Ler Uma noite só para dois. – Capítulo 51 Online

Modo Claro

O pai usava um cinto vermelho ao redor de um casaco fechado e uma insígnia de patente no peito. Suas mangas eram bordadas com fios de ouro porque parecia algo que estava da moda, suas calças eram quase acromáticas e perfeitamente retas e por cima das luvas brancas tinha muitos anéis com emblemas reais. Os mesmos que estavam sobre seus sapatos de couro preto.

Elsie, que sempre vestia apenas um terno, parecia um nobre formal pronto para conquistar qualquer nação. Ele obviamente havia criado um ambiente elegante e sofisticado ao seu redor, do qual estava muito orgulhoso.

Enquanto para em frente ao espelho e estendia os braços, um estilista, que esperava pacientemente com as palmas das mãos juntas e os pés balançando, se aproximou e arrumou todas as partes de sua roupa até que tudo estivesse do jeito que ele gostava. O homem, que estava apertando um pouco mais o cinto, disse:

—  Você é perfeito.

Um elogio brilhante.

— Como está Naito?

O pai sorriu para o estilista uma vez e depois mostrou a roupa para Naito, abrindo os braços para que pudesse ver de todos os ângulos possíveis. Sentado no sofá e lendo um livro, Naito riu até que os olhos do pai brilharam como se fosse um cachorrinho esperando por um elogio. Naito largou o livro e se aproximou do pai.

É normal que nobres tenham tanta franja?

O filho mais velho parecia estar flertando. Naito tocou a placa no peito de seu pai e o acariciou lentamente com um par de dedos. Suas iniciais foram gravadas em um fundo vermelho simbólico. Neste país, havia apenas um pequeno punhado de aristocratas espalhados pela Central, então ele não podia acreditar que seu pai também fosse um. No entanto, quando o viu assim, quando estava vestido com o terno e o escutou murmurando sobre isso, finalmente sentiu. Seu pai estava prestes a dar um passo importante. Era real.

Naito deu um passo para longe de seu pai, com um rosto gritando que estava cheio de expectativas. Então, quando sorriu, ficou um pouco envergonhado ao perceber que toda a atenção do estilista e de seu pai estava estranhamente voltada para ele. Era apenas o filho de um nobre, então por que esperavam que ele dissesse alguma coisa? Naito tossiu um pouco, meio constrangido.

— Está ótimo.

— É sério? Você gostou?

Seu pai riu, fazendo com que seu bom humor aumentasse até o infinito. O homem, olhando seriamente para si mesmo através do espelho de corpo inteiro, virou a cabeça para ver o designer novamente, que estava de pé, outra vez com as duas mãos cruzadas.

— Você pode fazer um manto para o meu filho também?

— Você vai à festa real?

O designer perguntou ao se aproximar com uma enorme fita métrica de metal. Ao contrário do que se pensava que aconteceria, Naito não entrou em pânico desta vez e, em vez disso, estendeu o braço para que pudesse trabalhar no ele que quisesse. O designer se aproximou e o mediu do dedo até o ombro.

— Seu corpo é muito parecido com o de seu pai. Seus braços são finos e longos, muito bonitos. Se você usar um traje formal, será genial.

— Bem, o que você está dizendo ao meu filho?

Seu pai deu de ombros, brincando sobre a forma como o estilista elogiava seu filho. Então ele suspirou, sentou-se no sofá e observou como dava voltas em todas as direções enquanto anotava coisas em seu estranho caderninho. Jess Eperon, a secretária, que esperava pacientemente junto à janela, aproximou-se dele e pôs o café na mesinha de centro. O pai ergueu a xícara e sentiu o aroma do café primeiro, depois o bebeu em um movimento rápido e tossiu como se pedisse para se apressar. O estilista, que agora se ajoelhou para medir o comprimento das pernas, logo fez uma expressão de admiração que nunca havia mostrado antes. Embora o jovem filho de Elsie usasse jeans, suas pernas pareciam incrivelmente bonitas. A dureza que sentiu ao tocá-lo era incomum.

