ele não tinha escolha a não ser pegá-lo no flagra.

Foi o que Dane decidiu, enquanto observava Grayson esfregando a cabeça dolorida com pressa. Não era exatamente o que gostaria de fazer, mas não havia outra opção. Resolveu mudar os planos e esperar pelo dia da alta. Logo depois, soltou um longo suspiro e deixou o corpo relaxar. O cansaço caiu como uma onda, e em pouco tempo ele adormeceu, respirando profundamente.

Com o passar dos dias, ele conseguiu se levantar da cama e andar, e a dor foi diminuindo. Enquanto isso, os objetos que Grayson levava para serem impregnados com os feromônios mudavam a cada dia, e a quantidade só aumentava.

Apesar disso, os ferimentos cicatrizavam bem, e o dia da alta finalmente estava se aproximando.

 

***

— O senhor se saiu muito bem durante esse tempo.

O médico sorriu abertamente ao dizer isso, e Dane devolveu o sorriso, respondendo com educação:

— Foi graças aos seus cuidados. Muito obrigado.

Talvez por hábito, ele se levantou da maca com cuidado. O médico, ainda com bom humor, continuou:

— Estávamos preocupados que pudesse piorar no meio do tratamento, mas felizmente tudo correu bem. Sua recuperação foi rápida, muito boa.

— Haha…

Dane riu de leve, meio sem jeito. Claro que correu bem, desde aquele dia, ele não fez absolutamente nada além de ficar deitado.

— Então não há mais nada com que se preocupar? Algo com que eu deva tomar cuidado?

Ao perguntar, o médico lhe deu os conselhos padrão que se espera ouvir: nada de esforços por enquanto, evitar exercícios pesados até estar completamente recuperado…

— Fora isso, pode retomar a rotina normalmente. Só não exagere e continue se cuidando.

— Sexo também está liberado?

Sem hesitar, Dane perguntou de forma direta, quase crua. O médico pareceu um pouco constrangido no início, mas logo forçou um sorriso.

— Bem, sim. Desde que não exagere também.

Dane ficou um instante pensativo.

‘O que exatamente ele quis dizer com “exagerar”? Será que tudo bem, contanto que não amarre ninguém?’

Ele pensou em perguntar, mas acabou desistindo. Não precisava confirmar tudo nos mínimos detalhes. Pensou que, se doesse, bastava parar, e pronto.

— Entendi. Muito obrigado.

O médico, que parecia tenso com a possibilidade de mais uma pergunta embaraçosa, relaxou visivelmente quando Dane simplesmente agradeceu e estendeu a mão para um aperto. Ao notar o porte físico pequeno do médico, que mal alcançava seu ombro, Dane sentiu uma leve estranheza. Antes, ele provavelmente teria se deitado com esse homem ali mesmo, na cama do hospital, antes da alta. Para ser sincero, a região inferior do seu corpo já estava começando a formigar de tanta abstinência. Fazia tanto tempo assim desde a última vez? Já fazia meses que ele estava se contendo, e nem ele mesmo acreditava nisso. A energia acumulada parecia transbordar por todos os poros do seu corpo. Claro, ele também estava transbordando de vontade de fazer sexo.

Mas, para sua surpresa, só conseguia pensar em uma pessoa. Era incrivelmente ridículo. Não pôde evitar um sorriso amargo. Como é que ele tinha chegado a esse ponto?

— Muito obrigado por tudo. Cuide-se…

Após se despedir da equipe médica que cuidou dele durante a internação, Dane chamou um táxi. E já sabia exatamente o que faria a seguir. Finalmente chegou o momento de confirmar aquilo que o deixava tão curioso há tanto tempo.

 

*

 

‘Aquele idiota, o que ele fez depois de impregnar tudo com meus feromônios?’

Sentado no banco de trás do táxi, Dane franziu a testa profundamente. Na verdade, ele já suspeitava de algo. Embora Grayson dissesse que era “pelo bem da darling”, com certeza estava se aproveitando para benefício próprio. Até o dia anterior, ele tinha saído todo animado, carregando objetos encharcados com os feromônios de Dane.

Na verdade, Grayson não sabia que Dane receberia alta hoje. Ele pediu explicitamente à equipe médica para manter segredo, e Dane também não contou. A essa hora, Grayson provavelmente já estava a caminho do hospital. Ou talvez ainda estivesse em casa – não fazia diferença. O que importava é que ele não teria tempo de esconder o que quer que estivesse ocultando de Dane.

Depois de se identificar na guarita de segurança, Dane recostou-se novamente no banco do carro. À medida que o táxi se aproximava da mansão, o ritmo do seu coração acelerava.

Fuuu…

No meio de um suspiro lento, um calor sutil se misturou ao ar. Dane cruzou os braços e mexeu os dedos impacientemente. Sua mente já projetava naturalmente o que faria a seguir. Ia encontrar provas da safadeza de Grayson e esfregá-las na cara dele. Com certeza o idiota ia tentar se justificar com alguma desculpa absurda. Dane planejava então calar aquela boca com um beijo. Enquanto Grayson ainda estivesse atordoado, enfiaria uma mordaça em sua boca e amarraria os dois braços dele para trás. Depois o deixaria pelado, de bruços sobre a cadeira da mesa de chá, prenderia os braços e as pernas dele nas pernas da cadeira e então ergueria sua bunda…

‘Droga.’

