Ler Lamba-me se puder – Capítulo 62 Online

Modo Claro

Uma lembrança veio à mente de repente. Daquela vez também, Ashley estava resfriado, e Koy havia ido vê-lo preocupado. Mas agora havia algo diferente. Embora Ashley estivesse febril, com a respiração pesada, e Koy o olhasse da mesma forma de antes, havia uma estranheza no ar que ele não conseguia explicar.

‘Era assustador.’

Koy engoliu a saliva seca sem nem perceber. Por algum motivo, ele não conseguia se mover. Era como se estivesse preso ao olhar de Ashley, incapaz de fazer qualquer coisa além de apenas observá-lo.

— Haa, haa…

A respiração pesada de Ashley enchia o ambiente. Koy arregalou os olhos ao vê-lo se inclinar sobre seu corpo.

— Ah…!

Seus pulsos foram subitamente agarrados com força, fazendo-o engolir o grito de surpresa. Ashley o segurava com tanta intensidade que doía — como se temesse que ele fugisse.

— A-Ash…

Koy abriu a boca com a voz trêmula. Queria dizer que estava tudo bem, que não iria a lugar algum. Mas, nesse momento, Ashley afundou o rosto em seu peito e o inspirou profundamente.

‘Isso faz cócegas…!’

A cada toque da respiração sobre sua pele, ela parecia queimar lentamente. Koy se contorceu, mas com os pulsos presos, não conseguia se soltar nem empurrá-lo.

Ashley farejou como um cão, aspirando o cheiro do corpo de Koy com intensidade. A febre dele era visivelmente alta, e Koy começou a sentir como se seu próprio corpo também estivesse queimando.

— Ash…

Ele chamou o nome dele com preocupação entres as respirações aceleradas. De repente, Ashley mordeu sua camisa e a rasgou com força. O tecido velho e gasto cedeu facilmente, expondo sua pele clara.

— Haa…

O calor da respiração de Ashley escapou por entre seus lábios. Era como se o que tanto desejara estivesse bem diante de seus olhos. Um anseio tão profundo que parecia ter sido nutrido por toda uma vida. Ele não conseguiu resistir, abriu bem a boca e o mordeu com força.

— Ahh…!

Koy soltou um gemido involuntário e apertou os olhos com força, mas Ashley não parou, mordeu ainda mais forte e sugou sua pele com intensidade. A cada vez que fazia isso, sons molhados ecoavam entre eles, e a pele de Koy se umedecia e escorregava dentro da boca dele.

— A-Ash… Está doendo…

Koy fez uma careta, pedindo por alívio, mas Ashley parecia não ouvi-lo. Pelo contrário, mordeu ainda mais forte, como se quisesse marcá-lo de forma permanente.

Koy arfou e começou a chorar, mas Ashley continuou mastigando sua pele com os dentes cerrados, como se quisesse devorá-lo. O medo se espalhou pelo corpo de Koy, fazendo-o tremer. Ele sentiu algo se mover sob seu corpo. Ashley o segurava com força e o mantinha preso sob si, impedindo qualquer movimento. O corpo frágil de Koy parecia inútil diante da força dele. Ele não conseguia escapar, só conseguia chorar.

— Haaah…

Ashley soltou um suspiro longo, acompanhado de um gemido. ‘Como pode essa carne ser tão macia e cheirosa?’ — pensava ele. ‘Nunca vou me cansar desse sabor, mesmo se o provar por toda a vida.’ Ele fechou os lábios e mordeu um ponto sensível.

— Ah! Ash, dói, dói!

O grito veio imediatamente. Aquele local era extremamente sensível. Koy se contorceu, mas suas pernas apenas se debatiam em vão, já que estavam completamente preso sob o corpo de Ashley.

— Hngh…

Enfim, Koy começou a chorar alto. Seu rosto estava completamente coberto de lágrimas. Ashley, que até então estava tão apegado àquele peito, finalmente ergueu o rosto e viu Koy chorando, encarando-o em desespero.

‘Ah…’

Um suspiro escapou involuntariamente. ‘Existe algo mais doloroso e pecaminoso do que esta cena?’ Mesmo chorando, Ashley sentia uma ânsia profunda dentro de si.

‘Eu preciso tê-lo agora. Preciso despejar tudo dentro dele. Várias vezes. Até transbordar. Para que ele carregue meu filho. Koy, engravide. Tenha o meu filho. Você é meu.’

— Ah, ah…

Ashley moveu as mãos dos pulsos para as coxas e forçou as pernas dele a se abrirem. Koy soltou um grito de pânico.

— A-Ash! O que você está…?

