Ler Deseje-me se puder – Capítulo 197 – Extra 01 Online

Modo Claro

— Não se comporte como um cachorrinho… isso me confunde.

Mesmo dizendo isso enquanto recuperava o fôlego, Dane estava sorrindo. Então, Grayson, como se estivesse esperando por isso, se inclinou de imediato e pressionou seus lábios contra os dele. Nesse estado, Dane não poderia empurrá-lo para longe. E, para falar a verdade, também não queria. Ele não queria ver o olhar decepcionado desse cachorrinho malcriado ao ter seu beijo recusado. Algo que ele jamais imaginaria no passado.

— Eu te amo, Dane. — Grayson murmurou, mordiscando levemente seu lábio superior antes de se afastar. — E me desculpe… por ter te machucado.

— Tudo bem. Eu quis isso, então não tem por que se desculpar.

Diante da nova tentativa de desculpa, Dane respondeu com indiferença. Logo depois, deixou escapar um pequeno sorriso e acrescentou:

— Agora vou ter que tomar remédio pelo resto da vida e não vou poder mais fazer sexo.

As consequências foram brutais. Tão fortes que ele quase recobrou a sanidade por completo. Por mais libertino que tivesse sido, Dane nunca tinha recorrido aos remédios, então não fazia ideia do que aquilo causaria.

‘Nunca mais faço isso.’

Enquanto se repreendia mentalmente, Dane franziu a testa ao ter um pensamento repentino. Agora que pensava nisso…

— O que foi?

Grayson percebeu imediatamente que algo estava errado e perguntou. Dane suspirou brevemente antes de responder:

— Se minha alta for adiada, vou ficar sem ver a Darling por mais tempo… Ela vai ficar ansiosa.

— Mas eu estou aqui!

Grayson exclamou, sem deixar espaço para discussão. Quando Dane olhou para ele, surpreso, ele continuou animado:

— Pode deixar comigo. Eu vou cuidar bem dela. A Darling me adora, você sabe.

— Hm…

Dane resmungou com desconfiança. Mas não tinha muito o que fazer. Não podia trazer a gata para o hospital. Depois de pensar por um momento, Dane olhou para Grayson e lembrou-se de algo.

— Ei, me dá sua jaqueta.

— Hã? Ah, tá.

Mesmo sem entender, Grayson tirou a jaqueta e a entregou. Dane a pegou, abraçou contra o peito e fechou os olhos por alguns segundos. Grayson arregalou os olhos ao ver Dane impregnando a jaqueta com seus feromônios.

— Aqui.

Dane devolveu a jaqueta, agora cheia de feromônios, e disse:

— Isso vai deixar a Darling mais tranquila. Coloca perto do lugar onde ela costuma brincar, tipo o arranhador ou a caminha.

— Ahm… tá.

Grayson recebeu o casaco, atônito, e ficou olhando fixamente para ele. Diante daquela expressão, Dane perguntou:

— O que foi? É sua jaqueta favorita?

Talvez devesse ter perguntado antes, pensou. Mas Grayson apenas balançou a cabeça:

— Não, não é isso… Esquece, não é nada.

O sorriso torto em seu rosto tinha algo de malicioso. Dane achou que era impressão sua. Grayson sempre sorria assim, afinal. Estava cansado demais para analisar aquilo a fundo. Ignorando suas suspeitas momentâneas, Dane caiu no sono quase imediatamente. Mas o pressentimento vago que ele ignorou se concretizou no dia seguinte.

Grayson apareceu no quarto com um roupão imenso.

— …O que é isso?

Deitado, Dane lançou um olhar ao volume que agora repousava sobre seu peito. Era tão grande que cobria seu corpo inteiro. Não havia dúvida: era de Grayson.

— Por que você trouxe isso?

Diante da pergunta de Dane, Grayson respondeu com um sorriso radiante:

— Para o Darling.

Ao vê-lo parado, esperando como se dissesse “vai, joga logo seu feromônio aqui”, Dane ficou boquiaberto. A desculpa esfarrapada de estar fazendo isso pela gata, quando as intenções estavam mais do que óbvias, era inacreditável.

— Você… deu mesmo a jaqueta para a Darling ontem?

Ao ouvir a voz desconfiada de Dane, Grayson ficou sério e, em seguida, pegou algo de dentro de uma grande sacola de compras. Era a mesma jaqueta que Dane havia impregnado de feromônio no dia anterior. Sem dizer uma palavra, Grayson apontou para o casaco com o dedo. Em cada ponto que ele tocava, era possível ver os pelos brancos da gata grudados no tecido.

— Viu só?

Grayson falou com ar triunfante e enfiou a jaqueta de volta na sacola, sem se importar se amassava ou não.

‘Por que ele trouxe isso, afinal?’

Será que Grayson já esperava que ele fosse duvidar? Só de pensar nisso, sentiu-se um pouco culpado. Afinal, foi um erro duvidar de Grayson sem motivo.

— …Desculpa.

Quando Dane se desculpou de forma sincera, Grayson declarou com ares de triunfo:

— Eu só queria dar a Darling uma sensação de conforto mais macia e aconchegante.

— Sim, me desculpe.

Dane repetiu a desculpa, um pouco mais resignado. Só então Grayson, como se dissesse *”tudo bem”*, apontou o roupão:

— Vai, agora passa bastante feromônio.

Diante do pedido tão descarado, Dane apenas derramou generosamente seu feromônio sobre o tecido e devolveu o roupão. Grayson, satisfeito, esfregou o cheiro de Dane em cada cantinho da peça antes de guardá-la com todo o cuidado. Até aí, tudo bem.