O calor da excitação fez com que os feromônios escapassem sem querer. Percebendo o cheiro intenso, ele tossiu secamente e abriu a janela do carro rapidamente. Por sorte, o motorista – um beta – parecia imune ao cheiro e não notou nada.

Dane permaneceu com a janela aberta até que o táxi, enfim, alcançou o topo da colina onde ficava a mansão.

— Obrigado.

Pagou a corrida e desceu, o táxi partiu imediatamente. Diante de seus olhos, erguia-se a grande e já familiar mansão. A primeira vez que a viu, tinha se chocado com o tamanho absurdo do lugar. Agora, mesmo com toda a imponência ainda intacta, havia algo reconfortante ali. Sentia-se como alguém que volta para casa depois de muito tempo. O sentimento de nostalgia o pegou desprevenido e o deixou constrangido.

‘Tsk.. um monte de coisas esquisitas estão acontecendo ultimamente.’

Coçou a nuca sem motivo aparente e ergueu o olhar.

‘Bem, primeiro, vamos ver o que esse idiota está aprontando.’

 

***

 

— Peitos, peitos. Peitos, peitos!

Grayson cantarolava sua música de sempre enquanto dirigia animado. No banco do passageiro, uma toalha enorme, recém-lavada e cuidadosamente dobrada, aguardava. Naquele dia, ele planejava pedir mais uma vez para que Dane deixasse o pano encharcado de feromônio. Só de pensar nisso, um sorriso bobo brotou em seu rosto. Além do mais, ultimamente Dane estava atendendo todos os seus pedidos. Se era só por estar doente, o deixava triste, mas lembrar que ele sempre estava lá, esperando por Grayson no mesmo lugar, fazia seu humor melhorar instantaneamente.

— Peeeeeeitooos!

Ele deu um tapa no volante com empolgação e soltou uma risada alta. Mas esse sorriso desapareceu completamente no momento em que ele encontrou uma enfermeira familiar no corredor do hospital. O rosto de Grayson perdeu toda a cor e empalideceu na hora. Dane tinha recebido alta. Sem dizer uma palavra para ele.

 

***

 

Dane girou a maçaneta da porta da frente e notou que estava destrancada. Ele franziu a testa, mas logo entendeu “ah”,. Afinal, quem ousaria invadir uma mansão tão bem protegida por seguranças?

Na última vez em que ele foi para o leste, trancou tudo com tanto cuidado que não havia uma brecha sequer. Pensando nisso, era bem provável que, dessa vez, tenha saído apenas por um instante. Dane presumiu que, a essa altura, Grayson já teria sido informado da sua alta hospitalar, ele consultou o relógio e então entrou na casa. Seu plano era simples: encontrar as provas antes que o outro chegasse, para garantir vantagem desde o início.

Subiu as escadas de três em três degraus e logo alcançou o andar onde ficavam os quartos. Não demorou para chegar até o quarto de Grayson, que era conectado ao antigo quarto que ele usava. Um leve cheiro de feromônios escapava por baixo da porta. Um aroma doce e intenso – o perfume característico de Grayson. Como era seu próprio quarto, parecia estar à vontade e deixando o feromônio se espalhar livremente.

— Então é aqui que ele deve ter guardado tudo aquilo.

Convicto, Dane estalou os dedos para se preparar. No exato momento em que segurou a maçaneta da porta, o toque repentino do celular cortou o silêncio. Confirmando o número na tela, não houve surpresa: era mesmo Grayson. Dane sorriu de canto e atendeu a ligação.

[Onde você está?!]

A voz de Grayson explodiu do outro lado da linha antes mesmo que ele dissesse qualquer coisa. Em contraste com o tom desesperado dele, Dane respondeu com toda calma:

— Onde você acha que eu estou?

 

°

°

Continua…

 

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TAG universo contemporâneo, estilo ocidental, omegaverse, batalha romântica, (alfa dominante, playboy, galinha, psicopata, gato, dominador, obcecado, louco, mimado, herdeiro, gênio, cara sombrio,) (ômega dominante, gato, dominador, estressado, indiferente, superior, mandão, bombado, competente, promíscuo, ômega grávido, “porta de armário”, Harlequin)
***
—Dane?
—É, o cara cuja cabeça eu quase arrebentei com um extintor.
Grayson Miller tem como objetivo de vida encontrar seu par destinado, assim como seus pais (pai e papai) encontraram um ao outro. Mas, mesmo depois de sair com uma porrada de gente, ele ainda não encontrou ninguém que parecesse ser a pessoa certa.
Desesperado, ele foi até uma vidente famosa, que revelou que sua alma gêmea estaria relacionada ao “fogo” e teria “peitos grandes”.
Mesmo desconfiado, Grayson ficou pensando em como conectar essas pistas. Foi então que ele foi a uma festa de feromônios onde, do nada, um incêndio começou.
Enquanto jogava charme e liberava feromônios para provocar os ômegas do lugar, ele foi dominado pelo feromônio de um ômega dominante e apagou. Ao acordar, Grayson percebeu que seu par destinado trabalhava no corpo de bombeiros. Então, ele pediu um favor ao pai e conseguiu um emprego lá graças a um empurrãozinho.
Só que, já no primeiro dia, ele acabou brigando com alguns bombeiros que estavam pegando no seu pé. E o pior deles? Era Dane Stryker, com quem ele não conseguia parar de se meter em confusão…
Nome alternativo: Kiss Me If You Can, Desire me if you can

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