— As pernas do jovem mestre são muito bonitas.

— É porque ele tem estado cavalgando.

O pai disse, sorrindo com bastante naturalidade. O designer, que ouviu as palavras de Elsie, levantou-se como se estivesse satisfeito com a resposta e continuou:

— Você tem uma postura linda porque sua cintura é reta. Seu rosto é bonito, então vou torná-lo o mais popular do lugar.

— Espero que não. Eu não poderia lutar com tantos olhares.

 

Papai, que baixou o copo novamente, sorriu ao olhar para Naito como um pai orgulhoso faria. Certamente foi uma expressão muito rápida, mas pareceu bastar para que seu coração desse um grande salto e corresse como um cavalo. Naito ficou nervoso e se virou para olhar o estilista. O homem respondeu gentilmente às palavras de seu pai:

— Você é tão precioso para seu pai que ele não quer levá-lo.

— Isso é o que parece.

— Eu entendo. Se eu tivesse um filho como você, não gostaria de dá-lo a nenhuma mulher.

Quando Naito olhou para cima com os olhos arregalados, o designer pareceu pedir a Naito para continuar escutando.

— Ele certamente tem medo de que você seja ferido.

Naito não disse nada agora, e em vez disso, rapidamente olhou por todo o seu corpo, como se quisesse parecer mais interessado em roupas do que realmente se sentia. O designer se afastou e olhou para o pai dele:

— Se me der 10 dias, farei um traje perfeito e mostrarei a você.

— Tudo bem.

Naito sentiu uma sensação impressionante de alívio quando o trabalho finalmente terminou. O estilista inclinou um pouco as costas para cumprimentá-lo, mas o pai não se despediu e, em vez disso, moveu o queixo na direção da secretária. Ela percebeu e rapidamente abriu a porta para que pudessem passar. Naito, que havia colocado o livro sobre a mesa, fez contato visual com o designer e curvou-se graciosamente para ele, como havia aprendido no treinamento de etiqueta. Ele disse:

— Nos vemos mais tarde.

E quando finalmente ficaram sozinhos, o pai apoiou os braços em seus ombros e o abraçou fortemente contra seu peito. O jovem moveu-se até ficarem cara a cara e permaneceu neste posição enquanto caminhavam e chegavam até a cabine do elevador. Seu pai apertou o botão e disse:

— Não diga que você não vai à festa só porque o Alto também estará presente.

Embora se sentisse confortável ao seu lado, Naito agiu com indiferença e não respondeu. Seu pai bateu com o dedo nos seus ombros e disse:

— E Rayan já está no exterior há muito tempo, então…

— Por que está dizendo todas essas coisas?

O pai riu brevemente com essa pergunta cautelosa e então quando a porta do elevador se abriu, entraram como se já tivessem feito isso uma muitas vezes. Eles estavam sozinhos no cubículo, logo foi fácil para a grande mão de seu pai tocar sua bochecha. O acariciou com a mesma delicadeza e suavidade com que lidava com as jóias de sua coleção. Eram sentimentos novos e tristes que viajavam da ponta dos dedos ao topo da cabeça, de pele à pele se movendo para todos os cantos possíveis. Naito também colocou sua mão sobre o ombro do seu pai. Quando baixou os olhos pela metade, os lábios de Elsie se moveram para mais perto dos dele. Não cheirava a cigarro. O hálito que tocava a membrana macia de sua boca, cheirava levemente a hortelã.

— Você não fuma mais? Sério?

Seu pai o beijou como se não estivesse satisfeito com seu tom insensível.

Naito, com a língua abrindo suavemente os lábios do pai, deu força à mão que segurava seu ombro. Elsie, com os braços em volta da sua cintura, abraçou Naito com força e o prendeu entre a parede do elevador e seu próprio corpo.