Mas no dia seguinte, e no outro, e no outro ainda, Grayson voltou a aparecer com novos itens, todos estendidos para que Dane os impregnasse com seu cheiro.

Almofadas, travesseiros, e até lençóis de cama… Dane começou a desconfiar naturalmente, observando Grayson sair todo cuidadoso com os objetos empapados de feromônio.

‘O que será que esse cara tá tramando?’

No momento em que viu um bicho de pelúcia gigante de uma foca, quase do tamanho do próprio Grayson, Dane teve certeza. Tinha alguma coisa por trás daquilo tudo. Pra que diabos ele precisava daquilo? Mas perguntar seria inútil, a resposta já era previsível.

— É para Darling.

‘Que absurdo.’

Dane riu por dentro.  Sua mente reviu todas as loucuras que Grayson já havia feito até hoje, como num filme. A pior de todas, é claro, foi quando ele correu pelado pelos corredores. Ao pensar nisso, Dane sentiu que não podia mais continuar só observando calado.

— Grayson.

— Hm?

Chamado pelo nome, Grayson se virou com um sorriso animado, com a foca de pelúcia. Dane também sorriu e o chamou com um gesto:

— Venha aqui.

Grayson colocou cuidadosamente o bicho de pelúcia no sofá e foi até ele como ordenado. Dane fez um gesto para que ele se abaixasse e, com habilidade, puxou-o para um beijo. “Mwah.” Um estalo suave, como o som de um beijo doce, ecoou, Grayson sorriu. Em seguida, seus lábios se uniram de novo, e os dois começaram a trocar beijos cheios de desejo, suas línguas e salivas se misturando de forma brincalhona, porém provocante. Quando o clima ficou mais intenso, Dane ergueu a mão, acariciando o cabelo de Grayson, e sussurrou:

— Grayson.

— Hm?

— Para que você pretende usar aquilo?

O beijo desceu rapidamente até o pescoço. Os lábios ousados de Grayson deslizavam sorrateiramente em direção a um alvo mais do que evidente, e Dane não fez nada para impedi-los. Pelo contrário, chegou até a abrir os botões do pijama hospitalar de propósito, ansioso pelos lábios que logo alcançariam Vênus. Mas, no instante em que Grayson abriu a boca e mordeu com vontade um dos seus mamilos, Dane soltou mais uma vez a pergunta.

— Estou perguntando… pra que você vai usar aquilo?

A voz baixa e arrastada escapou sem força, mas Grayson não respondeu de imediato. Ele apenas continuou feliz, fazendo barulhinhos de sucção enquanto chupava o peito dele com entusiasmo. Dane o observou por um momento e, subitamente, agarrou um punhado do cabelo dele.

— Kkh!

— Ei.

Grayson foi forçado a se afastar, então, Dane, com os dentes cerrados, perguntou:

— Eu perguntei onde você vai usar aquilo.

Grayson abriu a boca para dizer “Darling”. Mas no instante em que seus lábios formaram a letra D, os olhos de Dane se ergueram ameaçadores. Encarando aquele olhar letal, Grayson fechou bem a boca e desviou os olhos para o lado. Um sinal silencioso de que não diria nada.

‘Droga, devo simplesmente liberar feromônios nele?’

Dane sentiu uma veia pulsar em sua têmpora enquanto pensava. Seria tão fácil dominar Grayson com feromônios e fazer com que ele revelasse todos os seus segredos escondidos. Mas ele sabia que, mais tarde, quando Grayson recuperasse a consciência, certamente ficaria magoado por isso. Pensar nisso o impediu de agir. Não era a primeira vez que usava métodos vis para descobrir segredos. Na verdade, ele nunca havia sentido remorso antes, então por que estava hesitando agora? No fim, ele apenas soltou os cabelos de Grayson.

 

°

°

Continua…

 

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TAG universo contemporâneo, estilo ocidental, omegaverse, batalha romântica, (alfa dominante, playboy, galinha, psicopata, gato, dominador, obcecado, louco, mimado, herdeiro, gênio, cara sombrio,) (ômega dominante, gato, dominador, estressado, indiferente, superior, mandão, bombado, competente, promíscuo, ômega grávido, “porta de armário”, Harlequin)
***
—Dane?
—É, o cara cuja cabeça eu quase arrebentei com um extintor.
Grayson Miller tem como objetivo de vida encontrar seu par destinado, assim como seus pais (pai e papai) encontraram um ao outro. Mas, mesmo depois de sair com uma porrada de gente, ele ainda não encontrou ninguém que parecesse ser a pessoa certa.
Desesperado, ele foi até uma vidente famosa, que revelou que sua alma gêmea estaria relacionada ao “fogo” e teria “peitos grandes”.
Mesmo desconfiado, Grayson ficou pensando em como conectar essas pistas. Foi então que ele foi a uma festa de feromônios onde, do nada, um incêndio começou.
Enquanto jogava charme e liberava feromônios para provocar os ômegas do lugar, ele foi dominado pelo feromônio de um ômega dominante e apagou. Ao acordar, Grayson percebeu que seu par destinado trabalhava no corpo de bombeiros. Então, ele pediu um favor ao pai e conseguiu um emprego lá graças a um empurrãozinho.
Só que, já no primeiro dia, ele acabou brigando com alguns bombeiros que estavam pegando no seu pé. E o pior deles? Era Dane Stryker, com quem ele não conseguia parar de se meter em confusão…
Nome alternativo: Kiss Me If You Can, Desire me if you can

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