Ele tentou resistir, empurrar as mãos dele, mas não adiantava. Era inútil.

— Não! Por favor, não faça isso!

Koy gritou com desespero, mas Ashley apenas tapou sua boca com a mão, silenciando-o. Mesmo que suas mãos estivessem livres, Koy não conseguia fazer nada contra ele. Ashley abriu o zíper da calça, enquanto Koy debatia-se em vão, se contorcendo. Ashley cobriu a boca dele com uma mão e agarrou sua bunda com a outra.

‘Vou tê-lo. Agora mesmo. Ah, como desejei tanto isso…’

No instante em que Ashley se preparava para penetrá-lo, seus olhares se cruzaram. Koy, em meio às lágrimas, segurava o pulso que o silenciava, tentando afastá-lo.

— Haa, haa…

A respiração de ambos se misturava. Ashley, ofegante, assistia à luta inútil de Koy. Mais uma lágrima rolou pelo rosto dele.

‘Estou com medo.’

O corpo de Koy ficou rígido de pavor. ‘Nunca vi o Ash assim. Ele sempre foi gentil comigo, me chamava com voz suave…’

— Koy.

‘Sempre, sempre me olhava com aqueles olhos azuis-prateados gentis…’ Mas agora, tudo que via era um par de olhos roxos escurecidos pela escuridão.

‘Esse não é o Ash.’

Koy começou a lutar com todas as forças, batendo nos ombros dele, tentando acordá-lo. Mas no fundo, já sabia que nada daquilo adiantaria.

‘Então, quem é esse…?’

— Hngh…

Com a respiração presa, Koy agarrou os pulsos dele. ‘Por favor, pare… Volte a si… Ash.’

Nesse instante, uma risada soou no ouvido de Koy. Uma risada alegre, leve, inconfundível.

— Koy.

A voz que o chamava.

— Koy.

‘Se ele voltar a si e lembrar de tudo isso…’ Koy pensou. ‘Quanto isso vai machucá-lo?’

Ele conhecia Ashley. Ou ao menos achava que conhecia. ‘Ele vai se culpar tanto. Vai se arrepender para sempre.’

Ao imaginar o rosto sofrido de Ashley, o corpo de Koy cedeu. Suas mãos, que lutavam para afastá-lo, hesitaram. Em vez disso, ele tocou seu rosto suavemente. Ashley viu Koy fechar os olhos e abraçar seu pescoço, como se dissesse que estava tudo bem.

‘Ah…’

Foi como se uma névoa que cobria seus olhos de repente desaparecesse. Ashley arregalou os olhos e encarou o rosto de Koy abaixo de si.

‘Koy está chorando.’

A visão de Ashley se clareou, e, junto com ela, todos os seus sentidos. Sentiu o corpo frágil sob si, percebeu o que estava prestes a fazer.

‘Eu… o Koy… o que eu fiz…’

Ashley rapidamente se afastou e, sem hesitar, cravou os dentes em seu próprio braço.

— Ash…!

Koy gritou em pânico ao ver o sangue escorrendo, mas Ashley não parou, mordeu mais fundo até arrancar um pedaço da própria carne. O sangue gotejou sobre a cama, manchando os lençóis. Koy se levantou às pressas e estendeu a mão para ele, mas Ashley se afastou, gritando:

— Fica longe de mim…!

Koy parou, assustado. Ashley estendeu uma mão ensanguentada na direção dele.

— Não se aproxime. Saia. Você… não pode ficar aqui.

— Ash…

Koy o chamou de novo, tentando se aproximar, olhando aflito para o braço dele que sangrava.

— Por favor, precisamos cuidar disso… Está tudo bem, Ash. Eu estou bem, de verdade…

— Como pode dizer isso?! Eu… eu quase te forcei!

Ashley gritou novamente. Koy se encolheu, mas não estava mais com medo. Ver Ashley tão perturbado lhe apertava o coração.

— Ash, eu disse que estou bem. Mas seu braço… tem muito sangue. Por favor, precisamos cuidar disso…

— Você realmente não entende o que está acontecendo?

Ashley arfava, rangendo os dentes. Koy hesitou, havia muita coisa passando por sua mente. Ashley suspirou, frustrado.

— Com todo esse cheiro, você não percebe? Mesmo sendo um beta, você deveria sentir o cheiro do feromônio!

— O quê…? Feromônio?

Koy não entendeu imediatamente. Então, Ashley soltou a revelação com raiva:

— Eu me manifestei, Koy.

 

°

°

Continua….

 

Tradução:  Ana Luiza

Revisão:  Thaís

 

 

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Em breve será disponibilizado uma sinopse!
Nome alternativo: Kiss Me If You Can

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