Um cubículo, com apenas sons úmidos e pegajosos em seu interior, começou a descer suave e lentamente. O pai, que cobiçava aquela boquinha com todo o seu desejo, cuidadosamente mudou de posição e ergueu a cabeça enquanto Naito, excitado, o olhava mais uma vez nos olhos antes de dizer:

— Ah… ainda é de dia.

— Não importa se é dia ou noite. Quando é que nos preocupamos com isso para fazer sexo?

Naito ficou levemente corado, Elsie também era da mesma cor. No entanto, seu rosto e expressões começaram a ficar um pouco malhumorados quando percebeu que o elevador estava chegando ao primeiro andar.

Papai ajeitou suas roupas e limpou a boca enquanto Naito simplesmente caminhava atrás dele com o rosto todo, incluindo para o chão. Os funcionários, parados no saguão, curvaram a cabeça na direção deles, abriram a porta, juntaram seus casacos e então tanto a secretária quanto o motorista de seu pai correram para o sedan a fim de esperá-los lá também. Naito tentou subir no banco de trás, mas seu pai ergueu a mão para bloqueá-lo.

— Me dê a chave do carro e vão para casa.

— Sim?

Quando a secretária perguntou, seu pai sorriu suavemente.

— Vá, eu vou cuidar de tudo.

Por medo de que Elsie mudasse de ideia, a secretária correu imediatamente até o motorista para pedir as chaves. O homem, com a notícia da saída do trabalho, olhou para baixo e os entregou educadamente.

Enquanto seu pai caminhava para o banco do motorista, Naito se sentou ao lado dele. Eles se despediram da secretária e do motorista, deram partida no carro e entraram em uma estrada muito incomum cinco minutos depois. Era uma cidade inovadora para nobres com gostos exigentes, então obviamente não havia quase ninguém nas estradas ou calçadas. A cena de árvores e flores na rua cuidadosamente decorada com fitas e emblemas reais balançando ao vento, parecia uma cena de um filme antigo. Além disso, sempre que o vento soprava, as pétalas balançavam como um sino. Bonito e fascinante de ver.

Enquanto Naito relaxava, sentiu um leve toque em sua bochecha, então quando virou a cabeça, descobriu que seu pai estava olhando para ele com um rosto difícil de descrever. Naito ficou irritado quando ele o beliscou até que sua pele sacudiu como gelatina, então bateu em sua mão.

— O que deu em você?

O sinal de pare havia mudado. Seu pai tirou lentamente o pé do freio e girou o volante.

— E para onde diabos estamos indo?

Enquanto perguntava, seu pai cantarolava como se ainda estivesse de ótimo humor. Quando perguntado por que ele estava tão animado, seu pai apenas respondeu:

— Porque estou saindo com o meu amante, e além disso estamos indo a um encontro.

— Onde?

— Um hotel.

Estavam indo para um hotel? Não admira que ele tenha dito ao motorista e à secretária para irem para casa. Naito, olhando pela janela com o queixo apoiado na mão, de repente se questionou. Bem, o levava para hotéis, o tratava como um adulto e embora pudesse concordar com aquelas besteiras sobre álcool e tabaco, por que o impedia de dirigir? Naito olhou para seu pai. Papai o olhou de volta quando sentiu seu olhar, e logo sorriu.

— O que?

— Por que você não me deixa dirigir?

— Essa é a única razão pela qual você está me olhando assim?

Naito com raiva, endireitou sua postura antes de voltar a falar.

— A única razão? Se eu for para a faculdade no futuro, não poderei dirigir. Isso não te parece um grande problema?

— Vou te dar um motorista.

— Apenas me ensine!

Seu pai, que ficou em silêncio por um momento, sorriu enquanto olhava novamente para Naito. Foi apenas um sorriso, mas seu coração parecia afundar.

— Você é sexy quando está sobre meu abdômen ou quando anda a cavalo. Imagine então o quão sexy você seria em um carro.

Naito abriu a boca diante das palavras estranhas do homem. E como não queria ver o rosto sorridente de seu pai, voltou a olhar pela janela e ficou nessa posição. Mas Elsie continuou falando mesmo assim:

— Eu não aguentaria… Eu ficaria com tanto ciúme que realmente morreria.

Mas o único insuportável era seu pai. Naito se virou de repente e então tampou os lábios de seu pai com os dedos.

— Por favor, não fale sobre isso. Não é vergonhoso agir assim quando você sabe que somos pai e filho?

Quando o soltou, seu pai respondeu como se estivesse esperando que ele fizesse isso:

— Eu não posso me envergonhar. Se eu tivesse vergonha, você acha que teria feito isso ou aquilo com você? Acha que eu teria me apaixonado por você?

O rosto corado de Naito estava coberto daquelas palavras vulgares que contrastavam com aquele sorriso cavalheiresco. Como disse, ele não era alguém que teria vergonha, mas, ouvir isso em plena luz do dia… Por mais que falasse ou fosse honesto, ele não conseguia se acostumar. Se sentia quente, como se houvesse fogo por dentro de sua pele e seu rosto confuso não pudesse voltar à sua forma original. Enquanto isso, o carro já estava parado em frente à porta de um hotel exageradamente grande.

Depois de sair do carro, o pai deu as chaves do carro ao manobrista, foi até o banco do passageiro e abriu a porta para que o filho pudesse sair. Naito estava tão nervoso que quase tropeçou, mas seu pai, ao contrário, estava sorrindo com o mesmo rosto sereno de uma criança. Os funcionários do hotel pareciam encantados com seu pai, que simbolizava a nobreza e o poder, por isso arrumaram suas coisas e os trataram com muito respeito. Naito, imerso em seus próprios pensamentos, caminhou lentamente pelo salão principal… Havia muitas flores que nunca tinha visto e, olhando um pouco para as pequenas placas que tinham seu nome, descobriu que eram espécies peculiares que haviam sido trazidas de um país estrangeiro.

Depois que todos os papéis foram perfeitamente preenchidos, Elsie ficou ao lado de Naito para segurar sua mão. Ele se inclinou para trás, ainda olhando para o pequeno jardim com seus olhos brilhantes, e suspirou como se quisesse ficar lá por mais um minuto. Como uma criança que não conseguia tirar os olhos das coisas que considerava bonitas. Elsie tocou o cabelo dele com um toque lento dos dedos e, no momento em que ergueu os olhos, perguntou:

— Você gostaria de cultivá-los? Vou comprá-los para você?

Naito afastou a mão do pai de sua cabeça e caminhou pelo corredor principal. O pai o acompanhou, embora ele ainda estivesse em um ritmo muito mais lento do que o dele. Então, quando conseguiu colocar o braço em volta do ombro de Naito, apertou o botão do elevador e esperou pacientemente até que a campainha tocasse e os números na placa de LED começassem a descer.

Naito, que estava em seus braços, olhou para frente e abriu a boca:

— Já tem muitas flores em casa.

— Você não estava olhando porque as queria?

— Eu estava olhando para elas porque estava curioso sobre o nome delas.

Um homem, que estava ouvindo a conversa tumultuada de Naito e Elsie, inclinou a cabeça na direção deles e estreitou um pouco mais os olhos. Como se conhecesse Elsie bem, suas pálpebras enrugadas se estreitaram mais e logo parecia que até seus dedos estavam inquietos. Elsie, que não pensava em nada, reconheceu o homem imediatamente depois de ver seu traje então, com uma atitude educada e natural, foi ao encontro dele cantarolando:

— Conde Galdora!

— Então é você! É um prazer te encontrar aqui também!

O conde estendeu a mão então Elsie deu ao Conde um bom sorriso em resposta. Ele era um dos membros da comitiva do duque de Melicius, por isso era muito importante estabelecer uma boa comunicação com ele e ser seu amigo. Naito, que estava de pé, vendo-os ainda de mãos dadas, fez uma reverência e o cumprimentou:

— Senhor, meu nome é Naito J. Altar. Prazer em conhecê-lo.

Os olhos do Conde se arregalaram com o sobrenome J. Altar.

— Não acredito. Está dizendo que já tem um filho adulto assim?

— Sim. Este ano ele fará 21 anos. Além disso, tenho um filho de 17 anos.

— Eu já vi o filho mais novo antes. Ele se parece com você, então é muito bonito.

Com o elogio do Conde, seu pai sorriu, abaixando a cabeça como se estivesse muito feliz. O Conde abaixou um pouco o corpo e segurou a bengala com as duas mãos para manter o equilíbrio. Ao olhar atentamente para o rosto de Naito, com um leve sorriso na boca, o Conde começou a rir e coçou a barba.

— O filho mais velho também é muito bonito. Se parece com sua esposa?

— Sim. Naito se parece com minha esposa.

— Os dois filhos são bonitos. Oh, mas o que você está fazendo em um hotel com seu filho?

Finalmente, o Conde perguntou isso diretamente ao seu pai. Naito sentiu o olhar de espanto daquele homem, achando aquilo muito estranho, considerando as coisas que eles faziam ali dentro. Talvez, se o pai não tivesse lhe dito que era seu filho, facilmente responderia que era o amante que viajou de muito longe apenas para fazer sexo com ele. Também teria dito que era um prostituto ou alguma desculpa barata como essa. Claro, apesar de ser seu filho, ainda estava ali para fazer sexo com seu pai. Havia uma sensação sombria de querer dizer coisas das quais não deveria falar.

Naito olhou para o chão e observou os sapatos de seu pai. Aqueles que eram lindos e tinham o emblema da família real impresso. Os sapatos brilhantes ficavam bem nele porque pareciam combinar muito com sua aparência e sua maneira de lidar com os problemas. Por exemplo, ele estava em branco e com pensamentos sem sentido, mas seu pai acariciava seus cabelos como se tudo estivesse bem.

— Eu queria sair com meu filho depois de muito tempo sem sair.

Naito estava doente, então ele não podia sair nem mesmo para ir à esquina. Eu o trouxe para o hotel para mudar um pouco seu estado de ânimo.

— Uau, deve ter sido forte se um jovem como você ficou gravemente doente. Cuide-se no futuro.

Naito riu absurdamente das palavras do Conde, que falou com um tom severo e preocupado.

Quando chegaram ao 28º andar e o homem finalmente saiu do elevador, uma prostituta chamada pelo Conde aproximou-se dele com um encanto e uma naturalidade que o fez perceber que não era a primeira vez que faziam isso. Era um país onde a prostituição era bastante normalizada, então parecia orgulhoso de ter um relacionamento com uma pessoa tão bonita. Afinal, o motivo pelo qual Elsie conseguiu se tornar politicamente próspera foi porque satisfazia abertamente aos gostos dos políticos com serviços muito diferentes dos cafetões comuns. O Conde também era uma das pessoas que Elsie se esforçava para agradar.

Seu pai ficou em silêncio. E olhou para a frente com uma expressão sombria e da mesma forma que esperou que a porta do elevador se fechasse, também esperou que se abrisse. Então caminhou pelo corredor até um quarto e lentamente abriu a porta de mogno. Papai entrou, seguido por Naito. E no momento em que ele colocou a chave de volta e a madeira foi empurrada, Elsie de repente se virou e abraçou a cintura de seu filho para oferecer-lhe um beijo forte que fez seus dentes doerem por um segundo. Um beijo forte, com certeza. Naito recuou e encostou-se na parede, colocando as duas mãos nos ombros de seu pai com uma emoção avassaladora.

Papai gemeu…

Naito, que olhava para o rosto do pai, arruinado e perdido graças a ele, puxou seu pescoço com força.

— Fazer assim parece difícil.

— Isso cansa você?

— Machuca…

As palavras foram bloqueadas por um novo beijo de seu pai. Um movimento que parecia destinado a engolir sua carne e beber sua saliva. A língua que entrou em sua boca moveu-se obscenamente para cima e o acariciou mais do que em um simples beijo. Havia pernas se contorcendo, virilhas esticadas, pensamentos vagos em sua cabeça e tremores importantes. Ele era bom em beijar e ninguém no maldito mundo parecia ser capaz de superá-lo nisso, então, por enquanto, se viu tendo pensamentos confusos. Suas costas estavam em seus braços. Costa muito larga, mesmo para um homem.

Naito, que chupou até os lábios ficarem incrivelmente vermelhos, ergueu o rosto e olhou para a boca de seu pai encharcada de saliva. Inconscientemente, ele abaixou a mão e desabotoou o cinto que tinha na cintura. O cinto caiu no chão sem fazer barulho e foi pisoteado e amassado pelos sapatos de seu pai. Papai não tinha visto nada disso, apenas o rosto pálido de Naito. Suas mãos estavam limpas quando se mexeu e tirou o paletó, a gravata e desabotoou a camisa que vestia até que foi jogada para o lado.

O pai, analisando cuidadosamente cada um de seus movimentos, não podia suportar a luxúria que começava a atingi-lo, então agarrou seu pulso para levá-lo imediatamente à boca. Colocou os lábios em suas costas, fazendo com que a saliva e o calor de sua respiração permanecessem ali até causar uma sensação de formigamento que fluía por suas veias. Naito também não podia mais suportar. Seus olhos estavam distorcidos e sua energia parecia subir até o céu. Não era como se o estivesse acariciando, mas quando papai agia com tanta delicadeza seu coração batia descontroladamente.

Quando as mãos de Naito finalmente estavam livres, ele pegou os dedos de seu pai e ambos caminharam até chegarem um pouco mais para dentro. Havia uma cama grande, mas os dois, que tinham pressa para satisfazer seus desejos, simplesmente deitaram no sofá de couro do canto.

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Continua…

 

 

 

Ler Uma noite só para dois. Yaoi Mangá Online

Os irmãos mais novos, Naito e Alto, que perderam a mãe, deixam suas famílias há muito tempo e partem para a capital em busca de seu único parente, seu pai. Lá, seu pai Elsie, que mora em uma mansão, cumprimenta os dois com olhos lânguidos, mas ameaçadores. Elsie mostra uma resposta morna a Alto, que se parece com ele, mas também mostra um interesse sutil por Naito, que se parece com sua mãe. Ele permite que duas pessoas vivam em sua mansão.
E é aí que começa a noite secreta dos dois….
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Elsie Benjamin Jedan: 38 anos. Bonito, charmoso, carismático, tem jeito para conseguir o que quer. Mas por trás dessa fachada de homem do mundo se esconde um monstro; calculista, estuprador, sem moral, obsessivo e perigoso.
Quando seus 2 filhos vão morar com ele, ele desenvolve uma obsessão incomum por seu filho Naito.
Sob 3 condições, ele aceita que eles vivam em sua mansão, mas na realidade essas são desculpas para ter Naito sob seu rígido controle. Quando Naito o desobedece, ele perde a paciência da pior maneira possível…..
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A novel inteira é incestuosa, contém estupro e todo tipo de abuso. Gatilho a cada capítulo. Então quem não se sente bem com esse tipo de temática, recomendo que NÃO LEIA ESSA NOVEL. Pois não vou ficar colocando avisos de gatilho a cada capítulo, já estou avisando aqui, então se você for lê-la, esteja consciente que lhe avisei desde a sinopse até aqui. A história inteira é ficção, nada é real.  
✓Beijos e boa leitura~
Nome alternativo: A Night Just For Two

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